O perigo vem do mar

De Pascoal GomesRafael,Gostaria de lhe dar os parabéns pelos excelentes artigos, especialmente pelo "O perigo vem do mar". Também sou defensor das causas verdes apesar de não atuar muito em prol por não enxergar o que possa fazer, além de tentar agir corretamente e influenciar outras pessoas. Também sou montanhista, ou era, pois agora morando em São Paulo, estou meio parado. Um abraço,

Por Redação ((o))eco
9 de agosto de 2005

Planafloro

De Fabio OlmosPrezado Manoel,Gostaria de parabenizá-lo pela instigante matéria sobre as UCs em Rondônia. Trabalhei na cooperação técnica do PNUD ao PLANAFLORO em 1998 e início de 99, e era muito claro que as UCs estaduais eram uma operação "cavalo de tróia" p/ que o governo estadual tivesse acesso a recursos p/ estradas e outros fins. Naquele ano o coordenador do PLANAFLORO "emprestou" 16 milhões ou algo assim ao então governador p sua campanha de reeleição.... Casas de tábuas serradas construídas em alguns parques custaram R$ 30 mil cada uma (a valores de 97-98) e quando eu precisava de um veículo ou embarcação da SEDAN (a surreal "secretaria de desenvolvimento ambiental") estes haviam simplesmente desaparecido, distribuídos entre políticos locais. Bem, foi um notório estelionato ambiental que nunca rendeu cadeia a ninguém.Gostaria de sua orientação sobre como obter o estudo completo do IMAZON'sobre o desmatamento nas UCS. Já procurei no site deles e telefonei em busca de info mas sem sucesso. Você teria um nome/telefone/e-mail p/ que eu pudesse ir atrás ?Estou muito interessado neste estudo p/ usá-lo em um trabalho a respeito de políticas de conservação nos últimos governos. Em anexo envio meu último trabalho, publicado na revista da Boticário, que pode ser de seu interesse. Atenciosamente,

Por Redação ((o))eco
9 de agosto de 2005

Operação Mata Atlântica

De Everton Silva LimaAssessor de Comunicação Social do IEF/RJCom relação às matérias Quebrando a rotina, de Andréia Fanzeres, e Mais do mesmo, da estagiária de jornalismo Juliana Tinoco, publicadas, respectivamente, nos dias 28/07 e 01/08 neste site, informando sobre a Operação Mata Atlântica, deflagrada pela Fundação Instituto Estadual de Florestas – IEF/RJ entre os dias 28 e 31 de julho, gostaríamos de comentar o seguinte: A primeira reportagem foi, na verdade, um desserviço às ações de fiscalização realizadas pelo IEF. A repórter desdenha da operação e insinua que ela não serviu para nada, pois, segundo Andréia, não se pode agir quando o infrator não está no local do crime ambiental (informação que não condiz com a verdade), basta os fiscais darem às costas para os serviços em obras embargadas continuarem e, o mais revoltante, atrela o órgão que cuida das políticas florestais do estado à impunidade. Sinceramente, é de se questionar: a repórter acompanhou a fiscalização para apurar os dados ou já foi para a operação com sua matéria pronta? Queremos esclarecer à Andréia e aos leitores de O Eco que, quando o proprietário de um terreno desmatado não está, lançamos mão de outras formas para intimá-lo e notificá-lo: isso pode ser feito por carta; os fiscais do parque e as patrulhas do IEF, que fiscalizam as unidades de conservação, procuram voltar ao local nos dias consecutivos a fim de encontrar alguém para notificar etc. No caso das duas construções embargadas, os pedreiros foram encaminhados à delegacia e o material usado na obra apreendido e doado à Fundação Leão XIII, fatos que a matéria omite e que foram amplamente divulgados pela imprensa. No que se refere à impunidade, o IEF sempre irá realizar operações como essa para coibir crimes ambientais, mesmo que elas sejam ou não do agrado de alguns. O nosso interesse é a preservação das florestas fluminenses e, sempre revestidos do caráter legal, efetivamos, de pronto, a demolição de imóveis e benfeitorias irregulares. Os números mostram o crescimento desse tipo de ação: sete demolições em 2002, 26 em 2003 e 43 em 2004, um aumento de 520%.Já com relação à outra matéria, mais preocupada em detalhar o que ocorreu na operação e não fazer ilações sobre as conseqüências que podem ou não advir de atividades desse porte, a estagiária Juliana Tinoco diz que fiscalizações assim só ocorrem “esporadicamente”. Pois bem: o instituto conta com uma Divisão de Vigilância e Fiscalização (DiVF), subordinada à Diretoria de Conservação da Natureza, que realiza ações de maior envergadura, como a Operação Mata Atlântica, esporadicamente, sim! Mas isso não significa dizer que só esse tipo de operação é realizada para fiscalizar irregularidades nos parques e áreas de entorno, pois tanto a DiVF quanto a Divisão de Unidades de Conservação (DiUC) emitem autos e efetuam fiscalizações. Nossos números provam a eficiência obtida pela atual administração: 112 autos de constatação emitidos em 2002, 213 em 2003 e 252 em 2004, um crescimento de 125%; já no que se refere a intimações e notificações, foram 50 em 2002, 192 em 2003 e 476 em 2004, aumento de 850%.Não condiz com a verdade, portanto, afirmar categoricamente que as ações do IEF são esporádicas. No dia-a-dia, e conforme já afirmei, as fiscalizações são feitas pelas equipes que estão baseadas nos parques e pelas 10 Patrulhas de Fiscalização que o IEF tem em várias regiões do estado. É por isso que estarrece ler as matérias citadas, pois creio que, para os leitores de O Eco, sobrou a impressão de que as operações realmente não servem para nada e não ocorrem com a freqüência que deveriam. Aproveito para informar ao site que também contamos com um serviço em que a população do estado pode entrar em contato com o IEF para fazer denúncias contra delitos ambientais. Trata-se do Disque Florestas: (21) 2233-1857, que, só no primeiro semestre de 2005, recebeu 109 ligações, o que, de certa forma, confirma o reconhecimento da população ao trabalho do instituto. O IEF age, e continuará agindo, dentro da lei, fazendo uso dos dispositivos necessários para evitar a degradação do meio ambiente. É uma tarefa árdua, mas o IEF não fugirá daquela que é uma de suas mais nobres responsabilidades!

Por Redação ((o))eco
8 de agosto de 2005

Onisciência e Onipotência III

De Murilo Medeiros e Denis GahyvaTudo bem, Pedro? Gostaria de me solidarizar na campanha de "O PNT VAI ACABAR". Enquanto a atual administração nortear suas ações a espantar do PNT os verdadeiros amigos, este vai ser o enredo. A atual administração praticamente expulsou do PNT duas pessoas que durante os ultimos anos contribuíram e muito para a melhoria desta unidade. Eu -Murilo - e Denis fomos os responsáveis pelo processo de aumento da área do PNT e pelo relançamento do Mapa da Floresta da Tijuca sem ganho nenhum.Foram vários meses de trabalho, inclusive em campo para formatarmos as propostas e repito, sem ganhar nada.A atual administração vivia e vive da ilusão de estarmos no finado convênio IBAMA/PREFEITURA.Reafirmo que NUNCA, em momento algum, fomos informados desta atribuição.Sempre trabalhamos por nossa iniciativa e, muitas vezes final de semana,e repito, sem ganhar nada. A atual administração, cometeu e vem cometendo erros graves, principalmente na aglutinação de técnicos e consultores aproveitadores para parceria.Um grande abraço,

Por Redação ((o))eco
5 de agosto de 2005

Juliana Tinoco

De Michelle CaminhaAtendimento TV ZeroGostaria de dar parabéns para a jornalista Juliana Tinoco. Suas matérias são ótimas!Obrigada

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2005

Gato e sapato III

De Valeria Serra Cordeiro Fiquei profundamente indignada ao ler a "reportagem" Gato e Sapato de autoria da Sra. Ana Antunes. Não pertenço ao grupo de protetores voluntários do Jockey Club, mas, como muitas pessoas que amam os animais e a natureza, tenho a maior admiração pelo árduo e perseverante trabalho dessas pessoas, que lutam cotidianamente para proteger a fauna urbana, enfrentando preconceitos, ignorância, descaso das autoridades, desrespeito às leis ambientais, e a certeza da impunidade demonstrada por muitos infratores dessas leis, como o atual diretor do Jockey Club, Sr. Elazar Davi Levy. A falta de conhecimento e, mais grave ainda, a tentativa de ironizar o tema e de desqualificar alguns dos envolvidos (a parte mais frágil, obviamente) demonstradas pela autora da "reportagem" são incompatíveis com um jornalismo sério, investigativo, ético. A pretensa "reportagem" desrespeita não somente os protetores voluntários, cidadãos sérios e merecedores de toda consideração, como também o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RJ - SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE, já que o mesmo tomou a iniciativa de instaurar a ação civil, e a COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE DA OAB/RJ, que assumiu a defesa desses animais (chamados pela "reportagem" de "vadios"), no âmbito criminal. O ECO fica devendo uma reparação a essas instituições e a esses cidadãos, e a todos os seus leitores, que merecem e esperam menos amadorismo e mais jornalismo de qualidade.

Por Redação ((o))eco
29 de julho de 2005

Gato e sapato II

De Ana YatesAna Carolina,Faço do abaixo exposto que foi a vocês endereçado por Marli Perilo, o registro de minha própria indignação pela abordagem infeliz na reportagem em pauta. E, como bem colocou essa muito digna companheira de lutas em defesa dos animais, nada mais acrescento e silencio-me em respeito às centenas dos gatos mortos no Hipódromo do Jockey Club.

Por Redação ((o))eco
29 de julho de 2005

Gato e sapato I

De Marli PeriloDefensora dos Gatos do Hipódromo da GáveaPrezados senhores,Tive a oportunidade de ler a matéria Gato e sapato que fala sobre os gatos do Jockey Club do Rio de Janeiro.Primeiramente, gostaria de deixar registrada a minha indignação pela abordagem tendenciosa e equivocada da jornalista. Faltou-lhe sensibilidade e conhecimento dos fatos, elaborando um texto confuso e cheio de impropriedades.Em segundo lugar, manifesto a minha decepção por ler isso tudo num jornal que deveria estar conscientizando pessoas sobre a importância do respeito aos direitos dos animais. Não foi isso que encontrei.Fui procurada pela Ana Carolina porque queria fazer uma matéria sobre os gatos do Jockey. Não a conheci pessoalmente, e também não pude entender exatamente o que pretendia abordar. Encontrei-me com dois jovens no Jockey que, no máximo, tiraram umas fotos e fizeram poucas perguntas objetivas. Julguei ao final que não chegaríamos a lugar algum.Ana Yates enviou-lhe alguns documentos e o resultado está nessa matéria que comento abaixo. Aproveito as frases da jornalista porque julgo ficar mais inteligível.1 – "Como tantas praças do Rio de Janeiro, a Santos Dumont, no bairro da Gávea, é usada para despejo de gatos".O abandono acontece no Hipódromo da Gávea e não na Praça. Na maioria das vezes, os gatos são levados por freqüentadores, funcionários e prestadores de serviço do JCB.2 – "Mas a Santos Dumont tem uma coisa que as outras praças não têm: um fã clube grã-fino freqüentado por esses animais vadios. E isso está virando um problema".Não sei o que quer dizer com fã clube grã-fino, muito menos animais vadios. Se você refere-se aos defensores, eu, por exemplo, sou uma pessoa comum, trabalho como um cidadão qualquer, mas ainda sim encontro um tempo no meu dia para fazer esse trabalho voluntário, de forma honesta e consciente. A expressão "animais vadios" é um tanto imprópria, mesmo porque eles não fizeram essa escolha. Foram retirados de suas casas e lançados às ruas. Certamente, se eles pudessem escolher, estariam em cima de um sofá macio, quentinho e não correndo de um lado para o outro para se abrigar da chuva e, claro, se esconder do bicho homem que faz questão de espancá-los, quando lhe dá vontade.Quanto a estar virando um problema, há pelo menos 30 ANOS gatos são levados para as cocheiras por proprietários de cavalos e outros para manter os ratos longe dos puro-sangue. Isso sim deu início à proliferação de animais por falta de controle da natalidade!3 – "O Jockey Club do Rio de Janeiro, que fica em frente à praça, virou alvo de críticas e até processo na Justiça, acusado de dar sumiço"Se você tivesse lido os documentos que Ana Yates lhe passou teria observado que o processo iniciou-se não por sumiço mas por maus-tratos e óbitos continuados de animais. "...Mas seu caso parece uma história de mistério policial".Não trata-se de mistério algum. As mortes são óbvias, transparentes e bem ilustradas no inquérito civil e no processo criminal.4 – ".. o Jockey Club tinha a fama de tratar seus vira-latas quase tão bem quanto os cavalos de raça que hospeda ...O que teria havido?"Na realidade, quando criou-se a Comissão de Defesa e Apoio aos Gatos do Hipódromo, iniciou-se um trabalho organizado e, em parceria com a Direção do Jockey, através do Diretor do Hospital Veterinário, vários acordos foram firmados, mas os gatos sempre foram alimentados, tratados e esterilizados EXCLUSIVAMENTE pelos membros da Comissão e voluntários. O Jockey NUNCA cedeu uma única porção de ração ou qualquer medicamento para uso dos animais. Toda a estrutura montada para o trato dos animais saiu do bolso desses voluntários. O que você chama de "tratar bem?"5 – "A pista leva a 2002, quando a produção do Vivo Open Air .....pediu para que os gatos fossem retirados do local...... Os bichos não combinavam com o perfil do público que iria à festa. O Clube improvisou um gatil para confinar os animais... O Clube parece ter gostado, porque resolveu manter os gatos no gatil".Primeiramente quem improvisou o gatil foi a produtora do evento, Duetto Produções, e não a Direção do Clube. Aliás, a Direção do Departamento do Hipódromo ficou visivelmente irritada com essa situação, chegando mesmo a reclamar do "fedor que ficaria aquela área ao lado da Administração" Em segundo lugar, nunca, em momento algum, ouviu-se dizer que havia incompatibilidade de qualquer evento com a presença dos gatos. Curiosamente, somente depois da produtora firmar contrato com o JCB percebeu-se que havia uma quantidade considerável de gatos circulando pelas tribunas. 6 – "... eles causavam transtornos aos sócios, sujando a tribuna de honra, cruzavam as pistas em horas de corrida, assustando cavalos e, ainda por cima, enfiando-se em tubulações e geradores de energia"Quem informou-lhe tais fatos poderia ter fornecido também as datas dos acidentes ocorridos com cavalos por causa dos gatos, quantos acidentes ocorreram desde a inauguração do Hipódromo. Eu lhe digo: NENHUM! Os geradores e subestações são locais lacrados e não podem ficar abertos. Em 100 anos não mais de 3 gatos foram eletrocutados, mas porque eletricistas esqueceram as portas abertas. Se fossem crianças circulando pelo local elas poderiam ter sido as vítimas! Quem pagou o pato? OS GATOS!!!7 – "Até aí tudo bem. O gatil não gerou queixas"Engano seu. A Comissão foi consultada sobre esse procedimento e somente concordou porque seria temporário e, principalmente, porque a nossa parceria com o clube era baseada em cooperação, bom -senso e harmonia. 8 – "As voluntárias continuavam levando os gatos para o abrigo, onde os tratavam e alimentavam".Aquele local não era um abrigo, era uma área porcamente improvisada pela Duetto. Como acordado com o então Diretor do Hospital Veterinário e a produção do evento, a Comissão deu plantão não só assistindo aos animais aprisionados, recolhendo outros que a produtora insistia que assim o fizéssemos, como também alimentando os animais das demais colônias.9 – "A controvérsia surgiu quando o clube mudou de diretoria, em novembro de 2002." O Clube não mudou de diretoria. O Diretor do Departamento Médico Veterinário, que tratava dos assuntos afetos aos gatos, é que pediu demissão do cargo, porque foi dado ao Sr. Elazar David Levy, Diretor do Hipódromo, a responsabilidade de "cuidar dos gatos" .10 – "...a partir dessa troca de guarda adotou-se o que qualificam como política de extermínio. Elas acusam o Jockey Club de dar veneno... e até queimá-los no forno crematório."Não trata-se de uma simples acusação de envenenamento. Existe um laudo de necrópsia, anexado ao processo judicial, que comprova tal fato. Foi usado chumbinho e não apenas gato morreram mas uma família inteira de gambás. Se você não sabe, matar animais silvestres é considerado crime INAFIANÇÁVEL!Além disso, nunca fizemos acusação de que os gatos estariam sendo incinerados. Na verdade questionávamos a legalidade de tal forno, uma vez que, até bem pouco tempo, o JCB não tinha licença da FEEMA para funcionar. E o mesmo estava a pleno vapor há anos. Mas quem garante que isso não acontecia?!!11 – "... afirma que quem rompeu o acordo foram as voluntárias. Elas se comprometeram a dar comida aos bichos e não o fizeram." Nunca fizemos acordo algum com o Sr. Elazar David Levy. Numa única reunião que estivemos com ele, inclusive com a presença de uma sócio fundadora do Clube, administradora de um abrigo de cães, mostrou-se intransigente, alheio a diálogo e determinado a prender todos os demais gatos que existiam nas diversas colônias. Discordamos, sim, dessa intenção e explicamos o porquê, enumerando os problemas que isso iria causar aos animais, mesmo porque a área era pequena para tantos animais. À época, cerca de 400 gatos.12 – ".. afirma ainda que as voluntárias, chefiadas por Ana Yates e Marli Perilo, agiram de má fé... Com a briga foram impedidas de frequentar o gatil e o convênio, rompido."Há uma tremenda confusão aqui. Temos que dar um desconto porque esse senhor já tem idade avançada e pode estar delirando, ou talvez, com esclerose. Não tem mais memória. A proibição surgiu a partir do momento que o próprio Elazar assumiu o assunto GATOS. Na época, dentro do cercado, havia cerca de 80 gatos presos por força do evento e os outros 300 foram impedidos de ser alimentados por esse senhor. A própria Ana Yates ligou para o Sr. Elazar implorando que ele reconsiderasse essa decisão. O mesmo disse-lhe que ela poderia entrar no Jockey mas com uma caixa de captura. Comida só dentro do gatil". Eu lhe pergunto: onde está a má fé?Quanto ao convênio, que convênio ele se refere? Não havia convênio nenhum com o JCB. A proposta de convênio com a Prefeitura estava devidamente engavetada na mesa desse senhor. Suas palavras sobre a proposta de convênio foram: "imagina a Prefeitura está querendo transformar a minha casa num posto de saúde de gatos" Além disso, o convênio inicialmente esboçado pela SEPDA, que previa um atendimento mais amplo aos gatos, surgiu em função de solicitação da própria Comissão de Defesa e Apoio aos Gatos do Hipódromo.13 – "Apesar da proibição, o trabalho de proteção aos vira-latas não acabou. Achei a expressão "vira-latas" carregada de preconceito e num tom meio perjorativo. Po que esse modo de tratar o assunto, especialmente por um jornal que se diz defender a ecologia, os animais? Mesmo porque não apenas animais sem raça definida são alijados ali. Diversos siameses, persas e outros de origem mais nobre circulam e circularam pelo JCB após abandono.14 – "Três vezes por semana, Marli sai de sua casa... Há cinco anos ela se juntou a um grupo de mulheres que toma conta dos gatos de rua, cujo endereço residencial são os muros do JockeyEntrei para a Comissão de Apoio e Defesa aos Gatos do Hipódromo com o respaldo de duas ONGS – SOS Animal e USPA, comissão essa com[posta por vários voluntários. O nosso trabalho não se restringe a alimentá-los, mas a prestar assistência veterinária, esterilizar machos e fêmeas e doar. Centenas de animais, filhotes e adultos, foram encaminhados para um lar com o nosso trabalho. Até 2002, quase a totalidade de animais havia sido esterilizada, com um controle maravilhoso de natalidade. Não se via filhote algum para adotar. Hoje a situação é caótica. E tem sido assim desde novembro de 2002. Não fosse as voluntárias retirarem alguns animais que ainda circulam pelos áreas próximas aos muros, vindos do abandono contínuo, para castrar, alimentar e medicar, seria muito mais dramática a situação naquele clube.Outro engano: os muros não são os endereços residenciais do gatos. Eles vêm aos muros para receber a única cota de comida do dia, dada por mim e Ana Yates, porque diversas colônias foram literalmente desconsideradas pelos alimentadores contratados pela SEPDA, umas à pedido da Direção do JCB, outras por conveniência mesmo. Elas eram cerca de 26 e demandavam um certo trabalho para quem o fizesse bem feito. 15 – "ela jura que o número de gatos tem diminuído nos últimos anos."Eu não preciso jurar coisa alguma. Eu sou testemunha ocular das mortes, das doenças, dos desaparecimentos. Tinha por hábito tirar fotos e tenho várias comigo de animais que nunca mais foram vistos. E desapareceram de suas colônias da noite para o dia. Sabemos da dificuldade para encaminhar um animal para adoção. Quantas almas bondosas existem pela Gávea querendo adotar gatos adultos, "vira-latas", como usado pela jornalista, muitos sem orelha, cegos, e sem nenhuma beleza física digna de elogios, segundo os nossos padrões exigentes?16 – "...o Jockey estabeleceu um contrato de cooperação com a Secretaria Especial de Defesa dos Animais – SEPDA. O responsável pelo Hipódromo diz que a iniciativa da parceria partiu do próprio clube."Para início de conversa, o convênio surgiu por sugestão da Comissão de Voluntários e não do clube. Depois, quem chamou a Prefeitura (SEPDA) para defender os gatos também fomos nós, da Comissão. A idéia de parceria não é mérito nenhum do Jockey. Foi uma estratégia montada para salvar os gatos depois da ação arbitrária do Clube. Basta perguntar à ex-secretária Maria Lúcia Frota para confirmar isso. É muita ousadia de quem passou essa informação equivocada.17 – "A prática lá era de campo de concentração, confinar para depois exterminar".Veja bem, essa é uma declaração de uma pessoa idônea, representante de um órgão público, e que esteve bem perto do problema e, assim como nós, buscou, mesmo que sem sucesso, mudar os rumos da história daqueles gatos.18 – "Para investigar as denúncias de maus-tratos foi aberto um inquérito civil."O inquérito civil foi aberto por iniciativa da Dra. Rosani após ler uma nota em jornal de que os gatos estavam sendo presos em porões junto às tribunas. Este fato foi comprovado e, apesar do MP possuir uma cópia do Atestado de Inteiro Teor emitido pela Secretaria de Saúde, até hoje não foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta como seria alegadamente feito. Só para enfatizar, eu estava presente no dia em que os porões tiveram que ser abertos e diversos gatos saíram de lá apavorados. Ninguém me contou isso: eu presenciei. 19 – "os gatos estão de coleira e parecem saudáveis."Não se iludam. Os gatos que estão circulando pelo gatil foram recentemente colocados lá e ainda mantêm uma certa vitalidade, mas graças à ração dada por voluntários. A usada no Gatil é de péssima qualidade e seria bom que vocês voltassem lá em breve e procurassem pelos mesmos gatos saudáveis. Os debilitados já foram retirados de lá, possivelmente para não atrapalharem a imagem do local. A SEPDA alega que foram encaminhados para clínicas veterinárias., mas nunca respondeu aos nossos questionamentos. Não sabemos de fato o que aconteceu com eles.20 "Além disso, existe um ambulatório para cuidar dos bichanos que ficam doentes. "Isso é uma impropriedade. A casa antiga cedida pelo Jockey em 1999 servia apenas para esterilizar os animais e nunca teve a infra-estrutura necessária para dar assistência aos animais, nem agora nem na época em que a SEPDA assumiu o comando desses gatos.21 – "Ninguém pode passar por lá e sair com seu gato vadio".Mais uma vez me indigno com essa forma preconceituosa de referir-se a esses animais. É inconcebível essa linguagem para tratar de um assunto tão delicado e desgastante para aqueles que se envolvem com defesa animal. Onde está o respeito aos animais.? Ë assim que vocês julgam estar contribuindo para a formação de uma consciência ecológica? Não pretendo me estender mais. Poderia apresentar outros fatos tristes sobre a saga desses gatos, mas acho que, definitivamente, não vale a pena. Entretanto, não poderia ficar calada diante de tanta inconsistência.. Em nome das centenas de felinos mortos no JCB, me silencio agora.Resposta da autora:A reportagem ouviu as partes envolvidas e registrou as versões divergentes, não encontrando evidências dos alegados maus-tratos.

Por Redação ((o))eco
29 de julho de 2005

Onisciência e Onipotência II

De J. Bernando Isso está parecendo conversa para boi dormir. Infelizmente, hoje em dia, tudo que se relaciona a dinheiro neste país cheira a trambique e com as desculpas mais esfarrapadas. Torço para que não seja mais uma mala de dinheiro que depois se desmanche em fotos de satélite facilmente encontradas em site especializados.À primeira vista e principalmente para quem não freqüenta a Floresta, esse método de monitoramento até soa eficaz. Os jornais e a mídia volta e meia mostram essa situação de descontrole com os limites do Parque. Entretanto, os desprevenidos não se dão conta de que, por mais potentes que sejam as lentes do satélite, jamais daria para se ver (como você mesmo citou), um acampamento camuflado em baixo de uma árvore ou dentro de uma toca. As autoridades sabem onde as coisas acontecem e se não sabem, basta perguntar a qualquer andarilho que logo ficarão informadas.A floresta está se tornando virtual e o pessoal não está mais sujando as botas. Andar no mato para que, se tem uma confortável cadeira e uma tela de computador mostrando imagens vindas lá da estratosfera sem que se precise dar uma passo fora do Barracão? Já se foi o tempo em que podíamos encontrar pelas trilhas, o diretor do Parque com rolos de arame nos ombros, placas de sinalização, fechando atalhos e conscientização de caminhantes... Sem falar da satisfação de caminharmos juntos, debatendo ações de manejo, preservação e história. Eu mesmo fui testemunha, numa caminhada ao Pico da Tijuca, quando passou por nós um andarilho veterano e você perguntou a ele se tinha visto alguma coisa irregular. A resposta foi negativa me fazendo sentir uma sensação de bem estar e segurança. Mais à frente, ao passarmos por um riacho, você adivinhou qualquer movimento estranho e com a coragem de um soldado (deixando o grupo apreensivo), saiu desbravando o mato e foi lá conferir o que estava fazendo um casal mais romântico. Nada escapava aos seu olhos de águia, milhares de vezes mais poderosos que uma lente de satélite, que vê o que está por cima mas não o que está por baixo dessas transações.De fato, esse dinheiro (que deve caber em duas cuecas) poderia ser melhor empregado. Gerando empregos e melhores condições de segurança e conforto aos amantes desta floresta. Além de ajudar na caça dos verdadeiros e mais perigosos inimigos dela e da sociedade como um todo.

Por Redação ((o))eco
27 de julho de 2005

Onisciência e Onipotência

De Pedro P. de Lima-e-Silva Engenheiro Ambiental, PhDServiço de Segurança Radiológica e AmbientalCaro EcoTambém, como meu xará Pedro Menezes, sou fã de novas tecnologias, principalmente quando elas facilitam a vida, ou reduzem nossos impactos no ambiente. As visões dos satélites com certeza estão entre as tecnologias mais incríveis para monitoramento ambiental que irão, com o passar do tempo, ajudar a conter a destruição em curso.Porém, como tudo na vida, até uma simples faca em mãos erradas pode se transformar de objeto salvador em objeto destruidor. E essa não é uma comparação para virar analogia com o problema do Parque Nacional da Tijuca, abordado pelo colunista de O Eco. A comparação é apenas conceitual, no sentido de que mesmo uma tecnologia criada com as melhores intenções do mundo pode ser mal usada, ou até mesmo usada para o mal. Ou, o que seria pior ainda, usada para não dar em nada. A reportagem do "Big Brother" da floresta também me causou espécie, como diria minha falecida avó, porque obviamente área de caçador está embaixo das árvores. Fico imaginando um caçador que queira "aparecer", coitado, vai morrer de fome, né não?À parte as ironias e os paradoxos, gastar US$250 mil, que hoje seriam R$355 mil, com fotos de satélite, me parece falta de percepção ou avaliação de impactos ambientais, minha área de atuação profissional. Os maiores problemas do parque estariam em visualizar clareiras abertas? Se o parque informa, como já o fez em passado recente, que não tem conhecimento, por exemplo, dos nichos ecológicos das espécies que contém, que não sabe as capacidades de suporte ecológicas e humanas de seu setores, que trata o setor da Pedra da Gávea, como bem lembrou o Pedro Menezes, como área abandonada, que até hoje não conseguiu resolver o problema das áreas das antenas do Sumaré, mesmo tendo gasto dinheiro do PNUMA em projeto de valoração ambiental com esse objetivo há mais de três anos, que abandonou projeto pioneiro de certificação ambiental da ISO-14001 por falta de R$250 mil para implantar saneamento no esgoto das áreas da Pedra Bonita e outras, então, realmente, o parque espera que o satélite espião resolva alguma coisa?Uma área assim tão complexa e ao mesmo tempo tão importante como o Parque Nacional da Tijuca merece uma gestão por competência, precisa de ação pró-ativa e pessoas que unam esforços em vez de dispersá-los, que atraiam pesquisadores em vez de dificultar-lhes o acesso, que compartilhem a área com outras organizações como empresas [sérias] de ecoturismo que queiram investir no parque, que façam o comitê gestor de fato se reunir e gerenciar, que promovam a gestão participativa e a gestão compartilhada. Hoje há mais de uma unidade de conservação que funciona assim de forma modelar, como a Floresta Nacional de Ipanema e a Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, já citadas em outras reportagens por várias vezes, cujos modelos de gestão deveriam ser seguidos e copiados por todo o Brasil.abs,

Por Redação ((o))eco
27 de julho de 2005

Compre sua poluição

De Alexandre de AbreuEduardo,Possuo um Defender e percebo que o problema de poluição se deve à característica técnica do Diesel fornecido pela Petrobras. Seus dados são difíceis de confirmação, pois nove toneladas/ano de CO2 por carro temos que rodar muito. Preferências individuais a parte, usar um 4x4 é ter capacidade de ir a muitos lugares. O Eco nos traz tantos assuntos interessantes, que falar de SUV é tipo do ponto vista distante da realidade.

Por Redação ((o))eco
25 de julho de 2005