Procura-se peixe-boi

A partir do dia 10 de junho começa a 8ª Expedição do Peixe-Boi Amazônico. O projeto vai percorrer 4 mil quilômetros pelo rio Amazonas, entre Santarém e Manaus, para levantar informações sobre o mamífero, raramente avistado. Segundo a coordenadora nacional do Projeto Peixe-Boi Amazônico, a bióloga Fábia Luna, a caça é mais freqüente no estado do Amazonas e a espécie foi classificada pelo Ibama como vulnerável à extinção. Esta fase do projeto deve durar 19 dias.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

Ligações perigosas

Reportagem no Guardian, baseada em documentos obtidos pelo jornal no Departamento de Estado americano, diz que a decisão de George Bush de não assinar o protocolo de Kyoto foi diretamente influenciada pelos executivos da petrolífera ExxonMobil. A papelada mostra os diplomatas americanos agradecendo a participação da turma do petróleo na definição da posição de Washington em relação ao assunto. A empresa sempre negou qualquer envolvimento direto na diplomacia americana sobre a questão do aquecimento global. A Casa Branca também. A documentação foi obtida na Justiça pelo Greenpeace, com base no Freedom of Information Act, lei que regula o acesso público a documentos oficiais.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

Editor de clima

Outra reportagem, desta vez no The New York Times, mostra que a Casa Branca de George Bush, para defender os interesses da indústria petrolífera americana, fraudou relatórios sobre aquecimento global feitos por cientistas e instituições do governo. A papelada chegava na Casa Branca e era diretamente enviada para a mesa Phillip Cooney, assessor especial de Meio Ambiente de Bush, para ser editada. Cooney, diz a reportagem, adorava “suavizar” o que considerava catastrófico nos relatórios. Só depois da “limpeza”, os textos eram divulgados ao grande público. A prática durou três anos, até 2004.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

TB, o retorno

A tuberculose está voltando a ser ameaça mundial. Quem diz é o canadense Globe and Mail, citando autoridades da Organização Mundial de Saúde. Nos países desenvolvidos, ela reapareceu com força suficiente para torná-la imune aos tratamentos conhecidos. No resto do mundo, ela hoje ataca mais gente anualmente do que há 15 anos atrás. No ano passado, 8 milhões de pessoas no mundo padeceram da doença.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

Tudo pelo fumo

Mais um sinal de que George Bush adora proteger empresas ambientalmente incorretas, desta vez em reportagem do The Washington Post. Ela conta que os advogados do governo que lideram a acusação contra a indústria de tabaco em julgamento que já dura 8 meses, pediram em suas argumentações finais uma punição financeira que não chega a 10% do montante que, de acordo com testemunhos, seria necessário para custear tratamento de ex-fumantes e programas para quem quer largar o vício. Até os advogados das tabaqueiras, que imaginavam ser espetadas numa conta de 130 bilhões de dólares, ficaram espantados com o pedido federal de apenas 10 bilhões de dólares

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

Fama debaixo da lama

A mais famosa estrada do Parque de Yellowstone, a rodovia 212, considerada dona das vistas mais espetaculares da região, está soterrada sob 13 imensos deslizamentos de terra, diz reportagem do The New York Times. Reconstruí-la vai custar 20 milhões de dólares e levar 6 meses.Significa que ela estará fechada durante o pico de visitação ao parque, que acontece agora em junho, julho e agosto.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

Turbinas da morte

Considerada uma das alternativas de produção de energia limpa, as turbinas eólicas estão cada vez mais recebendo críticas de ambientalistas por funcionarem, muitas vezes, como devastador triturador de pássaros. Agora quem está debaixo de pancada, segundo o Guardian, é o projeto para criar a maior “fazenda” de produção de energia eólica do mundo. Ela ficaria à beira do rio Tâmisa, na Inglaterra. Mas há Ongs advertindo o governo que as hélices de suas 270 turbinas estarão localizadas bem na rota de uma colônia de pássaros migratórios no Atlântico Norte cuja espécie está próxima da extinção.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

Contaminar às vezes sai caro

A Monsanto colocou 250 milhões de dólares na Solutia, uma empresa de produtos químicos saída de sua costela. A Solutia foi criada pela própria Monsanto há mais de uma década, como empresa independente, e nela enterrada boa parte de seu passivo ambiental relativos à contaminações por elementos químicos. A Solutia, claro, lidando apenas com questões legais, está quebrando e a Monsanto, segundo o The New York Times, prefere botar dinheiro nela e mantê-la viva porque isso a protege de ter que lidar diretamente com este passivo ambiental.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

Os sobreviventes

A Slate foi fazer reportagem sobre a convenção que, recentemente, reuniu sobreviventes de uma fúria muito específica da natureza: raios. Nenhum deles se lembra em detalhes da experiência. Apenas que ela começou com um clarão e eles acordaram com gosto ácido na boca. Todos reclamam de um certo abandono pela ciência médica. De fato, 70% dos sobreviventes de raios têm seqüelas da experiência. A mais comum, é a péssima memória. Outras incluem mini-convulsões, tremores e irritabilidade crônica. No entanto, quase nenhum médico sabe como tratá-los. Em média, por ano, morrem 67 pessoas por causa de raios nos Estados Unidos, a maioria homens. Eles tendem a passar mais tempo fora de casa que as mulheres, o que faz com que o risco para eles aumente.

Por Manoel Francisco Brito
8 de junho de 2005

Ursos urbanos

A população de ursos pretos no Oeste de Nevada sofreu muito quando os primeiros humanos começaram a construir casas, estações de esqui e hotéis em seu habitat. As construções ocuparam vastas áreas onde antes só havia pinheiros e sua derrubada em massa, há três, quatro décadas, colocou os ursos da região em perigo. Seu principal alimento, o pinhão, começou a escassear. De uns dez anos para cá, entretanto, eles descobriram que o homem podia se tornar o melhor amigo do seu estômago graças a sua infinita capacidade de produzir lixo. Foi nas latas onde humanos jogam seus rejeitos, que os ursos pretos de Nevada foram resolver seu problema de comida. Hoje, 90% dos ursos que existem lá vivem do lixo. E eles são bem maiores que os 10% que ainda vivem de subir em pinheiros para roubar pinhões. A disponibilidade de alimento o ano todo está também fazendo com que muitos ursos se livrem de um dos hábitos mais peculiares de sua espécie: a hibernação. A reportagem está no The New York Times.

Por Manoel Francisco Brito
8 de junho de 2005