Fechado

Chegou-se a um acordo sobre a construção da usina de Barra Grande, em área de fronteira entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A obra, baseada em levantamento técnico omisso e falsificado, estava suspensa por decisão judicial. O acordo entre empreiteiras, ambientalistas e membros do Movimento Anti-Barragem foi feito na véspoera de natal. Pelo que está escrito, a obra vai custar bem mais cara aos seus donos. Eles terão que indenizar 200 famílias que moram na região, doar muito dinheiro ao Parque Nacional São Joaquim, criar um banco com germoplasma de 14 árvores ameaçadas de extinção, plantar 100 mil mudas de araucárias e doar ao Ibama área de mais de 5 mil hectares com vegetação semelhante a que ficará submersa. Segundo o Valor (só para assinantes) tudo isto vai encarecer a obra em 100 milhões de reais.

Por Manoel Francisco Brito
27 de dezembro de 2004

Risco nas ondas

O Globo trouxe no último domingo de dezembro reportagem sobre as ondas na orla carioca que estão fora do alcance dos surfistas. Fora em termos. Eles estão sempre tentando fazer alguma coisa para surfar nessas águas proibidas. O problema é que elas estão em área militar, o que faz o “penetra” correr um bom risco. A turma de farda os caça a metralhadora e baioneta.

Por Manoel Francisco Brito
27 de dezembro de 2004

Maus-tratos

No zôo do Rio, o que há de comum entre todos os animais é o estresse provocado pela mais absoluta falta de espaço. Tem tigre em cela de 4 metros quadrados e macaco em jaula superlotada. Há excesso de bichos dividindo o espaço do zoológico. O secretário de Meio Ambiente do Rio disse a O Globo (gratuito, pede cadastro) que a instituição sofre com o crescimento urbano no estado sobre suas áreas verdes. Os bichos acabam caindo no meio das cidades, são capturados e levados para o zôo. O aumento no número de hóspedes está levando a direção do Zôo do Rio a mandar alguns para o de Niterói, que pode ser considerado uma espécie de campo de concentração para animais. Já foi fechado pelo Ibama e suas jaulas são diminutas.

Por Manoel Francisco Brito
27 de dezembro de 2004

Doutores no mato

A UFRJ vai criar seu primeiro campus fora do Rio de Janeiro. Será instalado no Parque Nacional do Jurubatiba, um paraíso na costa Norte do Estado do Rio e abrigará o curso de biologia. A informação é de O Globo (gratuito, pede cadastro).

Por Manoel Francisco Brito
27 de dezembro de 2004

A poça

Edição de 23.12.04

23 de dezembro de 2004

O melhor de 2004

A redação olhou para os cinco meses de vida de O Eco neste final de ano e selecionou as melhores reportagens e colunas publicadas. Vale à pena ler de novo.

Por Redação ((o))eco
23 de dezembro de 2004

A vez da natureza

No iníco de outubro, decidindo sobre ação iniciada pelo Ministério Público para retirar cerca de 400 famílias que ocuparam irregularmente as margens do Rio Piabanha, em Petrópolis, Estado do Rio, o juiz Ronald Pietre decidiu que seria cruel a retirada dos invasores. Não se sensibilizou nem com os argumentos de que a medida visava protegê-los, já que moram em área de altíssimo risco. Agora foi a vez da natureza dar a sua sentença. As recentes chuvas que caíram sobre a cidade deixaram as casas construídas irregularmente debaixo d’água. Definitivamente, ela preferia que os invasores não estivessem nas margens do Piabanha.

Por Redação ((o))eco
23 de dezembro de 2004

Liberou

Como vem acontecendo com a regulamentação ambiental americana todos os anos desde que George Bush foi eleito, ela sofreu nova modificação às vésperas do Natal e do Ano Novo. Não é para dar um presente ao país, mas para evitar resistências políticas a mudanças que em geral relaxam as restrições à atividades econômicas dentro de áreas protegidas. Agora, a Casa Branca relaxou as regras de exploração econômica em Parques e Florestas Nacionais, informa o The New York Times (gratuito, pede cadastro). Descentralizou a gestão do sistema em favor da direção de cada unidade e reduziu as regras que precisam ser seguidas para a exploração destes recursos naturais.

Por Manoel Francisco Brito
23 de dezembro de 2004

Cercada

O The New York Times (gratuito, pede cadastro) obteve documentos internos da Newmont, maior mineradora de ouro do mundo, que comprovam que os executivos da companhia tinham em 2001 conhecimento de que estavam soltando toneladas de vapor de mercúrio no ar em uma de suas minas na Indonésia. Fecharam-se em copas e não fizeram nada. Devem estar arrependidos. A empresa será alvo de ações judiciais do governo indonésio e virou o principal saco de pancada dos ambientalistas neste final de ano.

Por Manoel Francisco Brito
22 de dezembro de 2004