Seco

Cinco estados – Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Tocatins – colocaram suas defesas civis em alerta por conta da baixíssima umidade do ar registrada neles ontem. Em todos, ela ficou abaixo dos 17%. A baixa umidade resseca a pele, irrita os olhos e atrapalha a respiração, ensina reportagem da Folha de S. Paulo (só para assinantes). A melhor receita para enfrentar o problema é beber muita água. Nem 1 minuto de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Floresta vendida

A madeireira Manasa vendeu 67,28% de suas florestas no Paraná para um fundo de investimentos estrangeiros especializado em por dinheiro em estoques de madeira para corte, informa o Valor (só para assinantes). Ela não vendeu a terra. Apenas as árvores plantadas nela. Todas já têm mais de cinco anos de idade e estão maduras para corte. A Manasa, pelos próximos dez anos e com base no que diz o contrato de compra, vai se dedicar apenas à reposição dos estoques, plantando novas mudas de árvores. O fundo comprador, o Viking Global, já é dono de outras florestas dedicadas ao corte no Brasil. Lê-se em 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

A Argentina tremeu

Habitantes de catorze províncias argentinas sentiram a terra tremer. O terremoto, que atingiu 6.5 na escala Richter, foi forte. Mas seu epicentro, informa o Clarin (gratuito), aconteceu em área onde praticamente não existem concentrações de seres humanos, a 57 quilômetros da capital da província de Catamarca. Leitura de 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Vilã

Reportagem no The New York Times (gratuito, pede cadastro) relata a luta entre a gigante americana Newmont, maior mineradora de ouro do mundo, e os habitantes de um vilarejo na Indonésia. Seus filhos, de um tempo para cá, começaram a apresentar alto índice de deformidades físicas. Ambientalistas acusam a empresa de derramar poluentes no mar à volta da pequena aldeia, contaminando a vida marinha e, em consequência, todos os que tiram dela seu sustento. O governo da Indonésia confirma, com pesquisas científicas, todas as acusações. A Newmont, diz o jornal, é uma vilã internacional. Enfrenta processos em 4 continentes e é um exemplo da exportação de práticas ambientais selvagens, hoje proibidas pela legislação americana, para países em desenvolvimento. A leitura leva 4 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Selo animal

Na Namíbia, um dos maiores hábitats do Cheetah, o veloz felino é uma ameaça ao gado e, por consequência, é constantemente caçado e morto pelos pecuaristas locais. Para protegê-lo, ambientalistas criaram um selo cheetah-friendly para a carne da Namíbia exportada para a Europa. O selo garante que o produtor preserva os felinos. Para isso, a equipe do Cheetah Conservation Fund ensina medidas simples, como uso de cães e asnos junto ao rebanho e especial atenção aos novilhos, principais vítimas. A notícia é da Environmental News Network e pode ser lida em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Passivo ambiental

Larry Rother, o correspondente do The New York Times (gratuito, pede cadastro) no Brasil que o governo Lula adora odiar, continua apesar das críticas oficiais dando aulas de jornalismo. Inclusive a nós aqui de O Eco. Na edição do jornal do dia 7 de setembro, publicou reportagem sobre o passivo ambiental que o país herdou da época do desenvolvimentismo do regime militar – um aspecto do passado brasileiro que boa parte do PT federal teima em elogiar. A represa criada em plena Amazônia, mais especificamente no Pará, para fazer girar as turbinas da hidrelétrica de Tucuruí tem uma floresta de problemas. As árvores da área inundada, depois de 20 anos debaixo d’água, viraram um imenso problema ambiental. Sua decomposição lenta e gradual é uma enorme fonte de emissão de dióxido de carbono, que contribui para o fenômeno de aquecimento da Terra. Elas atrapalham a navegação, são fontes de horrendas infestações de mosquito e há a preocupação de que elas estão elevando o nível de acidez da água, o que pode comprometer o funcionamento das turbinas de Tucuruí. Até recentemente, o pessoal da Eletronorte estava combatendo o problema entregando as árvores aos serrotes de madereiras. Elas contratavam gente para mergulhar e serrar os troncos, que depois eram cortados em serrarias na região. No começo do ano, a estatal suspendeu os trabalhos de corte, argumentando que apesar de todos os problemas que provocam elas são benéficas para o ambiente subaquático, provendo os peixes com vivieros onde eles podem se reproduzir. Ambientalistas dizem que isto é uma bobagem, que as árvores representam um risco à qualidade da água e do ar e que sua remoção deveria continuar. Leva 3 minutos para ser lida.

Por Manoel Francisco Brito
7 de setembro de 2004

Mortandade de hipopótamos

Sessenta hipopótamos morreram de causa ainda desconhecida num Parque Nacional de Uganda nos últimos 2 meses, informa reportagem do Mail and Guardian (área gratuita) da África do Sul. Veterinários do Parque, que abriga uma manada de 5 mil hipopótamos, descartam a possibilidade de uma infecção. Apostam na hipótese de que os bichos estão sendo vítimas do excessivo calor que vem afligindo a região nos últimos meses. Alguns especulam que as mortes podem ser resultado da presença de poluentes nos lagos Edward e George, que estão dentro do Parque. Recentemente, suas águas adquiriram uma tonalidade esverdeada que nunca havia sido registrada antes. Menos de 1 minuto de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
7 de setembro de 2004

Bichos não falam

Um professor de Yale acaba de publicar um livro que rema contra a noção geral de que bichos, em contato com humanos, acabam desenvolvendo formas especiais de comunicação com seus mestres bípedes. Stephen Anderson, diz o The New York Times (gratuito, pede cadastro), argumenta no texto que quando um gato mia para seu dono ou um cachorro late na hora em que ganha sua comida estão apenas fazendo miau e auau. Menos de 1 minuto de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
7 de setembro de 2004

Uvas em chamas

Sonoma County, na Califórnia, uma das regiões de produção de vinhos mais celebradas do mundo, está enfrentando incêndios descontrolados nas poucas áreas de floresta natural que lhe restam. O fogo já desalojou humanos, queimou vinhedos e, informa o The Washington Post (gratuito, pede cadastro), paralisou as atividades de Geysers, a maior geradora térmica de energia do mundo, que fica na área onde acontece o incêndio. Lê-se em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
7 de setembro de 2004

Só bandidos

Autoridades de duas cidades da Califórnia, segundo o The Los Angeles Times (área gratuita), estão acusando sindicatos de eletricitários em suas regiões de utilizarem a legislação ambiental para impedir a construção de plantas de geração de energia. Dizem que os sindicatos não fazem isso por amor ao verde e ao ar puro, mas porque as duas cidades deram os contratos de construção das geradoras à empresas que não empregam pessoal sindicalizad. As lideranças trabalhistas rejeitam a acusação e lembram que os sindicatos na Califórnia há muito lutam pela melhora na qualidade do ar que as pessoas respiram no estado. Pelo que diz a reportagem do jornal, nessa briga não há mocinhos. A leitura leva 4 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
7 de setembro de 2004