Resistência

Fidel Castro aguarda a chegada do Ivan, furacão de força devastadora, à Cuba politizando a fúria da natureza. Diz O Globo (gratuito, pede cadastro) que o comandante recusou qualquer ajuda externa e disse que os inimigos da revolução devem estar se regozijando com a possibilidade de um furacão fazer o que não conseguiram: destruí-la. O The New York Times (gratuito, pede cadastro) conta que na Flórida, o pessoal está com os nervos em frangalhos. O Ivan tem toda a chance de ser o terceiro furacão a varrer a costa do estado em seis semanas. A população está perdendo a paciência necessária para se precaver contra novo desastre natural. As duas reportagens podem ser lidas em 4 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
13 de setembro de 2004

O primo mau

O furacão Ivan já está sendo chamado de o terrível. Neste fim de semana, ele vai atingir a Jamaica depois de ter matado 29 pessoa em Granada, República Dominicana, Venezuela e Barbados. Antes de se dissipar, ele também deve atropelar Cuba e parte da Flórida, nos Estados Unidos.Se isso acontecer, vai ser o terceiro furacão a varrer o estado americano em menos de um mês. Um fato inédito. Antes, a região recebeu a desastrosa visita dos primos do Ivan, o Charlie e a Frances. O The Guardian ( gratuito) trás um bom resumo sobre a temida passagem do furacão pelo Caribe. A leitura leva 3 minutos.

Por Carolina Elia
10 de setembro de 2004

Beleza interior

No dia 15 de setembro começa a Casa Cor, o mais badalado evento de decoração do Rio de Janeiro. Mas para os moradores da rua onde decidiu hospedar-se este ano, ela já começou há bastante tempo. Há dois meses, a pacata rua Mary Pessoa, na Gávea, presencia a invasão de uma espécie exógena. De repente, a casa colonial número 116 começou a ser habitada por vários operários que trabalhavam dia e noite e produziam, com freqüência, uma nuvem de poeira. Em frente à casa, instalou-se um caminhão com gerador e um enorme contêiner que serve de banheiro aos trabalhadores. Carros começaram a se proliferar nas margens da calçada. Diversos seguranças contratados espalharam cones por toda a extensão da rua, inventando vagas “reservadas” para os arquitetos e decoradores que iam e vinham. Nas vésperas da inauguração, pedestres estão sendo obrigados a atravessar a rua ou andar pelo asfalto porque as calçadas apareceram tomadas por cabos da Light, providenciados às pressas para garantir energia extra à noite de abertura. Curiosa, a equipe do O Eco entrou na Casa Cor e constatou que tanto movimento rendeu um belo resultado, mas só dentro da casa. Do lado de fora, faltou arquitetar melhor o uso do espaço público.

Por Redação ((o))eco
10 de setembro de 2004

Ainda dá tempo

Pegue sua câmera e corra os olhos pelo seu mundo, em busca da diversidade. Urbano ou rural, cidade ou mata, ele tem algo de muito interessante e fotográfico para mostrar. Depois é só se inscrever no concurso de fotografia sobre o ambiente da UNEP, o órgão das Nações Unidas para meio ambiente. Vale foto analógica (filme) e digital, preto e branco e em cores. O tema é ótimo: “Celebrando a Diversidade”.O prêmio principal, Ouro, vale o clique: US$ 20 mil. Ainda haverá Prata e Bronze. Todas as categorias receberão prêmio em dinheiro. O júri é de fotógrafos de primeira, mundialmente conhecidos: Sebastião Salgado, do Brasil, claro; Takeyoshi Tanuma, do Japão; Raghu Rai, da Índia; Susan Meiselas, dos EUA; e Enny Nuhareni, da Indonésia.Está aberto a profissionais e amadores. Será a quarta Competição Fotográfica Internacional sobre o Ambiente, 2004-2005. O prazo para inscrições vai até o dia 24 de outubro. As categorias são: geral (mais de 25 anos), jovens (entre 14 e 25 anos) e crianças (menos de 14).Se você quiser ver que fotos foram premiadas nos concursos anteriores, basta entrar no site http://www.unep-photo.com.

10 de setembro de 2004

Sabedoria chinesa

O extraordinário crescimento econômico chinês custou caro às reservas ambientais do país. Alguns analistas afirmam que se forem contabilizados os danos ecológicos, o crescimento cai de 9% ao ano para 2% a 3%. Segundo um estudo da Academia Chinesa de Planejamento Ambiental, só os problemas de saúde provocados pela poluição do ar custam anualmente ao governo cerca de 3% do PIB, que em 2003 ficou em 1,4 trilhão de dólares. Em busca de uma solução, a China anunciou esta semana a criação do PIB Verde. Esse cálculo vai incluir a quantidade de recursos naturais usados na atividade econômica, o seu valor ecológico e os prejuízos ou benefícios causados ao meio ambiente. Uma medição difícil de fazer. Inicialmente, o PIB Verde vai ser implantado como um projeto-piloto em seis regiões administrativas do país. Entre elas as mais poluídas, como Xangai e Pequim. Uma vez aperfeiçoado, o novo cálculo vai ser adotado em todo país. A meta do governo é alcançar esse resultado antes de 2010.

Por Lorenzo Aldé
10 de setembro de 2004

Melhorando a convivência entre as espécies

Um dos maiores problemas de convivência no ambiente urbano é o relacionamento entre a polícia e os jovens, principalmente os negros nas favelas. Há preconceito e estereótipo de parte a parte. Prato feito para intolerância e violência. O Grupo Cultural AfroReggae e a Polícia Militar de Minas Gerais fizeram uma parceria em Belo Horizonte para despoluir a convivência entre jovens e polícia. O Projeto Juventude e Polícia junta as duas partes em palestras, apresentações musicais e oficinas culturais de percussão, vídeo, circo e teatro. No próximo dia 13 de setembro, o 34° Batalhão da PM em Belo Horizonte será palco de um show com as bandas Tambolelê e AfroReggae, e participação especial de Toni Garrido e o grupo Cidade Negra.

Por Lorenzo Aldé
10 de setembro de 2004

O primo da Frances

O Frances sacudiu a Flórida, mas seu primo Ivan foi quem fez os piores estragos. O furacão, que varreu as ilhas do sul do Caribe, em pelo menos uma delas, Granada, deixou um rastro de destruição inimaginável. Noventa por cento das casas construídas na ilha, que tem 100 mil habitantes, foram achatadas pelos ventos do Ivan, conta o Guardian (gratuito). Nem a moradia do primeiro-ministro da ilha escapou.

Por Manoel Francisco Brito
9 de setembro de 2004

Sucesso incerto

O Valor (só para assinantes) deu uma página em sua edição de 9 de setembro sobre a indústria de madeiras no Brasil. A reportagem diz que as exportações continuam crescendo e que o Paraná é o grande pólo produtor do país. O estado, que teve suas florestas devastadas no passado, deve sua posição à presença de florestas florestas plantadas pelo homem, todas elas ambientalmente corretas e cujos troncos têm certificação de que não foram obtidas ilegalmente. O problema é que seus donos não levaram em consideração o crescimento da demanda e isso pode causar problemas no futuro. Sem madeira para retirar das florestas ‘artificiais’, há sempre o risco das madeireiras irem buscá-las nas florestas nativas do país que ainda estão de pé.

Por Manoel Francisco Brito
9 de setembro de 2004

Sufoco

Até agora, sabia-se que a poluição do ar agravava doenças respiratórias. Mas um estudo científico cujos resultados estarão na próxima edição do The New England Journal of Medicine mostra que a situação é mais grave. Segundo o The Los Angeles Times (gratuito, pede cadastro), ele comprova que a qualidade do ar pode ter influência direta sobre o desenvolvimento do pulmão de crianças. Médicos na Califórnia acompanharam 1,759 delas desde os 6 anos de idade até o fim da adolescência. Constataram que poucas foram as que não adquiriram problemas pulmonares com os quais terão que conviver pelo resto de suas vidas. O pior deles é a sensível redução na capacidade de respiração dos pulmões de boa parte dos jovens que participaram do estudo .3 minutos de leitura.

Por Carolina Elia
9 de setembro de 2004

Tradição ameaçada de extinção

Na semana que vem, caçar raposas no Reino Unido pode se tornar um crime. Uma lei para proibir o esporte preferido da aristocracia do país vai ser debatida e votada quarta-feira no parlamento. Se a maioria votar a favor, o que estará ameaçado de extinção será uma das maiores tradições da cultura britânica. A própria polícia acredita que terá muito trabalho em manter os caçadores longe dos bosques. Em uma matéria do The Guardian (gratuito, pede cadastro), há diferentes opiniões sobre a lei.

Por Carolina Elia
9 de setembro de 2004