Praga ambiental

Estudo feito por pesquisadores da Florida State University mostra que, pelo menos nos Estados Unidos, pescadores de fim de semana tornaram-se uma ameaça ambiental. Diz o The New York Times (gratuito, pede cadastro), com base na pesquisa, que 5% de todos os peixes trazidos a solo americano nos últimos 20 anos foram pesacados por gente que não vive dessa atividade. No mesmo período, eles foram responsáveis pela morte de 23% de espécies sob risco de extinção. Os pesquisadores dizem ainda que a regulamentação da pesca recreativa, limitando o número de peixes que podem ser retirados da água, fez muito pouco para resolver o problema. Os peixes que são soltos de anzóis voltam ao fundo do mar, rios ou lagos em estado de choque e viram presa fácil para seus inimigos naturais. Leitura de 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
27 de agosto de 2004

O próximo doping

O The Los Angeles Times (área gratuita) foi fazer reportagem sobre o futuro do doping esportivo. Hoje, quem combate o uso de drogas ilegais que aumentam a performance esportiva, muito em breve estará tendo que lutar contra o doping genético – alterações através da manipulação de DNA nos corpos dos atletas.

Por Manoel Francisco Brito
27 de agosto de 2004

Nem tanto ao mar…

Relatório preparado por gente do governo de George Bush, que habitualmente proclamava falta de evidência científica sobre o aquecimento do planeta, diz que o aumento da temperatura nos Estados Unidos é real, deve-se em parte a atividades humanas e está afetando o desenvolvimento das plantas e dos animais. Segundo ambientalistas ouvidos pelo The Washington Post (gratuito, pede cadastro), trata-se de uma mudança de posição em relação ao efeito estufa. A turma de Bush jura que não. Leitura de 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
27 de agosto de 2004

Consulta Pública

O Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) abriu consulta pública sobre sua resolução que regulará os usos de subamostras genéticas no Brasil. A minuta do texto está no site do Ministério do Meio Ambiente. O período de consulta acaba no dia 17 de outubro e as sugestões enviadas, depois de compiladas, serão debatidas dentro do próprio Conselho.

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004

Grito pelo cerrado

Nos dias 9 e 10 de setembro, entidades ambientalistas promoverão manifestações em Brasília para protestar contra a devastação do cerrado brasileiro e pedir políticas para sua preservação e conservação. Participarão também de mesa redonda no Congresso sobre Proposta de Emenda Constitucional para incluir o cerrado na lista de ecossistemas considerados patrimônios nacionais. Ela tramita desde 1995 e está parada no Senado. Entre as savanas do planeta, o cerrado é a mais rica, responsável por 5% da diversidade global. Mais da metade da área que ele ocupava no Brasil já foi destruída.

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004

Na Justiça

A manifestação contra a presença da Petrobrás no Parque Nacional do Yasuni, no Equador, marcada para a última quarta-feira, dia da chegada de Lula à Quito, acabou não acontecendo. Mas os ambientalistas equatorianos não deixaram a passagem do presidente brasileiro pelo país em branco. Entraram na Justiça com um pedido para suspender a concessão da licença ambiental definitiva para a Petrobras iniciar sua exploração no Parque. A ação quer também que a Justiça obrigue o governo equatoriano a submeter todas as operações de extração de petróleo na região do Yasuni a uma auditoria ambiental independente.

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004

Passe-livre para os felinos

Reservas ambientais não são mais suficientes para impedir a extinção de grandes espécies, principalmente quando se trata de predadores. A população de leões na África, por exemplo, diminuiu drasticamente na última década porque os animais estão encurralados: ou eles sobrevivem dentro dos limites de parques nacionais – o que vai contra a natureza da espécie – ou se arriscam em campos vigiados por fazendeiros armados. Para tentar encontrar uma solução que satisfaça tanto os homens quanto os bichos, grupos de conservação em diferentes países estão criando corredores de mata que ligam reservas ambientais. Essa iniciativa, que já foi adotada no Brasil há alguns anos, agora está sendo aplicada na África e na Índia. Os fazendeiros são incentivados a ganhar dinheiro com turismo ao permitir que grandes felinos cruzem suas propriedades. Os visitantes selvagens geram mais lucros do que prejuízos. A revista americana Time, edição de 23 de agosto, traz matéria de capa sobre o tema. O acesso à versão online é pago.

Por Lorenzo Aldé
25 de agosto de 2004

Carga da pesada

A Polícia Federal apreendeu no Amapá carga com 600 quilos de urânio e tório em julho passado. Foi avaliada em R$ 1,4 milhão. A polícia já sabe quem é o dono da carga, cujo destino era São Paulo, de onde provavelmente seguiria para o exterior. Será indiciado por crime ambiental e crime de usurpação de material pertencente à União. Em estado bruto, o urânio não representa perigo ambiental iminente. Para ficar radiotativo, precisaria passsar por processo industrial de enriquecimento. Lê-se o texto em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
24 de agosto de 2004

Inseticidas proibidos

O governo proibiu a produção e comercialização de inseticidas domésticos baseados no clorpirifós, diz a Folha de S. Paulo (só para assinantes). São acusados de causar danos ao sistema neurológico de seres humanos. Entre os 63 produtos há uma penca de marcas famosas na luta contra as baratas, como Baygon, Raid e SBP. O meio ambiente, e as baratas, agradecem. A leitura é rápida.

Por Manoel Francisco Brito
24 de agosto de 2004

Aliança partida

O governo inglês, habitual aliado de Washington em política externa, vai seguir seu próprio caminho em relação ao meio ambiente. O ministro do Meio Ambiente do atual gabinete de Tony Blair, Lord Whitty,  revelou ao Guardian (gratuito) que em setembro, quando o primeiro-ministro fará um aguardadíssimo discurso sobre mudanças no clima, seu governo vai se distanciar de vez de George Bush. Pretende inclusive criticar a hostilidade americana ao tratado de Kyoto. Blair tem um incentivo forte para fazer a mudança de rumo. Pesquisas indicam que o meio ambiente é um dos seus calcanhares de Aquiles nas eleições que acontecerão no início do ano que vem. Alguns analistas dizem que ela o deixa até mais frágil do que a desatrada invasão do Iraque. A leitura demora uns 5 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
24 de agosto de 2004