Bem tarde, quase nunca

Adivinhem o que está protocolado desde o início de setembro na Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará, em Belém? O estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto ambiental (Rima) do porto graneleiro da Cargill, em Santarém. Parte do documento, o EIA, está disponível para consulta nas bibliotecas públicas de Belterra e de Santarém, além da Associação Comercial e Empresarial de Santarém. Quase em frente ao escritório do Ibama naquela cidade paraense, o porto foi construído sem licença ambiental. Chegou a ser fechado por ordem do Ministério Público Federal. Depois, foi reaberto, como determinou um desembargador de Brasília. As ações judiciais contra a obra começaram em 1999. Só agora a multinacional revolve cumprir a Constituição e outras leis brasileiras.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Chamem os holofotes

Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, continua firme na sua candidatura à celebridade. Sua assessoria divulgou para a imprensa onde ele cravará seu voto nas eleições municipais. Será no Rio, na sede de tradicional clube de futebol.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Pressão externa

O IFC, braço do Banco Mundial que financia empresas privadas, está pressionando o grupo Bertin a não comprar carne de forncedores com passivo ambiental para processá-la em seu frigorífico no Pará. O Bertin pediu um prazo até meados do ano que vem para adotar a medida.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Correndo contra o tempo

Segundo cálculos da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) do Pará, o Bertin terá que cortar um dobrado para cumprir esse prazo. Hoje, estima-se, cerca de 90% de seus fornecedores têm pesados passivos ambientais em suas terras.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Teria sido melhor prevenir do que remediar

O IFC deveria ter se preocupado com esse assunto antes de ter dado financiamento ao grupo Bertin para expandir suas operações na Amazônia. Como se sabe, frigorífico na região atrai pecuarista e provoca ocupação ilegal de terra e desmatamento.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Correndo atrás do prejuízo

A TNC iniciou em Marabá, como fêz em Lucas do Rio Verde (MT) e Santarém (PA), programa de regularização do passivo ambiental de produtores rurais.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Grau de ilegalidade

Outra estimativa da SEMA paraense: as guzeiras da região de Carajás continuam operando com 30% de carvão obtido de desmatamentos ilegais. É ruim, mas antes, era péssimo. Até 2006, quando os governos estadual e federal começaram a reprimir o uso de carvão de mata nativa na região de Carajás, o índice de ilegalidade ultrapassava 70%.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Sinal de ilegalidade

Sinal de que o carvão ilegal continua sendo distribuído no Pará éa densidade de fornos em certos municípios. Em Tailândia, por exemplo, onde uma ação do governo fechou madeireiras e destruiu 1 mil e 100 fornos, todos foram reconstruídos e voltaram a operar.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Sardinha, mais uma vez em colapso

Vítima da falta de gestão e da selvageria, a sardinha está sumindo de novo do litoral brasileiro, ameaçando homens e ambientes marinhos. Burocracia ainda debate a decretação de moratória.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Declínio amplo, geral e irrestrito

Pode ser que a moratória não saia. Coisas da política. Mas os técnicos não têm dúvida que ela é necessária. O estoque de sardinha entrou pela primeira vez em colapso na década de 80. Uma moratória ajudou a elevar a produção, em 1997, para 117 mil toneladas. Três anos depois, com as medidas de gestão da pesca praticamente abandonadas, ela despencou para 17 mil toneladas, patamar onde estima-se está até hoje.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Visão da sardinha

E imaginar que Altemir Gregolim, o secretário da pesca federal, vive dizendo que no Brasil pesca-se pouco. A sardinha discorda. Da sua perspectiva pelo menos, a pesca aqui é selvagem.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

SP divulga espécies ameaçadas

A nova lista de espécies ameaçadas de São Paulo foi divulgada esta semana, depois de dez anos sem atualizações. Pelo documento, o estado possui 436 vertebrados em algum grau de vulnerabilidade, o que corresponde a 17% das espécies conhecidas por lá. O mico-leão-preto, que na lista anterior era classificado como “Criticamente ameaçado” e passou para “em perigo”, foi eleito o símbolo da nova relação. Outras espécies famosas também estão presentes, como a onça-pintada, o papagaio-de-cara-roxa e a tartaruga-verde, também chamada de tartaruga-marinha. Além da relação de ameaçadas, a lista também traz 161 espécies com dados insuficientes para classificação, entre elas o beija-flor-vermelho, cachorro-vinagre e baleia-jubarte. As informações devem fazer parte de um livro, com lançamento previsto para início de 2009. Para acessar a lista, clique aqui.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008