Salada Verde

Invasão no plano de manejo

Entre os dias três e cinco de outubro, uma operação conjunta do Serviço Florestal Brasileiro, Ibama, Policia Federal e Força Nacional vistoriou planos de manejo e áreas com florestas em degradação na região de Altamira, no Pará. O foco foi a área de atuação da empresa Precious Woods Belém Ltda, que tem denunciado problemas de invasão em seus locais de manejo autorizados. As equipes presenciaram derrubadas ilegais e apreenderam uma balsa com 1.200 metros cúbicos de madeira. →

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9 de outubro de 2008

Queda acentuada em MT

O Instituto Centro de Vida (ICV) soltou os números de seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para Mato Grosso no mês de agosto. Os resultados foram extremamente baixos para o período, considerado ápice do desmatamento na região. No estado, o sistema registrou apenas 6,14 quilômetros quadrados de área desmatada, ou 81% a menos do que o mês anterior. Se comparado a agosto de 2007, a queda foi de 98%. Cerca de 8% do estado estiveram cobertos por nuvens e tiveram as análises prejudicadas, por isso o instituto considera os resultados conservadores. Apesar da redução detectada, o índice de ilegalidade do desmatamento continua nas alturas, na casa dos 92%. Os números rasteiros instigaram os próprios pesquisadores, que querem esperar os números de setembro para estudar as explicações para este inesperado desempenho registrado em Mato Grosso. →

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8 de outubro de 2008

12 mil focos de queimadas é pouco

Na avaliação das queimadas, a queda também foi acentuada. Os focos de calor entre janeiro e setembro somaram 12.056, o que representa uma diminuição de 84% em relação ao mesmo período de 2007, de acordo com o ICV. Eles são considerados os menores em cinco anos. Cerca de 63% dos focos ocorreram em fazendas, 15% em terras indígenas, 10% em assentamentos, 10% em áreas urbanas e 3% em unidades de conservação. →

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8 de outubro de 2008

Expulsão anunciada

O blogueiro Altino Machado postou hoje a notícia baseada em entrevista com o gestor da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, que perdeu floresta e em vez de produção sustentável, conta com 10 mil cabeças de gado. Segundo Sebastião Santos da Silva, o governo federal começou um levantamento para identificar situações ilegais na unidade de conservação e quem não estiver de acordo com a lei será expulso da área até março do ano que vem, sem direito a indenização. Em 2006, O Eco visitou a primeira reserva extrativista do país e mostrou o que leva seus moradores a optarem pela conversão de floresta em pasto, igualzinho a quem vive no entorno. →

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8 de outubro de 2008

Diálogo florestal

Nesta quarta, no Congresso Mundial de Conservação, promovido pela IUCN em Barcelona, um grupo formado por 250 representantes de vários setores lançou uma série de propostas para o manejo de florestas. O grupo, conhecido como Diálogo Florestal, que é coordenado pela Universidade de Yale (EUA) e conta com a participação de empresas, governos e comunidades indígenas, apresentou um documento de consenso em que o manejo de florestas nativas e o reflorestamento são sugeridos como instrumento chave no combateao aquecimento global. As propostas serão entregues à presidência da Convenção da ONU para Mudanças Climáticas em reunião amanhã em Paris. Mais informações no site. →

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8 de outubro de 2008

Plantios em alta

E o Brasil segue firme e forte na sua "vocação" agrícola. Conforme o Ministério da Agricultura, a área plantada pode crescer até 2,7% na safra 2008/2009, chegando a 48,6 milhões de hectares. De carona, a produção pode chegar ao novo recorde de 145 milhões de toneladas. As lavouras de soja, grão que o país exporta a vários pontos do globo, podem crescer até 3,2%, ocupando 22 milhões de hectares. Sobre uso de pastagens degradadas, nenhuma palavra. →

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8 de outubro de 2008

Tudo na mão dos estados

Parlamentares e entidades do lobby agropecuário defendem que os estados possam definir porcentual e localização de reservas legais, hoje fixadas pelo governo federal. Na Amazônia reserva é de 80% (se pode desmatar 20 em cada cem hectares, por exemplo), entre essa região e o Cerrado são 35%, já nesse bioma e nos restante do país a taxa é de 20%. A polêmica sugestão vai percorrer os ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. As informações são da consultoria e-Labore. Se o desmatamento está batendo no teto, imagine se a proposta for aprovada. →

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8 de outubro de 2008

Vozes desconhecidas da Amazônia

O Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) lança hoje, em Manaus (AM), quatro CDs com cantos de pássaros da grande floresta. A coletânea é a primeira da série Vozes da Amazônia Brasileira, organizada pelos pesquisadores Luciano Nicolás Naka, Philip Stouffer, Curtis Marantz, Andrew Whittaker, Richard Bierregaard e Mario Cohn-Haft. Todos são ligados ao Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais. Entre os artistas naturais, espécies como uirapuru, curió, mutum, jacu, jacamim, bacuraus, corujas, gaviões e centenas de aves que pouca gente conhece. Mais informações aqui. →

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8 de outubro de 2008

Jararaca da ilha em perigo

Pesquisadores do Instituto Butantan e da USP alertam: a jararaca-ilhôa (Bothrops insularis), que só vive na Ilha Queimada Grande, no litoral de Itanhaém, está em grande perigo. Os cientistas publicaram estudo na última edição da revista South American Journal of Herpetology onde revelam população caiu pela metade na última década. Eles acompanham a situação da espécie desde 1995. A cobra está na última lista de espécies ameaçadas de São Paulo. A ilha tem acesso restrito, mas conforme nota do Butantan, pessoas vem usando o nome da instituição para desembarcar no local, coletar cobras e vendê-las, inclusive pela Internet. Pesquisadores costumam ser abordados por contrabandistas em busca de animais. →

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8 de outubro de 2008

Países discutem poluição eletromagnética

Entre 14 e 18 de outubro acontece na cidade do Rio de Janeiro o 6º Workshop Internacional sobre Radiações Não-Ionizantes. O nome complicado esconde algo presente no dia-a-dia da maioria dos brasileiros, mesmo que invisível: a poluição emitida por antenas e telefones celulares, por estações transmissoras de TV e de rádio e até por redes distribuidoras de energia elétrica. No Brasil, algumas cidades têm definido legislações para afastar torres de telefonia de áreas residenciais e/ou escolas. Em nível nacional, no entanto, não há regulação. Participam do debate pesquisadores de vários países. Mais informações aqui. →

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8 de outubro de 2008