Assunto cabeça

Craig Venter, biólogo que virou bilionário com patentes de biotecnolgia e fez parte do grupo que mapeou o genoma humano voltou a falar em julho sobre seu plano para curar o mundo de seu vício no petróleo. Em palestra de quase duas horas, que pode ser vista na Fora TV , Venter  propôs, como remédio, biocombustíveis produzidos a partir da biomassa de micróbios. Quem não tem tempo ou interêsse para ver um dos maiores gênios científicos da atualidade falando por exatos 114 minutos, pode assistir ao vídeo sobre o mesmo assunto postado em fevereiro no YouTube. Tem apenas 8 minutos.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Ministro diz que não quer quilombo na Marambaia

Nota hoje em O Globo diz que Nelson Jobim não quer conversa com a turma que se diz quilombola e reivindica o filé mignon da Ilha da Marambaia, uma das áreas mais preservadas da costa do Rio e que é ocupada ha mais de um século pela Marinha. Jobim é o primeiro ministro da defesa a rosnar contra uma reivindicação que nunca teve qualquer base na realidade.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Escambo de advogados

Na lista de exonerações promovidas pelo ministro Carlos Minc, o próximo nome é o do consultor jurídico do Ministério do Meio Ambiente, Luiz Fernando Villares e Silva. Para seu posto, vem Guilherme Estrada Rodrigues, da Advocacia Geral da União. Ele já atuou no INSS e no Ibama/MG.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Mais buracos no país

O governo promete retomar a exploração de jazidas nacionais de potássio e de fosfato até o fim do ano, tudo para reduzir a dependência externa de insumos básicos de fertilizantes agrícolas, hoje girando em torno de 80% (potássio) e 60% (fosfato). Isso eleva os custos de produção agrícola. Culpa dos próprios governantes que entregaram de bandeja as indústrias nacionais. A Fosfértil, maior fabricante de matérias-primas para adubos no País, é hoje dominada por Bunge, Mosaic e Yara. Mas empresas brasileiras já exploram esses insumos em países como Peru e Chile. Por aqui, a Região Nordeste deve ser alvo de muita mineração nos próximos anos.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Quero explicações

E a presidente da Fundação de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam/RS) Ana Pellini segue em maus lençóis. Além de ter sido acusada por várias entidades civis por improbidade administrativa, o juiz Eugênio Couto Terra, da 1ª Vara da Fazenda Pública gaúcha, acolheu a denúncia e deu 15 dias para a gestora apresentar explicações. Ambientalistas afirmam que ela vem pressionando servidores públicos para facilitar a concessão de licenças para a plantação de eucaliptos e pinus naquele estado.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Barbaridade, tche!

Essa é para quem acreditava que escravidão só era coisa ainda vista na Amazônia. Quatro escravos foram libertados nos últimos dias por agentes do governo federal em uma plantação de eucaliptos próxima à BR-158, na divisa das cidades de Cacequi e Rosário do Sul, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. O fazendeiro Ricardo Peralta Pelegrine já havia sido flagrado, em novembro de 2007, por manter outros 39 trabalhadores em situação degradante. Em ambos os casos, a madeira era transformada em blocos de sustentação para trilhos, comprados pela multinacional América Latina-Logística. A empresa tem no currículo uma série de acidentes com derramamento de produtos químicos no sul do País.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Retirando do lixo

A laminação de toras na Amazônia tem eficiência média de apenas 42%. Traduzindo: mais da metade das árvores abatidas da floresta vira serragem e outros resíduos. Quase sempre tudo acaba queimado, contribuindo ainda mais para o peso brasileiro no aquecimento planetário. O problema é antigo, mas só agora o governo contratou estudos para saber quanto sobra da produção madeireira regional e para avaliar o que pode ser feito com toda a biomassa de galhos, cascas e serragem. Uma das possibilidades é a geração de eletricidade, principalmente em locais que queimam o sujão óleo diesel. Os estudos cobrirão Pará, Rondônia e Mato Grosso, e ainda Minas Gerais e São Paulo.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Barrados no baile

Outra denúncia das ONGs trata de comunidades que supostamente já viviam na região do canteiro de obras de Santo Antônio. Elas estariam sofrendo pressão do empresariado para deixarem suas casas, antes de 31 de agosto, em troca de R$ 1.000 por hectare. "Moradores estão sendo forçados a deixar suas terras para dar lugar aos possíveis futuros canteiros de obras, o que, sem a Licença de Instalação, caracteriza grave violação aos direitos básicos da pessoa humana: saúde, educação, moradia e alimentação. Sem perspectiva de vida, deparam-se com um futuro incerto, provocado pela remoção de seus territórios cinqüentenários”, disse Iremar Ferreira, diretor executivo do Instituto Madeira Vivo.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Licença de Sto Antônio tem falhas

Ao liberar obras no Madeira, Ibama recua em exigências que estavam na licença prévia, como a de uma Área de Preservação Permanente de 500 metros e mecanismo para transposição de peixes.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008

Obras de Santo Antônio liberadas

Seguindo no escambo de licenças por dinheiro para unidades de conservação, o ministro Carlos Minc anunciou ontem a licença para início das insuspeitas obras da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO). Para tanto, faltava apenas uma outorga da Agência Nacional de Águas. Agora, Odebrecht e Furnas já podem começar a esburacar a região. No entanto, terão que bancar manutenção e monitoramento do Parque Nacional de Mapinguari (AM) e da Reserva Biológica do Jaru (RO), além das reservas indígenas Karipuna e Karitiana (RO). As condicionantes chegam a cerca de 40, incluindo apenas R$ 30 milhões para saneamento em Porto Velho, monitoramento da sedimentação do rio e da qualidade da água e recuperação de outras áreas de preservação nos arredores da usina. Sobre o dinheiro da compensação ambiental, ainda nada de concreto.

Por Salada Verde
12 de agosto de 2008