Prefeitura apóia desmatamento
A prefeitura de Guaramirim, município localizado a 35km de Joinville, autorizou o corte de árvores centenárias em uma área de Mata Atlântica primária. O desmatamento está acontecendo dentro de uma propriedade particular, mas por lei não poderia. Segundo o físico Germano Woehl Jr.,que comanda a Ong Rã-Bugio para Conservação da Biodiversidade a prefeitura tem direito de emitir licenças para a exploração de terras de vegetação rasteira, mas não de mata nativa. Normalmente esse direito é concedido a agricultores, mas neste caso as árvores estão sendo derrubadas para alimentarem uma madeireira local. Os moradores afirmam que uma estrada foi aberta em plena mata com uso de trator-de-esteira, causando dano à floresta. Sexta-feira, dia 5, moradores denunciaram o desmatamento à Polícia Ambiental de Joinville, mas o proprietário impediu qualquer ação ao mostrar a autorização da prefeitura para o abate. O caso foi denunciado então para o Ministério Público Federal. →
Maria Tereza Pádua
De Niéde Guidon Presidente da Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM)Senhores,Como não tenho o e-mail dela por favor passem a ela meus parabéns pelo excelente artigo! E digam também que aqui a situação é catastrófica, com invasões na periferia do Parque, o corredor ecológico que deveria ser criado entre Serra da Capivara e Serra das Confusões invadido, desmatamentos, a zona de maior biodiversidade do Nordeste sendo invadida!Desta vez vão acabar com tudo! →
Um forasteiro bem brasileiro
Há 100 anos no Brasil, o eucalipto já foi acusado de ameaçar a biodiversidade e secar o solo. Hoje é visto como solução para proteger as florestas nativas. →
RPPNs
De Beto MesquitaInstituto BioAtlânticaPrezado Marcos,Foi um prazer ouvi-lo durante o jantar que reuniu trainees e tutores em meio ambiente, técnicos da Fundação O Boticário e alguns líderes Avina, como você, na semana passada, em Curitiba. Sentado na mesa dos "tutores" e entretido com a rica troca de experiências interpessoais e interinstitucionais que marcou este quase um ano de programa, acabei não tomando a iniciativa de apresentar-me, embora este não tenha sido nosso primeiro contato.O primeiro creio que foi em 1996 ou 97, quando eu vivia em Olivença, próximo a Ilhéus, e trabalhava para o Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia (IESB), e você labutava na redação da Veja. Havia acabado de ler o A Ferro e Fogo e foi um prazer colaborar - em duas conversas ao telefone - com um jornalista que havia se inspirado neste livro para elaborar uma reportagem sobre a destruição da Mata Atlântica daquele pedaço especial do planeta, de onde saí no ano passado em busca de outros desafios, mas pelo qual continuo dedicando boa parte de minha "carga horária" de trabalho.Bom, mas não te escrevo na intenção de lembrar de algo que se passou há tantos anos. O assunto é outro, e bem mais atual! Li sua coluna n' O Eco sobre o IV CBUC, focada no grande número de estudantes presentes neste evento, e achei que deveria lhe contar sobre um outro grupo muito especial, que também se fez presente neste congresso. Falo das proprietárias e proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural - ou "simplesmente" RPPN - que, embora não fossem numerosos neste evento, foram contados em mais de uma centena durante o II Congresso Brasileiro de RPPN, realizado às vésperas do CBUC (14 a 16 de outubro), na mesma cidade de Curitiba.Infelizmente não sou um deles, posto que o único terreno que possuo além de minúsculo há muito está coberto por uma gramínea exótica, adornado com apenas dois coqueiros, e portanto não se prestaria para uma unidade de conservação, como o são as RPPN. Mas tenho convivido diariamente com estes cidadãos que dedicam, de maneira voluntária e quase sem nenhum apoio ou benefício, parte do seu patrimônio para a proteção da biodiversidade brasileira. Convivo com eles desde 1996, quando achei que já havia cumprido meu papel colhendo dados e informações sobre as madeireiras que ainda atuavam no sul da Bahia, para denunciá-las (hoje, finalmente, estão praticamente todas fechadas), e buscava então algo de inovador e motivador para promover a conservação dos recursos naturais. Já conhecia o que motivava o homem a desmatar, e os mecanismos e artimanhas para isso. Precisava então encontrar a motivação para a proteção. Foi então que comecei e tomar contato com as RPPN. Você sabia que existem hoje 664 RPPN, espalhadas por todos os biomas e estados brasileiros, protegendo juntas mais de 525 mil hectares?!? "Isso é muito pouco, não faz nenhuma diferença para a conservação, são áreas muito pequenas", já ouvi de alguns especialistas no assunto, alguns até amigos nossos... É, pode ser pouco mesmo, mas continuo achando que estes espaços, e as pessoas que estão por trás deles, e as histórias que estão por trás destas pessoas, constituem maravilhosos exemplos de cidadania e responsabilidade ambiental, que merecem, no mínimo, serem contados e mostrados como exemplos a serem seguidos. Na cerimônia de encerramento do IV CBUC a diretora de ecossistemas do IBAMA disse que sentiu falta, durante o congresso, dos relatos e das experiências dos "parqueiros" brasileiros, dos profissionais que ficam lá na ponta, enfrentando os problemas e os desafios da proteção do patrimônio natural brasileiro. Felizmente, e como membro da comissão organizadora digo com muito orgulho, isso foi o que não faltou no II Congresso Brasileiro de RPPN, uma vez que o ponto alto, as sessões mais concorridas nos três dias de congresso, foram as apresentações sobre 30 RPPN, feitas por seus próprios donos. Alguns deles nos brindaram com verdadeiras lições de persistência, de cidadania, de senso de missão, de pragmatismo e de sabedoria na busca, muitas vezes solitária, de soluções para seus problemas e suas dificuldades na luta do dia-a-dia protegendo a natureza. São pessoas de todas as idades, de todas as formações, de várias classes sociais. São também empresas, organizações ambientalistas, igrejas... Todos voluntária e solidariamente empenhados na proteção do patrimônio natural.Fica então a sugestão, de uma matéria/reportagem sobre as RPPN e as pessoas que as criaram, administram e protegem. Há doze associações estaduais/regionais de proprietários de RPPN e uma Confederação Nacional, que integra as doze associações. O II Congresso Brasileiro de RPPN foi um marco para o movimento, que tem se organizado e alavancado importantes parcerias e resultados. Se houver interesse, posso repassar algo de literatura e dados sobre o tema, pois tenho bastante coisa (acabaram de ser lançadas 4 publicações sobre o assunto), bem como contatos de proprietários e dirigentes de associações.Acho que o tema vale a pena! Ah, e antes que me esqueça, parabéns pel' O Eco!!Um abraço, →
Exploração do mar pode ser responsável
Das fazendas marinhas aos obstáculos artificiais para redes de pesca, há bons recursos para a exploração do mar que o Brasil, quando usa, usa errado →
Os últimos naturalistas
A pintura da família Demonte resiste ao tempo e às novas tecnologias. Há quase 50 anos, eles aliam ciência e arte para registrar a fauna e a flora brasileiras. →
A volta do Brasil Grande
Em Curitiba, holandês propõe sistema mundial de unidades de conservação para enfrentar as extinções que se aproximam. O Brasil é a Arca de Noé do aquecimento global. →
Abaixo os pesticidas
Fazendas orgânicas aumentam a biodiversidade, de bactérias a mamíferos. Essa é a conclusão de pesquisadores independentes que examinaram dezenas de estudos sobre o assunto feitos na Europa, Canadá, Estados Unidos e Nova Zelândia. Eles especulam que mesmo a adoção parcial de práticas orgânicas pode gerar grandes benefícios para os ecossistemas em torno delas. Nos casos ingleses, as práticas orgânicas beneficiaram particularmente os pássaros, muito afetados pelos pesticidas e métodos de agricultura modernos. Mas espécies como besouros, morcegos e minhocas também ganharam. New Scientist (gratuito). →
Problemas em série
A BBC Online (gratuito) produziu uma série de matérias sobre os maiores problemas ambientais que a humanidade enfrenta . Os bichos-papões mais cotados foram: escassez de comida, de água, de energia , mudanças climáticas, poluição e o extermínio da biodiversidade. A primeira reportagem é sobre como o crescimento populacional da espécie humana tomou o espaço das demais e provocou o que está sendo chamado de a sexta grande onda de extinção. →
O jardim da subversão
Ambientalista forjado na luta pela preservação das baleias francas estréia coluna de jardinagem argumentando que plantar pode e deve ser um ato subversivo →
Parabéns
De: Maricéia Barbosa Silva Caro Editor,Sou Engenheira Florestal, trabalho com recuperação de áreas degradadas em Minas Gerais. Venho acompanhando as publicações no site e os artigos da Dra. Maria Tereza vêm me despertando atenção, no entanto ao ler o artigo sobre as ações desenfreadas na busca do desenvolvimento, muitas vezes intitulado "desenvolvimento sustentável", me senti carregando a bandeira! Não sou contrária ao desenvolvimento do país, contanto que o governo atual assuma a postura de guardião da maior área de floresta tropical do planeta e inicie o desenvolvimento sim, direcionado à: criação de unidades de conservação, de uso indireto, municipais, estaduais e federais, incentivo a exploração do turismo ecologico, programas especiais para pequenos produtores, criação unidades de conservação de uso direto, desenvolvimento científico para o aumento da produtividade (maior produtividade menor área) dentre outras, pois a biodiversidade agrega valor econômico e valor social ao país.A medida que o governo iniciar uma "luta" conservacionista ajudando o Brasil a continuar com o título do país com maior diversidade biológica do planeta, aí sim, estaremos a caminho do "desenvolvimento sustentável".Obrigada a todos os colunistas do site, e espero que através do O Eco mais pessoas despertem para a realidade do país. →
Biopirataria
Prisão de alemão que tentava levar ovos de aranha caranguejeira revela inexistência de leis brasileiras contra a biopirataria. Ele foi solto sem processo ou multa e ainda pode voltar ao Brasil quando quiser. →
Estupidez no fundo do mar
A modernização da indústria pesqueira tem efeitos desastrosos para a biodiversidade marinha. Em 50 anos a população de peixes nos oceanos diminuiu 90% →
Gênio do mar
Albert Einstein era, além de gênio, bom poeta e um inveterado viajante de navio. Juntou todas essas qualidades para produzir um belo poema em homenagem ao mar →
Garimpo em área preservada
Garimpos e áreas desmatadas foram descobertos por uma equipe de pesquisadores dentro do Parque Nacional da Amazônia e das Florestas Nacionais de Itaituba I e II, que juntas formam um corredor de biodiversidade de 1,5 milhão de hectares. O grupo fazia um sobrevôo sobre a área e conseguiu identificar várias clareiras e garimpos em funcionamento. Alguns até com pistas de pouso. As duas Florestas estão muito perto de rodovias como a BR-163, Santarém Cuiabá e a Transamazônica. Essas estradas facilitam a extração e o escoamento dos recursos retirados ilegalmente das florestas. →
