“Fotografo desde 1975, quando não havia muitos cursos de fotografia”, conta a jornalista Lena Trindade. Ela fez o aprendizado básico – “de preto e branco” – no Senac e bem mais tarde – “quando já sabia que a Natureza era o que mais me interessava” – um curso com Claus Meyer, o “querido e saudoso” alemão que trocou um diploma de economia pela vaga na agência Black Star de Nova York e, ao se mudar para o Rio de Janeiro no final dos anos 60, abriu caminho para quase todos os fotógrafos que, nas últimas décadas, saíram em busca de imagens do que resta de original e intacto na fauna e na flora do território brasileiro.
Mas, continua Lena Trindade, “o que aprendi foi gastando muito filme. Meus temas sempre foram os tipos brasileiros (índios, seringueiros, artesãos, artistas do povo), a cultura popular e a Natureza”. Em 2002, ela expôs no Espaço BNDES, no centro do Rio de Janeiro, uma amostra desse trabalho. Era a coleção chamada “Meninas Geraes”, com 150 imagens de artesãs produzindo à mão peças de cestaria, bordados e crochês no interior de Minas Gerais, principalmente no Vale do Jequitinhonha.
Com 30 anos de carreirra, premios internacionais e currículo atestado pelos arquivos das maiores publicações brasileiras, Lena Trindade gosta mesmo é de viajar, “desde a longinqua Amazônia até a vizinha Ilha Grande, aqui mesmo no Rio de Janeiro”. E sobretudo do que ainda tem para conhecer e fazer daqui para a frente. “A fotografia me leva a pessoas, lugares e temas sempre novos e apaixonantes”, diz ela, que mostra aqui o Jalapão, Tocantins.
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