23 de outubro de 2022

Intocados pela ciência, alegando aquecerem economias e serem necessários para controlar espécies prejudiciais ao agronegócio, projetos no Congresso querem liberar caçadas por lazer de animais silvestres no país. A forte rejeição pública à prática pesou nas eleições deste ano e alguns candidatos pró-caçadas estão fora dos parlamentos federal e estaduais a partir de 2023. Mas, mesmo com alguns defensores da prática fora do Congresso, projetos para a liberação nacional da caça esportiva de animais silvestres seguirão vivos na próxima legislatura. No seu texto, Aldem Bourscheit avalia como o próximo governo pode frear ou aumentar as ameaças à fauna nativa.

O Brasil tenta há anos ingressar no grupo representado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, formado pelas 35 economias mais avançadas do mundo. Segundo informações reveladas pela Folha de S. Paulo, o governo Bolsonaro entregou à organização um extenso documento no qual busca melhorar a imagem internacional de sua administração ambiental. A maquiagem do descontrole ambiental e da corrupção não deu certo: o documento estava recheado de inverdades facilmente verificáveis. Débora Pinto mostra como a tática adotada pelo atual presidente de distorcer informações sobre o desmatamento na Amazônia e sua gestão ambiental não se limita à campanha política.

Gabriel Tussini nos conta como o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou o seu engajamento ambiental no Flow Podcast, do apresentador Igor 3K, nesta terça-feira (18). Em uma entrevista que bateu recordes de audiência nas redes sociais, o ex-presidente  candidato relembrou a morte do líder seringueiro Chico Mendes, em 1988, falou sobre as mudanças climáticas e afirmou que o Brasil tem 30 milhões de hectares de pastos abandonados que precisam ser recuperados. A postura de trazer o meio ambiente ao debate como um caminho de soluções para o Brasil acaba por refletir o plano de governo de sua candidatura.

Boa leitura.

Redação ((o))eco

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