Nos últimos dois anos, os Estados Unidos reduziram 9% de suas emissões de dióxido de carbono, segundo último levantamento do Departamento de Energia americano (DOE, na sigla em inglês). O resultado, apesar de em parte ser reflexo da desaceleração econômica mundial, animou especialistas no assunto, que acreditam ser esta a guinada americana em relação à sua eficiência energética. Lester R. Brown, presidente do Earth Policy Institute considerado um dos “gurus” do meio ambiente global da atualidade, é um desses otimistas. Em artigo publicado hoje (14) no site do instituto que comanda (em inglês), Brown defende que a redução das emissões de CO2 “pode ser mais fácil do que muita gente imagina”.
Mesmo ainda sem uma legislação federal, ele acredita que as políticas recentes aplicadas no país o estão colocando firmemente no caminho da energia limpa. Para validar sua tese, o pesquisador cita as 130 usinas geotérmicas que estão sendo desenvolvidas, os parques eólicos em construção, a renovação ou substituição de usinas a carvão e a redução de 2% na frota americana de automóveis, esperada para este ano. Adicionando tudo isso, Bronw acredita que uma meta de até 20% não seria assim tão difícil de alcançar. O problema é que nem 20% será suficiente para impedir os piores aspectos do aquecimento global.
Leia também

O Brasil e o mundo dão adeus a Sebastião Salgado, que viveu 81 anos de histórias e imagens
O fotógrafo dedicou grande parte da vida aos temas humanistas e ecológicos, incluindo a restauração de ambientes naturais →

Pela transição energética Norte-Sul pactuada na COP30
Uma tal prioridade técnico-econômica tanto levaria à substituição mais rápida das fontes energéticas predominantes, quanto ampliaria o leque das demais renováveis e superaria o impasse Norte-Sul →

A importância da rede de colaboração em prol da conservação dos manguezais no litoral norte do Paraná
Como organizações, comunidades e governo vêm integrando ações de monitoramento, pesquisa científica e restauração de manguezais, que impulsionam políticas públicas e a prática da economia restaurativa no litoral norte do Paraná →