Relatório divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) mostra que o número de pessoas vivendo em favelas no Brasil caiu de 31,5% da população para 26,4%, devido a diversas políticas socioambientais. No mundo, o relatório, intitulado “O estado das cidades do mundo 2010/2011” revela que 227 milhões de pessoas deixaram de viver em assentamentos precários na última década, porém, o numero absoluto de moradores em favelas ainda é alto: 827,6 milhões de pessoas. A África subsaariana é a região que concentra a maior população em moradias precárias. Lá, 61,7% dos habitantes moram neste tipo de habitação. A América Latina e Caribe aparecem cm 23,5% do total. Os dados positivos não são bons só para as pessoas, mas também ao meio ambiente. Na maioria das favelas não há tratamento de água e esgoto e os efluentes são jogados diretamente na natureza, contaminando solos e rios e provocando doenças.
O lançamento no Brasil do relatório da ONU acontece às vésperas do 5º Forum Urbano Mundial, que será realizado na cidade do Rio de Janeiro a partir da próxima segunda-feira. Durante os dias do evento, o Ecocidades fará cobertura especial sobre o assunto.
Leia também

Entrando no Clima #46 – Bioeconomia e clima, uma discussão necessária em ano de COP30
Salo Coslovsky, professor da Universidade de Nova York e pesquisador do projeto Amazônia 2030, explica como essas duas agendas se interligam →

Crise climática irá encolher o lar de anfíbios na América Latina
Estudo mostra que até 2050 quase metade das espécies de sapos e rãs deve perder áreas de habitat na região, algumas dela por completo, devido às mudanças do clima →

Desmatamento na Mata Atlântica reduziu, mas queda ainda é tímida, dizem especialistas
A área total desmatada caiu 14% em 2024, mas a perda das matas maduras teve redução de apenas 2%. Os dados são do SAD e do Atlas da Mata Atlântica →