Notícias

Asfalto permeável

São Paulo começa a estudar asfalto poroso para diminuir problema de enchentes. Limitações em suas características ainda impedem uso extensivo do material.

Redação ((o))eco ·
6 de abril de 2010 · 14 anos atrás

Já está em fase de testes pela Universidade de São Paulo (USP) um asfalto permeável que pode diminuir a ocorrência de enchentes na capital paulista. Desenvolvido pela USP em parceria com a prefeitura da capital paulista, o asfalto de concreto poroso permite que a água seja absorvida e fique armazenada em uma camada de 35 centímetros de pedra abaixo da superfície. A água, armazenada temporariamente no espaço vazio entre as pedras, vai aos poucos saindo por um sistema de drenagem. O pavimento está sendo testado em uma área de estacionamento de 1600 metros quadrados. Ele ficará sob observação durante todo este ano, período em que serão avaliados a capacidade de armazenamento, retenção, desgaste, quantidade de poluentes absorvidos, melhorias na manutenção e limpeza do material.

Apesar da boa notícia, o asfalto permeável ainda tem suas limitações. Por ser frágil, o material não suportaria tráfego pesado e repetitivo de veículos. Outro problema é que ele ainda não pode ser usado em regiões enlameadas, por perigo de entupimento dos poros. Por esses motivos, a idéia da prefeitura é usar o material em áreas de estacionamento, principalmente de supermercados e hipermercados, como método auxiliar de drenagem da água. Felizmente, o poder municipal admite que o pavimento permeável não é a solução para os problemas de alagamento em São Paulo. Segundo o engenheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Afonso Virgilis, as áreas críticas onde há enchentes costumeiras precisam de outras medidas para drenagem da água.

O custo do novo material é de 20% a 22% mais alto que o comum, mas feito em larga escala, segundo pesquisadores da USP, ele tende a ter seu preço reduzido até se igualar ao asfalto convencional. O pavimento permeável já é usado em diversos países do mundo, No Brasil, os estudos começaram a ser feitos no final de 2009 e a expectativa da universidade é de ter até o final deste ano uma parte da pesquisa concluída. Em 2011, os técnicos devem começar a estudar a capacidade de ampliar a carga suportada pelo asfalto.

Leia também

Notícias
25 de abril de 2024

Brasil registra o maior número de conflitos no campo desde 1985, diz CPT

Segundo os dados da Comissão Pastoral da Terra, país teve 2.203 conflitos em 2023, batendo recorde de 2020; 950 mil pessoas foram afetadas, com 31 assassinatos

Salada Verde
25 de abril de 2024

Acnur anuncia fundo para refugiados climáticos 

Agência da ONU destinará recursos do Fundo para proteger grupos de refugiados do clima. Objetivo é arrecadar US$ 100 milhões de dólares até o final de 2025

Salada Verde
25 de abril de 2024

Deputados mineiros voltam atrás e maioria mantém veto de Zema à expansão de Fechos

Por 40 votos a 21, parlamentares mantém veto do governador, que defende interesses da mineração contra expansão da Estação Ecológica de Fechos, na região metropolitana de BH

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Comentários 3

  1. Maria diz:

    Gostaria de saber mais spbre esta pesquisa. Para trabalho de Conclusão de Curso.


  2. gilson diz:

    Preciso saber se este tipo de pavimentação já esta sendo comercializada e onde posso fazer cotação e adquiri encartes com sua caracteristicas


    1. Diego diz:

      Não é comercializada para pavimentação de ruas… Somente algumas marcas possuem produtos para pequena escala como a Brascon e a Castelatto!