Notícias

Se beber, compartilhe um táxi para voltar para casa

Sistema de compartilhamento de táxis organiza caronas em festival de música. Em SP, Prefeitura anuncia meta de criar ônibus 24 horas

Redação ((o))eco ·
28 de março de 2013 · 11 anos atrás

 Ao mesmo tempo em que aumentam as punições para quem insiste em beber e dirigir no Brasil, começam a surgir nas principais capitais do país alternativas de transporte noturno. Em São Paulo, participantes do festival de música Lollapalooza terão nos próximos dias a chance de usar o Meleva.com, plataforma virtual que surgiu com o objetivo de facilitar o compartilhamento de táxis no Aeroporto Internacional de Guarulhos. É a segunda vez que o sistema funciona em eventos específicos. A primeira foi na Campus Party 2013.

Mesas de bar espalhadas em frente a um posto de gasolina em SP. E o táxi na porta. Foto: Daniel Santini

O compartilhamento de táxis deve facilitar a chegada e, principalmente, saída do evento. Nas edições anteriores, participantes sofreram para conseguir ir embora. Desta vez, além do Meleva, o Metrô e a Companhia Metropolitana de Trens (CPTM) também organizaram operação especial para atender o público. Quem vai aos shows poderá acessar o sistema até 12:15. São apenas minutos a mais do que o sistema funciona normalmente, o que talvez force quem quer ficar até o fim a ter que pegar um táxi mesmo.

Transporte coletivo 24 horas
Durante a Virada Cultural, os trens de São Paulo chegaram a funcionar 24 horas. Existe pressão para que as linhas permaneçam abertas de maneira ininterrupta permanentemente, mas os administradores alegam que os intervalos durante à noite são necessários para manutenção. Se ainda não perspectiva para que o sistema de trilhos funcione à noite toda na maior cidade do país, pelo menos agora existem promessas de linhas de ônibus operando durante toda a noite. Nesta semana, a Prefeitura de São Paulo anunciou, entre as metas da atual gestão, a criação de linhas de transporte coletivo 24 horas.

As novidades estão em sintonia com o que já acontece em boa parte de cidades no exterior com planejamento ambiental e planos de metas para redução de emissões de poluentes. Incentivar a população a caminhar, andar de bicicletas e utilizar transporte coletivo e carros compartilhados nos deslocamentos, desincentivando o uso individual de automóveis, é estratégia recorrente adotada por prefeitos de todo o mundo preocupados com altos índices de poluição e acidentes. E é preciso considerar quem se desloca à noite também ao se planejar ações para mudanças efetivas nas cidades.

Em meio às transformações, aumenta a pressão em relação a quem insiste em beber e dirigir. Ainda acontecem casos como o do motorista atropelou e matou um skatista de madrugada, dirigindo em alta velocidade e alcoolizado segundo o jornal O Estado de S. Paulo, e o do ciclista que teve o braço arrancado, mas movimentos como o Viva Vitão (clique aqui para ver a página do grupo no Facebook), dão exemplo de mobilização contra a combinação perigosa de álcool e direção.

E até bares, normalmente coniventes com tal comportamento de risco, começam a fazer campanhas contra o beber e dirigir, como a deste vídeo abaixo:

Leia também

Análises
19 de julho de 2024

Transespinhaço: a trilha que está nascendo na única cordilheira do Brasil

Durante 50 dias e 740 quilômetros a pé, testei os caminhos da Transespinhaço em Minas Gerais, de olho nos desafios e oportunidades para esta jovem trilha de longo curso

Notícias
19 de julho de 2024

Indústria da carne age para distrair, atrasar e inviabilizar ação climática, diz relatório

Trabalho de organização europeia analisou 22 das maiores empresas de carne e laticínios em quatro continentes

Salada Verde
19 de julho de 2024

Amazônia é mais destruída pelo consumo nacional do que pelas exportações

Consumo e economias das grandes cidades do centro-sul são o principal acelerador do desmatamento da floresta equatorial

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.