As terras indígenas aparecem frequentemente nas páginas de ((o))eco, seja por conta do desmatamento que acontece dentro desses terrítórios, pelas pressões causadas pela mineração ou nos casos onde a preservação acaba falando mais alto. Em algumas regiões do país, como observou nosso colunista Gustavo Geiser, quase tudo o que sobrou da cobertura vegetal nativa está no interior das terras indígenas e das unidades de conservação. Mais do que nunca é importante garantir que essas áreas sejam preservadas.
Veja abaixo, em mapas do InfoAmazonia, projeto de ((o))eco que agrega dados e notícias sobre a Amazônia, onde ficam algumas das terras indígenas e conheça um pouco mais sobre esses territórios.
A terra indígena Sete de Setembro, de 248 mil hectares, é território do povo Suruí. Em 2011 firmaram uma parceria com o Google, usando a internet para mostrar ao mundo a devastação de suas terras através. Um pedaço do território Suruí pode ser visto no Google Earth através de um mapa cultural com a tradição do povo e sua história, além de um mapa geográfico montado com a ajuda aparelhos de GPS.
Olhando o mapa abaixo é possível perceber as pressões as quais a terra indígena Awá está submetida, mostrando claramente o avanço recente do desmatamento dentro do território. Tema de uma fantástica reportagem de Miriam Leitão, com fotos de Sebastião Salgado, os awá-guajás foram considerados pela organização Survival International a tribo mais ameaçada do mundo.
Gustavo Geiser, Perito Criminal Federal na área de meio ambiente e colunista de ((o))eco, fez um impressionante relato de sua ida até o território Kayapó, sua primeira participação em uma operação envolvendo desmatamento em terras indígenas. Durante a operação Geiser percebeu que havia aqueles entre os indígenas que achavam vantajoso manter um garimpo dentro de sua terras e lucravam com ele. Temiam, com toda razão, que a Polícia Federal pudesse, literalmente, fechar sua mina de ouro.
Em julho de 2013 uma equipe de ((o))eco foi até o Pará investigar a dimensão do impacto do complexo de 5 usinas hidrelétricas que o governo quer construir na bacia do Tapajós. O processo de tirar essas usinas do papel terá uma oposição tão aguerrida quanto a que se formou contra a usina de Belo Monte, inclusive pelos aguerridos índios Munduruku, que terão parte das suas terras alagadas e terão que ser realocados.
Marãiwatsédé foi a terra indígena em primeiro lugar no ranking de número de alertas de desmatamento em 2012. Homologada em 1998, Marãiwatsédé passou a ser uma área de posse permanente e de usufruto exclusivo do povo Xavante. Mas longe de resolver o impasse, a criação da TI impulsionou a invasão de mais de seis mil não-índios que hoje se recusam em sair da área.
A terra indígena Raposa Serra do Sol é uma das maiores do país, com 1.743.089 hectares e 1000 quilômetros de perímetro. Seu terrítório se sobrepõe ao Parque Nacional do Monte Roraima, e Fabio Olmos, colunista de ((o))eco, acredita que o julgamento do Supremo Tribunal Federal perdeu a chance de resolver um dos maiores conflitos atuais sobre as Unidades de Conservação brasileiras, que é a decretação de Terras Indígenas sobre UCs que já existiam.
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