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Com marcas de tiros na cabeça, foi encontrado boiando em uma cachoeira no Parque estadual Cunhambebe, em Rio Claro, o corpo do biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hernandez, de 49 anos. O delegado da 168ª DP, Marco Antônio Alves, que investiga o caso, afirmou para o Jornal O Globo que as denúncias ambientais que o biólogo fazia na região são os motivos mais prováveis para o assassinato.
Em depoimento à polícia, a viúva de Gonzalo, Maria de Lurdes Pena Campos, afirmou que ele brigava com caçadores e palmiteiros ilegais da região. Gonçalo vivia num sítio dentro do parque estadual Cunhambebe, unidade de conservação administrada pelo Inea.
Ao jornal El Pais, Maria de Lurdes afirmou não ter dúvidas sobre o assassino de seu marido ser algum dos inimigos que ele fez por denunciar crimes contra o meio ambiente.
Gonzalo, desaparecido desde a tarde de domingo, foi encontrado por um vizinho na manhã de ontem (06/08). Ele retirou o corpo da água, cobriu a vítima com folhas de bananeiras e saiu para chamar a polícia, que já havia sido informada do desaparecimento por Maria de Lourdes.
A polícia espera o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML) e da análise de imagens de uma câmera de vídeo do Inea para continuar as investigações que apura a morte do biólogo.
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