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Amazônia: nuvens atrapalham detecção de desmate

Alertas de desmatamento do Imazon caíram pelo 4ª mês consecutivo, entretanto extensa cobertura de nuvens prejudicou monitoramento.

Daniele Bragança · Rafael Ferreira ·
13 de dezembro de 2013 · 11 anos atrás

Acima, foto de área desmatada na região de Gurupá-Melgaço, no Pará. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
Acima, foto de área desmatada na região de Gurupá-Melgaço, no Pará. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.

Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal voltaram a cair em novembro, segundo o último levantamento divulgado pelo Imazon. Entretanto, nessa época, o período de chuvas na região, a cobertura de nuvens reduz a possibilidade de monitoramento por satélite, do tipo que é feito pelo SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), do Imazon. Esse novembro as nuvens cobriram 58% do território da Amazônia Legal, contra 50% em novembro do ano passado. Detectou-se 37 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, o que representou uma queda de 33% em relação a novembro de 2012, quando o desmatamento somou 55 quilômetros quadrados.

Desse total de 37 km2, 26% ocorreu no Pará, seguido por Roraima (22%), Amazonas (17%) e Rondônia (17%).

Desde agosto, os números do SAD estão caindo (veja gráfico). É normal que o desmatamento diminua durante o período de chuvas na Amazônia. Não só a maior quantidade de nuvens atrapalha o monitoramento por satélite, como as chuvas torrenciais dificultam a ação dos desmatadores.

De qualquer forma, os dados de novembro são bons para o governo. Se a tendência de queda nos alertas continuar nos próximos meses é possível que o desmatamento anual volte a cair em 2014. Foi isso que ocorreu entre os anos de 2008 até 2012. Esse ano foi a exceção: o desmatamento consolidado, medido pelo PRODES (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal), aumentou 28% da Amazônia Legal.

Degradação também diminiu

Outra boa notícia foi a redução de 91% na degradação florestal comparada a novembro de 2012. Detectou-se apenas 9 quilômetros quadrados degradados no período. Toda ela foi percebida em dois estados: 60% no Mato Grosso e 40% no Pará. Degradação é um estágio anterior do corte raso (perda total de floresta), quando a mata sofre com a perda de árvores de lei ou queimadas.

 

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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