![Saí-azul macho ([i]Dacnis cayana[/i]) fotografado no Parque Estadual Alberto Löfgren, antigo Horto Florestal - São Paulo. Foto:](/wp-content/uploads/oeco-migration/images/stories/mar2014/2677349595_5fb3d5e3f5_b.jpg)
O saí azul (Dacnis cayana) é uma pequena ave típica da América do Sul, presente em quase todos os países, exceto no Chile e no Uruguai. Também ocorre na América Central, de Honduras ao Panamá. É comum encontrá-lo em bordas de florestas, nas capoeiras arbóreas ou em campos com árvores esparsas.
Também é conhecido pelos nomes de dacnis azul (na língua espanhola), saí-bico-fino, saíra-de-bico-fino e saí-bicudo, ele mede aproximadamente 13 cm de comprimento e pesa, em média, 16 gramas. A espécie apresenta um característico dimorfismo sexual: a plumagem do saí-azul machos é predominantemente azul brilhante e preta na área da garganta, acima do bico, ao redor dos olhos, nas asas e cauda; as fêmeas são predominantemente verdes com uma cabeça e ombros azul brilhante. Ambos os sexos têm os olhos vermelhos, pernas e pés avermelhados.
A espécie Dacnis cayana conta com oito subespécies, duas das quais estão no Brasil: Dacnis cayana cayana, na Amazônia e centro-oeste do Brasil, além de Colômbia, Venezuela e Guianas; Dacnis cayana paraguayensis, no Nordeste, sudeste e sul do Brasil, além do leste do Paraguai e nordeste da Argentina. As demais são: Dacnis ultramarina (Honduras ao Panamá e Colômbia), Dacnis callaina (Costa Rica e sudoeste Panamá); Dacnis napaea (Colômbia); Dacnis coerebicolor (Colômbia); Dacnis baudoana (oeste da Colômbia sudoeste do Equador); e Dacnis glaucogularis (Colômbia, Equador, Peru e Bolívia).
O saí azul vive normalmente aos pares ou em pequenos grupos, procurando insetos ativamente na folhagem ou alimentando-se de néctar, insetos e frutos em árvores e arbustos. Vive à beira da mata em várias altitudes, copas de mata alta. Costuma aparecer em pequenos bandos mistos com aves dos gêneros Cyanerpes, como o saíra-beija-flor, e Tangara, como o cambada-de-chaves.
A ave atinge a maturidade sexual aos 12 meses. O período reprodutivo se dá na primavera e no verão, com 2 a 3 posturas por temporada. A fêmea constrói o ninho: uma “taça” profunda, feita de fibras finas, colocado a uma altura de 5 a 7 metros do solo, entre as folhas externas de uma árvore. Ela põe de 2 a 3 ovos que serão incubados por 13 dias. A proteção do ninho é tarefa do macho, que também é responsável pela alimentação da fêmea durante a incubação.
Esta espécie é avaliada pela IUCN como Pouco Preocupante. O saí-azul é abundante e amplamente distribuído na sua área de ocorrência, mesmo se considerada a tendência de diminuição da população, que não ocorre de maneira suficientemente rápida para causar alarme.
Leia também
Toninha, o primo discreto
A verdade sobre a tartaruga-da-amazônia
Veado-catingueiro: em todos os lugares
Leia também

Marketing não é capaz de reviver espécies extintas
A empresa que anunciou o “renascimento” do extinto lobo-terrível criou, no máximo, um híbrido. E embora a notícia seja impressionante, há questões éticas, ecológicas e sociais em aberto →

Conservar para lucrar: o capitalismo na pauta ambiental
Debate em podcast aborda formas obtidas por grandes empresas, governos e atores corporativos para continuar lucrando sob a lógica da conservação do meio ambiente →

MMA lança curso gratuito de capacitação para a COP 30
Voltada para diversos públicos da sociedade civil, formação é online e assíncrona e oferece certificado. Saiba como se inscrever →
quanto vale essa espécie?
Por gentileza, saí e saíra são nomes do mesmo pássaro? Grato de todo modo.