De olho na maior cheia já registrada na história do Rio Madeira e seus impactos não só em Porto Velho, capital de Rondônia, mas em toda região, técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) têm acompanhado com atenção o fluxo das águas na região e demonstram preocupação em relação aos próximos dias. O monitoramento por imagens das áreas de florestas alagadas na Bolívia, na bacia do Rio Beni, um dos principais afluentes do Madeira, revela mudanças significativas que indicam que uma grande quantidade de água está a caminho do Brasil.
Conforme é possível observar na imagem abaixo, reproduzida pelo INPE a partir de dados do Serviço Geológico Americano (USGS), áreas que foram totalmente cobertas nos temporais que atingiram o país vizinho em janeiro, fevereiro e março começam a ficar visíveis por satélite e muita da água acumulada está escoando. As áreas azuis e pretas são as áreas inundadas. Destacamos com setas as que concentraram maior volume de água. As áreas verdes são as florestas.
No mapa, é possível visualizar a redução da área alagada no Rio Beni, na Bolívia.
Essa água é que hoje faz o nível do Rio Madeira subir
A previsão é de que o nível do Rio Madeira continue subindo gradualmente até abril e, segundo o próprio site do INPE, que leve pelo menos um mês para que o nível volte ao limite de 16,68 metros, considerada a cota de emergência. Tal informação é importante para que as equipes que trabalham para minimizar os danos da enchente se preparem e façam planos para atender vítimas e isolar áreas atingidas em Rondônia. Além das zonas urbanas de Porto Velho, há também cidades vizinhas afetadas, assim como vilas, estradas e áreas rurais. Veja abaixo a evolução do nível do Rio Madeira nas últimas semanas e o histórico nos últimos anos para compreender melhor a dimensão dessa cheia.
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