![]() |
Na madrugada desta segunda-feira (07) a comunidade ambiental perdeu Augusto Cesar Cunha Carneiro, um dos fundadores da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), considerada uma das primeiras associações ecológicas do Brasil. Carneiro Porto Alegre e, 31 de dezembro de 1922 e estava com 91 anos. Em fevereiro, foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Segundo a imprensa local, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.
Em 2005, aos 82 anos, Carneiro recebeu a reportagem de ((o))eco em seu apartamento para falar sobre a história que ajudou a construir. Na ocasião, reclamou do jeito como a imprensa trata o ambientalismo. “Os jornais abandonaram a nossa causa depois da redemocratização”, queixa-se. “Nosso último grande momento foi na Eco 92, de lá para cá entramos em declínio”.
Senhor da memória
Era a memória viva do começo do ambientalismo no Brasil e dela se valeu para escrever o livro História do Ambientalismo, publicado pela editora Sagra-Luzzatto em 2003.
Ano passado, teve sua biografia publicada pela jornalista e escritora Lilian Dreyer. A obra “Augusto Carneiro – depois de tudo – um ecologista” demorou 2 anos para ficar pronta.
Nunca deixou de militar pela causa. Entre suas lutas, está o incentivo a criação dos Parque Estadual de Itapuã e do Parque Estadual da Guarita. Além da fundação da Sociedade Brasileira para a Conservação da Fauna e a Pangea – Associação Ambientalista Internacional. Foi agraciado, em 2004, com o Prêmio Ecologista do Ano José Lutzenberger da Câmara de Porto Alegre.
Leia Também
Senhor do tempo
Copenhague a Angra: os assassinatos do des-governo
O ambientalista de resultados – com José Palazzo Truda
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/26265111-high.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Desmatamento no Cerrado cai no 1º semestre, mas ainda não é possível afirmar tendência
Queda foi de 29% em comparação com mesmo período do ano passado. Somente resultados de junho a outubro, no entanto, indicarão redução de fato, diz IPAM →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/15035560-high.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Unesco reconhece Parna dos Lençóis Maranhenses como Patrimônio da Humanidade
Beleza cênica e fato de os Lençóis Maranhenses serem um fenômeno natural único no mundo levaram organização a conceder o título →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/unnamed.png?resize=600%2C400&ssl=1)
Dez onças são monitoradas na Serra do Mar paranaense
Nove adultos e um filhote estão sendo acompanhados pelo Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar. Primeiro registro ocorreu em 2018 →