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O governo federal recuou na proposta de declarar o Parque Nacional do Juruena, localizado na divisa dos estados de Mato Grosso e Amazonas, como área de “utilidade pública”. Era o primeiro passo para viabilizar a construção de pelo menos 2 barragens no local. Ao menos por enquanto as barragens foram retiradas da lista do Plano Decenal de Expansão de Energia para 2023. De acordo com a ONG WWF-Brasil, que lançou campanha para defender a integridade do parque, a desistência foi uma vitória para a sociedade civil.
A grande preocupação dos ambientalistas era com a transformação do Parque de quase 2 milhões de hectares em reservatório para a construção das usinas hidrelétricas de São Simão Alto e Salto Augusto Baixo. Além do Juruena, os reservatórios alagariam o Parque Estadual Igarapés do Juruena e as terras indígenas Escondido e Apiaká do Pontal, no Mato Grosso. Parte do Parque Estadual do Sucunduri, no Amazonas, além de outras terras indígenas, também seriam atingidos.
“O Juruena é um dos maiores parques do País e está localizado num mosaico de áreas protegidas, ou seja, é uma região fundamental para frear o desmatamento, a ocupação desordenada e a grilagem de terras. A região é de extrema importância biológica para aves, mamíferos, répteis, anfíbios e espécies da flora ameaçadas de extinção”, explica Mauro Armelin, superintendente de conservação do WWF-Brasil.
O Plano Decenal de Energia – 2023 excluiu da listas as usinas hidrelétricas de São Simão Alto e Salto Augusto Baixo. A previsão era que as duas usinas, juntas, gerariam 4.940 MW. As duas usinas constavam nas versões anteriores do documento e foi por esse motivo que a WWF-Brasil iniciou a campanha SOS Juruena, que reuniu 22 mil assinaturas para pressionar o governo a não construir as hidrelétricas. A petição foi entregue ao Ministro de Minas e Energia.
Não se sabe se o projeto foi definitivamente engavetado ou se voltará à tona em 2023. Isso porque nesse ano será apresentado um novo Plano Decenal, que planejará a expansão da energia para mais 10 anos. Por hora, os defensores do Parque Nacional do Juruena podem comemorar a batalha vencida.
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É colhido mais cedo e exige mais herbicidas. Só bobo pra acreditar num semi artigo desse.
BRASIL , MAIOR PRODITOR DE CELULOSE, COM APENAS 0,5% DE SEU TERRITÓRIO EM EUCALIPTO.KE
Será lobby das madeireiras candadenses?
Lá, derrubam de verdade ,o dobro do que “queimam” na Amazônia.
Arvores da Amazônia como pau de balsa, pouco pesquisados, crescem em 2,5 a 3 anos, muito mais q eucalipto. NEM POR ISTO, A AMAZÔNIA SECA…
Se os motivos apresentados pela turma da campanha, porque nada foi colocado sobre sequestro de carbono, provenientes dessas áreas plantadas?
Esse movimento deveria estudar mais sobre cultura de Eucalipto.
Conseguiu vitoria porque comprou , mais uma vez, parte do legislativo. Inocência seria acreditar que
os legisladores votaram a favor do ladrão condenado, por patriotismo ou bem do Brasil. Puro intere$$e particular. Como patrocina ONG$.