O delegado Alexandre Saraiva, que comandou a operação que culminou na apreensão de 200 mil m³ de madeira em toras, não comanda mais a superintendência da Polícia Federal no Amazonas. O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, decidiu afastar Saraiva. Em seu lugar, ficará o delegado Leandro Almada. A decisão sobre a mudança no comando ocorreu ontem (14), mesmo dia em o superintendente decidiu encaminhar uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, e o senador Telmário Mota (Pros-RR) por atrapalhar ações de fiscalização ambiental.
Saraiva pediu que o senador, o ministro do Meio Ambiente e o presidente do Ibama sejam investigados por crime de advocacia administrativa, obstrução de investigação ambiental e organização criminosa.
A Polícia Federal afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a instituição não comenta “eventuais nomeações e exonerações de cargos públicos federais”. Mas fontes dentro e próximas da PF afirmam que o delegado sabia da decisão sobre a troca desde a tarde desta quarta-feira (14). Hoje, no início da tarde, Saraiva deu entrevista para a Globo News e fez duras críticas à atuação do ministro do Meio Ambiente e ao Ibama.
“Não é todo dia que o superintendente faz isso [levar a notícia crime ao STF], mas também não é todo dia que um ministro de uma outra pasta se arvora a promover a defesa de infratores ambientais”, disse Saraiva, que afirmou que ainda não havia sido informado sobre possível substituição.
Não se sabe se Saraiva, que tem bom relacionamento com o presidente Bolsonaro – chegou inclusive a participar de uma live com o presidente quando ele acusava países estrangeiros de comprar madeira ilegal brasileira – voltará para o Rio de Janeiro.
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Parabéns ao Saraiva e sua equipe, sempre priorizando um trabalho sério e competente contra crimes ambientais.
A $alle$ sempre na velha política.
Tem dívidas aí, para sempre pagas. Via de duas mãos.