O planeta Terra já presenciou inúmeras extinções de fauna e flora. E desde a chegada dos hominídeos foi dada a largada no embate entre o progressivo interesse em conhecer a vida selvagem versus a expansão voraz do ser humano, muitas vezes responsável pela extinção de espécies antes mesmo de serem descobertas. De lá para cá, mais de 700 espécies de animais já foram extintos no mundo e mais de 37 mil são consideradas como ameaçadas de extinção de acordo com a União Internacional pela Natureza (IUCN).
Um destes animais é o Leão Americano (Panthera atrox), um dos maiores felinos que já caminhou pelo planeta, que pesava mais de 350 quilos e ocorria na América do Norte. O felino desapareceu há cerca de 10 mil anos e nada, além de fósseis, sobraram para revelar detalhes deste gigante. Com ajuda da tecnologia e de fotografias de animais aparentados com o leão, a campanha Living Image trouxe à vida, ou melhor, ao álbum de fotografias, o Leão Americano, junto com outros dois animais já extintos, a Tartaruga Gigante de Rodrigues (Cylindraspis vosmaeri) e o Grande Auk (Pinguinus impennis). O objetivo da iniciativa, desenvolvida pela Getty Images em parceria com a AlmapBBDO, é alertar sobre a fauna ameaçada e a importância de agirmos para garantir a proteção destas espécies.
Para recriar os bichos extintos foram usadas imagens de animais atualmente ameaçados de extinção. O Leão Americano, por exemplo, foi recriado a partir de 68 fotos de animais ameaçados, como o tigre-de-sumatra (Panthera tigris sumatrae) em perigo crítico de desaparecer também. Outras 80 fotos foram utilizadas para reviver a Tartaruga Gigante de Rodrigues, que desapareceu por volta de 1800, e 58 para recriar o Grand Auk, ave não voadora extinta em 1844.
Estas três espécies têm em comum dentre os motivos que os levaram a extinção o fator humano, seja pela caça, pela introdução de animais exóticos ou pela redução drástica de seus habitats. No caso do Leão Americano e do Grande Auk, em contextos e momentos distintos, mudanças climáticas também são considerados fatores que contribuíram para o desaparecimento das espécies. Mais informações sobre os animais podem ser acessadas na plataforma do Living Image.
A iniciativa convidou ainda a fotojornalista norte-americana Ami Vitale – autora da fotografia que registrou o último rinoceronte-branco do norte macho, extinto em 2018 – para fazer uma expedição à Califórnia, um dos habitats ancestrais do felino americano, para “registrá-lo”, com ajuda da tecnologia, em seu ambiente natural. O resultado pode ser conferido no vídeo da campanha, assista aqui.
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Doutor, achei sua crítica nada construtiva. Sobretudo no que defende o socioambientalismo como um “desastre para a natureza e para o futuro dos seres humanos”. Pode me explicar sua visão sobre desenvolvimento sustentável?
Apareceu um desses aqui em casa , moro em Barretos interior de SP , nunca tinha visto essa espécie e achei maravilhoso , ele vem todos os dias beber água doce que deixo p eles .
Cheio de fanaticos, alimentando seus egos, corroidos