O presidente do ICMBio, coronel PM Homero de Giorge Cerqueira, nomeou nesta quarta-feira (07) o chefe que comandará o Parque Nacional dos Campos Gerais, localizado entre os municípios de Carambeí, Castro e Ponta Grossa, no Paraná. Pieter Maurits Van Der Meer foi coordenador ambiental na Frísia Cooperativa Agroindustrial, onde trabalhou até dezembro de 2017,e consultor na STCP Engenharia de Projetos Ltda. Biólogo de formação, possui especialização em em Gestão Estratégica e Agronegócio, com foco em industrialização de lácteos. Agora, comandará a unidade de conservação que protege o maior maciço de araucárias do mundo.
O Parque foi criado em 2006 e protege um dos últimos remanescentes de Campos Naturais do Paraná, estado que devastou 99% desse ecossistema associado ao bioma Mata Atlântica.
Em abril, a deputada Aline Sleutjes (PSL-PR) pediu ao ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, a anulação do decreto de criação da unidade, por causa da existência de propriedades rurais dentro do parque. A área foi visitada no começo de maio pelo ministro, que se encontrou a portas fechadas com proprietários rurais, políticos da região e sobrevoou a área.
A nomeação de Pieter Maurits Van Der Meer saiu hoje no Diário Oficial da União.
Nota de esclarecimento ao Portal O Eco
Em relação a notícia “Coordenador de cooperativa agroindustrial assume chefia do Parque Nacional dos Campos Gerais”, publicada ontem (07/08), a Frísia esclarece que Pieter Maurits Van Der Meer não trabalha na cooperativa desde 19 de dezembro de 2017. Dessa forma, não procede a informação de que Van Der Meer é coordenador ambiental da Frísia quando foi nomeado chefe da referida unidade de conservação.
Atenciosamente.
Frísia Cooperativa Agroindustrial.
*Edição às 10h31 para acrescentar a resposta da Frísia Cooperativa Agroindustrial.
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Daniele Bragança
Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental. →
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Eu queria uma notícia assim "Biólogos são contratados para trabalhar no agronegócio, trazendo conhecimento na área ambiental e sustentabilidade. O Brasil só tem a ganhar!"
Mas o cidadão é biólogo trabalhando na área ambiental. Esse povo só consegue ler o título…
P.S. Mas que barrigada do Eco!
Concordo Thais, o fato de biólogos terem atuado no agronegócio, auxiliando o setor a produzir de forma mais sustentável e com respeito ao meio ambiente, deveria ser motivo de comemoração e alegria!
E não uma razão pra desqualificar o trabalho de um profissional, apenas por tido uma experiência e prestado serviços ao setor produtivo.
O foco da matéria poderia ser a atuação por 15 anos na área ambiental, os 10 anos de trabalho com planos de manejo de UCs, diagnósticos socioambientais, levantamentos e estudos em Parques, Reservas e demais UCs. Falar da atuação em ONG, com educação ambiental, ou dos trabalhos com pesquisa de fauna, justamente na região dos Campos Gerais.
Sou totalmente crítico em relação à indicação de pessoas despreparadas e sem capacitação, mas é uma pena quando vemos que um pré-julgamento ideológico se sobrepõe à possibilidade de fazer um bom trabalho na área ambiental.
E as ONG do Paraná em silencio sepulcral sobre isso. Cadê a Rede Pró UC?
Zzzzzzzzzzz