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Governo libera mais 63 registros de agrotóxicos e total chega a 353 em 2019

Desde o início do ano foram autorizados 363 comercialização de agrotóxicos, o equivalente a 1,4 registros por dia. Nova liberação saiu no Diário Oficial desta terça

Daniele Bragança ·
17 de setembro de 2019 · 5 anos atrás
Aplicação de agrotóxico na lavoura. Foto: Pixabay.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União desta terça-feira (17) o registro de 63 novos agrotóxicos. Desde o início do ano foram liberados 353 novas autorizações de agrotóxicos, o equivalente a 1,4 registros por dia.

Dos 63 produtos registrados nesta terça-feira, 15 são extremamente tóxicos à saúde humana (classe I), 10 é altamente tóxico (classe II), 30 são medianamente tóxicos (classe III), 2 são pouco tóxicos (classe IX) e 6 seguem o perfil toxicológico do produto técnico de referência. Em relação aos riscos ao meio ambiente, 3 deles são altamente perigosos ao meio ambiente, 44 são muito perigosos ao meio ambiente e 16 são perigosos ao meio ambiente. Não houve nenhum registro de agrotóxico classificado como pouco tóxico dessa vez.

Com a publicação do ato, esses produtos passam a ter a comercialização permitida no Brasil. Atualmente existem 2.709 produtos agrotóxicos comercializados no país.

Do total liberado nesta terça-feira, dois novos agrotóxicos tem como princípio-base o ingrediente ativo Fluopiram, considerado pelo governo menos tóxicos que a alternativa que estava no mercado. Os dois produtos são fabricados pela Bayer em São Paulo. Um será usado pela indústria e o autorizado para a lavoura é indicado para as culturas de batata, café, cana-de-açúcar e soja.

Para o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Carlos Venâncio, o produto é eficiente para combater nematoides nas culturas de batata, café, cana, milho e soja e fungos nas culturas de algodão, feijão, e soja. O agrotóxico à base de Fluopiram possui classificação III no Ibama, considerado perigoso ao meio ambiente.

“É uma nova opção para o controle de nematoides, que são pragas muitas vezes invisíveis, mas que podem causar grandes danos à agricultura, além de ser um produto menos tóxico do que os já existentes no mercado”, explica, em nota publicada pelo Ministério da Agricultura.

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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Comentários 3

  1. Carlos Magalhães diz:

    Quanto mais agro-defensivo, melhor.

    Mais concorrência, menores preços para o sofrido produtor, possibilidades de comparação, etc.

    De parabéns a sra. Ministra.


  2. MARCOS ELENILDO FERREIRA diz:

    Governo pra quem ?? Pro povo que não é !!🙁🙁🙁


  3. Paulo diz:

    Dos 63 produtos, 15 são extremamente tóxicos.
    Um em cada quatro.
    E a sra. ministra tem a coragem de dizer que não coloca veneno na mesa do povo brasileiro.

    Êta arrogância.