Notícias

ICMBio deslancha processo de concessões de negócios em UCs federais

Em vídeo, a coordenadora Larissa Moura Diehl conta como vai o programa para conceder serviços privados que facilitam e dão conforto à visitação pública

Eduardo Pegurier · Marcio Isensee e Sá ·
6 de agosto de 2018 · 6 anos atrás

Quem já conheceu o Centro de Visitantes das Paineiras, sabe que ele mudou a experiência da visita à estátua do Cristo Redentor ou de uma caminhada na Estrada das Paineiras, no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro. Antes, o visitante encontrava as ruínas do Hotel das Paineiras, que há décadas davam um ar de abandono e decadência ao local mais visitado dos parques brasileiros. Agora, encontra uma construção moderna, onde pode comemorar o programa em um bom bar ou restaurante, com vista deslumbrante das encostas verdes, da Lagoa Rodrigo de Freitas e de Ipanema. Há um espaço para exposições, área de eventos e uma loja de souvenires. O conjunto não deve nada ao que existe de melhor em parques internacionais. E isso não seria possível se o empreendimento não tivesse um concessionário privado com fins lucrativos, no caso, o consórcio Paineiras-Corcovado.

Larissa Moura Diehl, chefe da Coordenação de Concessões e Negócios do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), explica que bons serviços e estruturas confortáveis de apoio à visitação atraem maior quantidade e variedade de visitantes. Entre os serviços que podem entrar no programa de concessões privadas estão estacionamento, recepção e orientação de visitantes, hotelaria, sinalização de trilhas, venda de souvenires com a marca dos parques nacionais, e de alimentos e bebidas.

Governos não tem vocação para gerir restaurantes ou hotéis. Os concessionários ou realizam esses tipos de atividade ou prestam serviços que complementam o trabalho da equipe do parque. A aceleração no programa de concessões é uma virada na forma de gerir parques que deve impulsionar a visitação.

Os parques nacionais mais visitados, como Tijuca, Iguaçu, Serra dos Órgãos e Fernando de Noronha, já contam com boa estrutura provida por concessionários. Agora, as concessões avançarão para os parques nacionais do Pau Brasil, Chapada dos Veadeiros, Jericoacoara, Lençóis Maranhenses, Serra da Bodoquena, Caparaó e Itatiaia.

 

Leia Também 

Vídeo: Como fazer gestão de unidade de conservação com a participação social? Por Fabiana Prado

Governo regulamentará concessão privada em parques

Reflexões sobre as concessões em parques

 

  • Eduardo Pegurier

    Mestre em Economia, é professor da PUC-Rio e conselheiro de ((o))eco. Faz fé que podemos ser prósperos, justos e proteger a biodiversidade.

  • Marcio Isensee e Sá

    Marcio Isensee e Sá é fotógrafo e videomaker. Seu trabalho foca principalmente na cobertura de questões ambientais no Brasil.

Leia também

Análises
24 de setembro de 2014

Reflexões sobre as concessões em parques

O governo consegue até recursos para investir em UCs, mas mantê-las exige um fluxo de receita seguro, que pode vir de concessões de serviços.

Notícias
17 de setembro de 2017

Governo regulamentará concessão privada em parques

Proposta já está na Casa Civil e, segundo o Ministério do Meio Ambiente, dará segurança jurídica para contratos de uso público em Unidades de Conservação

Notícias
2 de agosto de 2018

Vídeo: Como fazer gestão de unidade de conservação com a participação social? Por Fabiana Prado

A gerente de projetos do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) explica sobre o desafio da gestão participativa nas unidades de conservação

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Comentários 1

  1. Renato Argenta diz:

    Parabéns Larissa pela iniciativa tem que privatizar apesar de ser um trabalho árduo pois até as pedras sabem que o setor privado trabalha produz hoje o município de cambara do sul poderia ser o ponto turístico mais visitado do Rio Grande do Sul superando gramado e canela pois tem mil vezes mais belezas naturais espero que consiga ser produtiva acabando com o cabide de emprego que atravez da corrupção cria dificuldades para em troca receber facilidades e por favor peça ao ministro Ricardo que coloque a polícia federal para fiscalizar as ONGS que mamam o dinheiro dos contribuintes