Em visita ao Brasil esta semana, o presidente da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), o britânico Alok Sharma, cobrou ação do setor privado no financiamento de programas que ajudem os países a atingirem as metas climáticas prometidas no último evento global sobre o tema.
“É uma questão de entrega, para todos os países […] Temos os comprometimentos. Os países querem agir. Mas o ingrediente chave disso é o financiamento, sem capital os países não têm como entregar todos os comprometimentos feitos, e daí onde o setor privado é tão importante”, disse, durante evento de lançamento da Aliança Financeira de Glasgow para Zero Emissões Líquidas (GFANZ, na sigla em inglês) no Brasil.
A GFANZ é uma aliança global que reúne bancos, seguradoras e investidores com o compromisso de alavancar a transição planetária para uma economia neutra em carbono. A coalizão integra cerca de 500 instituições de 45 países diferentes. Até o momento, estas instituições financeiras se comprometeram a investir US$ 130 trilhões, cerca de 40% dos ativos financeiros mundiais, para tirar do papel as metas do Acordo de Paris, que pretende limitar o aquecimento global a 1,5°C, e do recente Pacto Climático de Glasglow, que definiu metas para redução de metano e perdas florestais ao redor do mundo.
Durante o lançamento da iniciativa no Brasil, Sharma informou que já havia se encontrado com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para fortalecer as relações com o país. “[Durante a COP-26] Tivemos diálogos muito construtivos com o Brasil e hoje de manhã [ 28/03] estive com o ministro Leite e estamos fortalecendo este diálogo”, disse.
O Brasil é um dos signatários do Compromisso Global de Metano, estabelecido na COP-26, e que prevê a redução desse gás de efeito estufa em 30% até 2030. Durante a Cúpula do Clima, o país também se comprometeu a reduzir suas emissões nacionais pela metade até 2030 e zerar o desmatamento até 2028.
Nesta terça-feira (29), Sharma se reuniu com executivos de grandes empresas nacionais para discutir formas de cumprir os compromissos ambientais assumidos pelo Brasil e sobre as ações do setor produtivo brasileiro contra o aquecimento global.
Leia também
COP 26 reflete o conflito de interesses da sociedade
O mundo amanheceu mais sombrio no domingo, após o encerramento da COP 26, como se fora um final de temporada na qual o time da casa voltou derrotado. Perdeu a humanidade →
Segundo turno em João Pessoa traz disputa entre candidatos de direita
Atual prefeito Cícero Lucena (PP) é favorito contra o ex-ministro Queiroga (PL); ele promete terminar obra de parque paralisada por problemas ambientais, e bolsonarista quer afrouxar legislação urbanística →
Degradação florestal na Amazônia em 2024 é a maior dos últimos 15 anos
De acordo com números do SAD-Imazon, a degradação no bioma atingiu 26 mil km², o equivalente ao estado de Alagoas. Queimadas são responsáveis, diz instituto →
ótima reportagem amigo. Parabéns! Acabei de encontrar, creio eu um desse majestoso! Emitiu esse sinal fantastico quando eu o capturava com uma vasilha e uma folha.