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Projeto de restauração florestal na Amazônia é vítima de incêndio criminoso

360 mil árvores foram perdidas para o fogo. Projeto tentava reflorestar área desmatada dentro de unidade de conservação em Rondônia

Cristiane Prizibisczki ·
18 de setembro de 2023 · 1 anos atrás

O projeto de reflorestamento existente dentro da Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá, em Rondônia, comandado pelo Centro de Estudos Rioterra, foi vítima de um incêndio criminoso nas últimas semanas. Cerca de 270 hectares foram consumidos pelas chamas, uma perda de 360 mil árvores nativas, de mais de 100 espécies.

O projeto era considerado modelo pelo tamanho e localização. Estudos estavam sendo preparados com o objetivo de criar um modelo replicável e escalável em outros territórios da floresta amazônica e em projetos de restauração em larga escala.

“Anos de trabalho e sonhos foram destruídos. Anos de investigação sobre restauração, biodiversidade, clima e economia viraram fumaça”, disse a Rioterra, em suas redes.

O projeto começou em 2020 em uma área desmatada ilegalmente dentro da Resex Rio Preto-Jacundá. Entre as espécies plantadas, estavam árvores frutíferas, que seriam usadas para a geração de renda da comunidade da reserva.

Segundo a organização, o projeto já havia sofrido ameaças de grileiros. A ((o))eco, o Rioterra disse que a forma de disseminação do fogo, analisada por imagens de satélite, e histórico da região indicam fortes indícios de que o fogo teve início por origem humana. 

“Numa altura em que há tanta discussão sobre restauração e concessões planejadas, o incidente levanta sérias questões sobre como proteger tais projetos. Para concessões em áreas públicas, que tipo de papel os estados precisam desempenhar para protegê-las? Como podemos agir preventivamente? Quem garante a ‘continuação’ deste trabalho?”, questiona a Rioterra.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam-RO).

  • Cristiane Prizibisczki

    Cristiane Prizibisczki é Alumni do Wolfson College – Universidade de Cambridge (Reino Unido), onde participou do Press Fellow...

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Comentários 5

  1. Marcelo Pantuzza. diz:

  2. Sergio F da Costa diz:

    Até que ponto chega a ganância e a estupidez humana??? Será que se fizer isso com uma plantação de soja ou de milho, alguém tomaria uma atitude??? E o Supremo? Será que vão mandar investigar ou só investigam crimes sobre carteiras de vacinação e relógios??? Isso não é só um crime contra uma comunidade, contra uma empresa ou ONG! Isso é um crime contra a “humanidade”! As mudanças climáticas estão aí. Muitos ainda vão morrer pelo descaso com o meio-ambiente!!! Quem viver, verá! Aí será tarde demais!!!


  3. Otavio Ernesto diz:

    Esse tipo de crime deveria ser investigado na esfera federal. Nos estados há má-vontade e falta de aplicação de recursos na investigação, quando não conivência mesmo em nível municipal e estadual.
    A ganância, estultice e cumplicidade com o crime desses governantes é generalizada.


    1. Rony diz:

      A questão é que no máximo, a investigação vai confirmar que a ignição teve origem antrópica. Quem foi o autor são outros quinhentos…Uma pena


  4. Luiz Jahir De Zorzi Júnior Ziza diz:

    A)Quem poderia ter interesse nesta destruição, quem se beneficiaria?
    B)Quem foi contra o projeto?
    Basta responder com certeza estas questões, para apurar as responsabilidades, que também podem ser climática, da época.
    ESTA INICIATIVA, PRECISA SER REPLICADA E DE ALGUMA FORMA INCENTIVADA, FOMENTANDA….