Nesta quinta-feira (11), o plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro repetiu a decisão da última semana e, por unanimidade, aprovou a criação do Refúgio de Vida Silvestre da Floresta do Camboatá. Foram 43 votos favoráveis a zero. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), que no 1º turno da votação havia sido o único contrário à proposta, não estava presente na sessão e por isso não votou. Agora o projeto de lei segue para a mesa do prefeito, Eduardo Paes (PSD), a quem cabe a sanção.
A área protegida terá 171,5 hectares de extensão e ajudará a preservar a Floresta do Camboatá, um raro remanescente de Mata Atlântica de terras baixas no município, localizado no bairro de Deodoro, zona oeste do Rio.
O movimento pela preservação deste fragmento florestal ganhou força diante do risco de vir abaixo que a área correu no último ano para construção de um autódromo. O empreendimento foi descartado no início deste ano, quando Eduardo Paes assumiu a prefeitura e honrou seu compromisso feito com ambientalistas durante a candidatura de que, se eleito, vetaria o projeto do autódromo na Floresta do Camboatá. Como unidade de conservação de proteção integral, a área fica fora do alcance de empreendimentos deste tipo e poderá ser explorada apenas para turismo, lazer, pesquisa e educação ambiental.
O vereador Chico Alencar (PSOL) comemorou a vitória em suas redes. “A batalha não foi fácil, mas felizmente conseguimos esta baita vitória, que só é possível porque a comunidade lutou, não esmoreceu e se mobilizou”, reforçou.
O projeto de lei nº 1.345/2019 é originalmente de autoria do vereador Professor Célio Lupparelli (DEM) e do ex-vereador Renato Cinco. Na Câmara Municipal o texto aprovado foi um substitutivo redigido pelo próprio Lupparelli junto a outros doze vereadores, entre eles Chico Alencar.
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