Salada Verde
2 de abril de 2009

É para o outro lado, Lula

Em entrevista na terça-feira para a rádio CBN, o cientista político e colunista d’ O Eco, Sérgio Abranches, falou sobre o pacote de medidas contra a crise econômica adotado pelo governo brasileiro no final do último mês. Para ele, não existe nenhum aspecto ambiental na proposta. Ao contrário. O que existem são incentivos para as montadoras e subsídios para aumentar o consumo de energia dentro do país – quando, na verdade, o governo deveria buscar a direção oposta. Segundo Abranches, o presidente Lula deve ouvir muitas alternativas verdes da boca dos principais políticos do mundo durante o encontro do G-20, na Alemanha – que acontece esta semana. “Todo mundo vai falar nisso. E ele (Lula), provavelmente, vai dizer que isso é problema deles (louros de olhos azuis). Que nós mestiços queremos viver numa economia suja, contribuindo para o aquecimento global, como se isso ajudasse nosso desenvolvimento”, disse em um trecho da conversa com o jornalista Heródoto Barbero.

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2 de abril de 2009
Salada Verde
2 de abril de 2009

Não aos lunáticos

Tradicional defensor do agronegócio arcaico que destrói o meio ambiente, contrariando a opinião pública mundial que não vê mais espaço para esse tipo de produção, Reinhold Stephanes (Ministro da Agricultura) verbalizou hoje um nova pérola. Para a agência Campo Grande News, disse que o Código Florestal ameaça pequenas e médias propriedades. "Um milhão de pequenos e médios produtores terão as propriedades inviabilizadas. Queremos proteger, mas precisamos produzir", afirmou. Mal influenciado pelo pesquisador da Embrapa Evaristo de Miranda, comentou que a área onde não pode ser praticada a agricultura tradicional já corresponde a 67% do território brasileiro. Stephanes também conclamou a bancada federal e lideranças dos produtores para "racionalizar" o Código Florestal. Não bastando, o governador André Puccinelli (PMDB) fez questão de enfatizar que o Zoneamento Econômico-Ecológico do Mato Grosso do Sul vai "atender ao estado e não aos lunáticos". Com isso, ele quer liberar o plantio de cana em áreas da região norte do estado, na Bacia do Alto Paraguai, que abastece o Pantanal.

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2 de abril de 2009
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2 de abril de 2009

Vale dos Dinossauros

O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB) fechou acordo com Superintendência Estadual de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Ibama, Departamento Nacional de Produção Mineral, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e município de Sousa para a preservação do Vale dos Dinossauros. O sítio geológico e paleontológico fica na Bacia do Rio do Peixe, a 414 quilômetros de João Pessoa. Com isso, devem aumentar a fiscalização contra extração ilegal de areia, ser feitos estudos sobre 25 sítios paleontológicos, ser elaborado material educativo, ser implementada sinalização sobre o local e identificação para funcionários, ser definido um conselho gestor e guardas florestais e serem realizadas obras para recuperação de estragos no local. Ao que tudo indica, o Iphan reconhecerá o sítio (com pegadas de dinossauros, como essas da foto) como patrimônio cultural paisagístico, realizando seu tombamento. Depois das melhorias, o local também deve ser apresentado como candidato à lista dos bens do Patrimônio da Humanidade elaborada pela Unesco. Mais informações aqui.

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2 de abril de 2009
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2 de abril de 2009

Tsunami automotiva

A crise econômica pode ter afetado alguns setores, mas a indústria automotiva segue nadando de braçada e vendendo carros a rodo. Graças à redução do IPI, um presente do governo ao trânsito caótico e poluente de nossas cidade, o primeiro trimestre deste foi o melhor já registrado na história da indústria automotiva tupiniquim. Dados oficiais mostram que foram emplacados 668.314 automóveis, ônibus e caminhões no período, marcando um crescimento de 3,14% em relação aos primeiros três meses de 2008.

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2 de abril de 2009
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2 de abril de 2009

US$ 15 bilhões para florestas?

O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Tasso Azevedo, voltou impressionado de uma reunião organizada pelo príncipe Charles em Londres (Inglaterra). Não só porque dela participaram líderes das principais economias e dos maiores países tropicais do mundo, além do secretário-geral do ONU, Ban Ki-moon, do presidente do Banco Mundial, Robert Zelik, e do presidente da Comunidade Europeia, Durão Barroso. Mas também porque os debates podem resultar na criação de um fundo internacional que levante entre US$ 10 e 15 bilhões anuais, entre 2010 e 2020, para financiar conservação e “uso sustentável” de floretas tropicais. Tudo no contexto do aquecimento global. O dinheiro seria repassado a países tropicais, como o Brasil, com base em resultados obtidos e conferidos em conservação de matas. Uma proposta mais concreta deve ser apresentada até julho deste ano. As informações são do SFB.

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2 de abril de 2009
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2 de abril de 2009

Pagando se conservaria?

Será que com tanto dinheiro em vista, governantes e parlamentares de Santa Catarina e de Mato Grosso e do nível federal, por exemplo, não deixariam de lado seus projetos para anistiar desmatadores e acabar com o que resta de verde no país? Afinal, lei é apenas papel pintado no Brasil.Saiba mais:MT não quer multas para quem desmatouO trágico código ambiental catarinenseIntervenção cirúrgica no futuro da floresta

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2 de abril de 2009
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2 de abril de 2009

Menos 73% em emissões de carbono

O governo informa hoje que trocar gasolina por álcool pode reduzir em 73% as emissões de Dióxido de Carbono (CO2) para a atmosfera. Os dados foram obtidos a partir de estudo da Embrapa Agrobiologia, em Seropédica (RJ). Os pesquisadores avaliaram um carro movido a gasolina num percurso de 100 quilômetros e suas emissões de CO2 no trajeto. O resultado foi uma redução de 73% quando o mesmo veículo usou álcool. Em relação ao diesel, a queda foi de 68%. Tão importante quanto, o ensaio mostrou que caso a queima da cana para colheita seja eliminada, a redução das emissões alcançará 82%, em relação à gasolina, e 78%, ao diesel. Poluição de menos é sempre bem vinda, ainda mais se as lavouras de cana não provocarem mais desmatamento.

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2 de abril de 2009
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2 de abril de 2009

Esse é (mesmo) o cara

Obama disse que Lula é “o político mais popular na Terra” e, como agrado contrário, o presidente brasileiro poderia prestar mais atenção aos hábitos de seu colega norte-americano. Em sua página na Internet, o jornalista Jeffrey Smith, autor do livro "Sementes da enganação - as mentiras da indústria e do governo sobre a segurança dos alimentos transgênicos que você está comendo”, revela pontos importantes do atual cardápio da Casa Branca. Segundo ele: a família Obama só aceita produtos orgânicos e vai, inclusive, produzir uma horta orgânica por lá. Enquanto isso, também conta Smith, na lanchonete da sede da Monsanto na Inglaterra, funcionários da própria empresa não querem comer produtos com insumos geneticamente modificados. Exigiram do proprietário que usasse produtos livres de transgênicos.

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2 de abril de 2009
Salada Verde
2 de abril de 2009

Imagem das queimadas da cana

Como noticiado aqui em O Eco, a safra da cana de açúcar está atingindo seu pico neste momento. No balanço divulgado pelo Governo do Estado de São Paulo, as metas de mecanização não foram totalmente atingidas neste ano. Pouco mais de 50% da colheita ainda é feita com a utilização do fogo na palha da cana. Na imagem acima, providenciada pelo programa de monitoramento de focos de calor da Universidade de Maryland (EUA), pode-se ver a concentração de pontos vermelhos no leste do estado, a região rica em canaviais. O que a imagem de satélite não mostra é que em terra estas queimadas representam mais poluição atmosférica em diversas cidades do interior e aumento de doenças respiratórias na população.

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2 de abril de 2009
Salada Verde
1 de abril de 2009

Primeiro de abril

No ar desde 2004, o site RealClimate distribuiu hoje uma carta de despedida a seus leitores. Segundo seus editores, a página não tem mais motivo para existir por que cientistas e especialistas céticos às mudanças do clima venceram a batalha da informação e provaram que: o aquecimento global não está acontecendo; e se está, é totalmente natural; e se não é natural, é de pouca monta e não uma ameaça; e se ocorrer um aquecimento por culda da humanidade, ele será bom para nós, permitindo colheitas fartas e um ambiente saudável; e por último, bem, ele pode ser realmente ruim, mas não há como pará-lo de qualque forma. Veja mais aqui.

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1 de abril de 2009
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