Notícias
14 de março de 2005

Bush na contramão

O turma do Bush vai contrariar os ambientalistas mais uma vez. A equipe do presidente vai propor uma regulamentação para a emissão de mercúrio por termoelétricas favorável às industrias poluidoras. Em vez de ter que reduzir as emissões, elas poderão comprar títulos de poluição de empresas que poluem menos, tipo o mercado de carbono. Ambientalistas afirmam que esta medida vai criar focos de contaminação no país e que mercúrio é perigoso demais à saúde para existir tal cenário. A história está na capa do The New York Times (gratuito).

Por Carolina Elia
14 de março de 2005
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11 de março de 2005

Ar limpo

A Environmental Protection Agency (EPA), órgão regulador do meio ambiente nos Estados Unidos, anunciou ontem as novas regras para controle de emissões de poluentes do ar na região Nordeste do país, onde ficam Washington, Boston e Nova Iorque. O objetivo, segundo reportagem do The New York Times (gratuito, pede cadastro), é chegar a 2015 com uma redução de 60% na emissão de óxido de nitrogênio e de 70% na de dióxido sulfúrico. Na semana que vem, serão divulgadas as regras para reduzir os níveis de mercúrio no ar.

Por Manoel Francisco Brito
11 de março de 2005
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22 de dezembro de 2004

Cercada

O The New York Times (gratuito, pede cadastro) obteve documentos internos da Newmont, maior mineradora de ouro do mundo, que comprovam que os executivos da companhia tinham em 2001 conhecimento de que estavam soltando toneladas de vapor de mercúrio no ar em uma de suas minas na Indonésia. Fecharam-se em copas e não fizeram nada. Devem estar arrependidos. A empresa será alvo de ações judiciais do governo indonésio e virou o principal saco de pancada dos ambientalistas neste final de ano.

Por Manoel Francisco Brito
22 de dezembro de 2004
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24 de novembro de 2004

Poluição das alturas

Fantástica a história de Rinconada, no Peru. Segundo a BBC News (gratuito) é a ocupação humana permanente de maior altitude no mundo: 5.100 metros, onde se respira ar com 21% do oxigênio do nível do mar. Trata-se de uma favela criada em torno da mineração de ouro. A população local vive no meio do seu esgoto e lixo. Rinconada não tem mais água potável. Os locais bebem a neve que acumula nos telhados dos barracos. Lá, as geleiras andinas antes proviam água puríssima, que enchia um lago local. Hoje poluídas, estragam tudo pelo caminho até chegar ao lago Titicaca, distante 250km. Seus garimpeiros, com sorte, produzem de 5 a 10 gramas de ouro por mês, obtendo rendas máximas de US$100. A separação do ouro da rocha é feita com mércurio. Cada tonelada de ouro extraído joga 500 gramas do metal no meio ambiente. As minas peruanas despejam por ano 80 toneladas de mercúrio na água e 20 no ar, na forma de gás. E embora se saiba que todos os grandes rios do sul do país sejam atingidos, não existem estudos sobre os níveis de contaminação.

Por Manoel Francisco Brito
24 de novembro de 2004
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16 de novembro de 2004

Indonésia ganha editorial

O descaso dos últimos governos da Indonésia com os recursos naturais do país virou assunto de editorial do New York Times (gratuito, mas exige cadastro). O jornal afirma que, em troca de investimento externo, os governantes permitiram que empresas devastassem a floresta tropical, poluíssem o ar e os rios e destruíssem 80% do recife do país. A Baía de Buyat estaria contaminada com arsênico e mercúrio, inclusive sua vida marinha. Os peixes já estariam proibidos para o consumo.

Por Carolina Elia
16 de novembro de 2004
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6 de setembro de 2004

Pólo quente

Águas congeladas e terras cobertas de neve tornam-se cada vez menos freqüentes no Pólo Norte. As transformações climáticas afetam o comportamento e a saúde dos animais. Cientistas canadenses pediram que 30 caçadores esquimós contassem as estranhas mudanças que estão observando, nos últimos anos, na vida selvagem do ártico. Os ursos polares estão mais magros, pois seu período de caça diminuiu devido ao derretimento das camadas de gelo. Salmões estão aparecendo feridos, provavelmente pelo contato com pedras que emergiram com a descida das águas, sempre mais quentes. Cavalos marinhos mudaram sua rota migratória em busca de temperaturas mais amenas. A urbanização também contribuiu para as alterações no meio ambiente: o barulho dos barcos afugentou as baleias brancas e os alces parecem estar ficando surdos, pois não reagem mais às máquinas que passam próximas. O mercúrio e outros produtos químicos, atirados nas águas pelas indústrias ao sul, envenenam os animais e, por tabela, os humanos que os ingerem. Altos níveis de contaminação foram encontrados no leite materno esquimó. É o que conta o The New York Times (gratuito, pede cadastro), reproduzindo matéria do jornal local, Pangnirtung Journal. Leitura rápida.

Por Lorenzo Aldé
6 de setembro de 2004