Reportagens

O missionário que se apaixonou pelos pássaros – com José Alvarez Alonso

José Alvarez Alonso precisou de poucos anos na Amazônia peruana para desistir da carreira de missionário e se dedicar integralmente à proteção da floresta.

Carolina Elia ·
21 de julho de 2006 · 18 anos atrás

O espanhol José Alvarez Alonso desembarcou na Amazônia peruana há 23 anos com o objetivo de levar a palavra de Deus aos moradores da região de Iquitos, cidade que acolheu o personagem Fitzcarraldo, do filme homônimo de Werner Herzog, e seu sonho de enriquecer com a exploração da borracha para construir uma casa de ópera na selva. Fascinado pelo som natural da mata, repleta de pássaros desconhecidos, Alonso largou a vida de missionário, se formou em biologia e hoje se dedica a criar unidades de conservação na Amazônia. Desde 1999, já ajudou a consolidar duas. Em uma delas, descobriu cinco novas espécies de aves para a ciência. Mas para não dizerem que só se importa com as criaturas aladas, se dedica cada vez mais à implantação de projetos de conservação casados com atividades de manejo. Para ele, ensinar o homem a explorar a floresta é a única garantia de sobrevivência tanto para a mata quanto para a gente que nela vive. Como ele explica nesta entrevista, a área de Iquitos é extremamente rica em biodiversidade, mas pobre em comida. A população na região cresce cada vez mais e a dependência na floresta também, mas não a conscientização de que é preciso preservar os recursos naturais. Nos últimos anos, Alonso ganhou importantes prêmios pelo seu trabalho, mas principalmente por artigos publicados em revistas denunciando crimes ambientais. Entre eles, a exploração ilegal de mogno em áreas protegidas.Hoje, ele trabalha no Instituto de Investigações da Amazônia Peruana (IIAP), o único centro de pesquisa no país dedicado a estudar a Amazônia e um importante parceiro do nosso Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O IIAP fica localizado em Iquitos,a cidade histórica que por muitos anos foi o principal porto de toda a bacia.

Como você vê Iquitos?

Alonso – Iquitos é um tipo de câncer que surgiu na Amazônia. Está no meio da selva, não tem ligação por terra com nenhum lugar do mundo. Exceto, agora, com a cidade próxima de Nauta por causa da construção de uma pequena estrada. Fora isso, a única forma de se chegar é por avião ou rio. Ainda assim, tem gente que nasceu em Iquitos, mora há décadas na cidade e nunca esteve na selva. Conhecem menos a selva que qualquer pessoa medianamente informada no estrangeiro. Quando dou palestras, fico impressionado com a ignorância das pessoas de Iquitos sobre a floresta. Um exemplo dessa espécie de alienação do seu entorno é a fixação pelo cimento e pelo asfalto. Os moradores quase que detestam a vegetação. O centro é puramente construções. E as plantas que se cultivam, as ornamentais, são todas exóticas. É raro encontrar nas ruas e jardins de Iquitos plantas amazônicas. É um fato que me surpreende.

Mas as pessoas que moram em Iquitos não moravam antes na selva?

Alonso – Muitas delas sim. A “classe alta” é descendente de estrangeiros, de pessoas que vieram no período da borracha. Muitos provenientes de outras partes do Peru, mas também de Portugal, Espanha, Itália e Alemanha. Essa classe foi sempre alienada da realidade regional. E as pessoas que vêm das áreas rurais, atrás dos serviços da cidade, tentam imitar de alguma forma o comportamento dessa classe.

Mas a economia de Iquitos depende totalmente da selva.

Alonso – Exatamente. Quase 70% da renda de Iquitos provem de recursos naturais. Parte da exploração de petróleo, mas principalmente das florestas e dos rios. E entre 70 e 90% da renda da população rural provem dos recursos naturais renováveis das matas e dos rios. E isso está sendo muito mal manejado. Atualmente, a economia da região de Loreto [província onde fica Iquitos] está caindo, apesar da população nos últimos 20 anos ter duplicado. Quando eu cheguei a Iquitos, há 23 anos, éramos meio milhão de habitantes. Agora, somos quase um milhão e a economia minguou para quase 70% do que era.

Que recursos são esses que as pessoas dependem em Iquitos?

Alonso- Iquitos vive de comércio e serviços, salários de funcionários, de professores e serviços de transporte, mecânica e muito comércio. É uma espécie de parasita da economia do entorno. Calcula-se que existam cerca de 30 a 40 mil pessoas que vivam de motocarros. Entre os que dirigem, os que alugam, os que consertam, os que vendem, os que vendem alimentos para os motoristas, etc. O resto vive do comércio de produtos rurais: produtos agrícolas, pescado, carne de caça, frutos silvestres, madeira e outros produtos florestais.

O que existe no entorno de Iquitos?

Alonso- Perto de Iquitos não se vê animais, foi tudo exterminado.Você pode andar 100 km e encontrar apenas uma arara, quando a 100 ou 200 anos elas eram abundantes. Houve uma depredação completa. Você começa a ver bicho quando se afasta cerca de 200 km da cidade.

Mas esta área no entorno de Iquitos é muito rica em biodiversidade.

Alonso- Apesar dos animais grandes terem sido exterminados, há uma série de fatores históricos e geológicos que fazem de Iquitos um hotspot de biodiversidade. A cidade foi fundada sobre uma espécie de protuberância no relevo amazônico, que é muito plano. Para se ter uma idéia, Iquitos está a 3 mil km da foz do rio Amazonas, no Pará, e sua altura sobre o nível do mar é de apenas 100 metros. Então, é praticamente plano daqui até a boca do Amazonas. Mas há pequenas curvaturas no relevo, fenômeno derivado da elevação da cordilheira andina, e nesses lugares um pouco mais elevados não houve inundação dos rios provenientes do Andes em muitos milhões de anos. Neles, a flora e fauna permaneceram como uma relíquia do que antes era a Amazônia, do que antes existia na região. Isso unido à flora e fauna típicas de outras zonas da floresta, transformou Iquitos num tipo de fronteira entre várias biotas, como a brasileira e a andina. Por isso, aqui se encontra um dos registros mais altos do mundo de plantas por hectares, de aves, anfíbios, peixes, etc.

“O ENDEMISMO EM IQUITOS É MAIOR PORQUE HÁ HABITATS DE DISTINTAS ORIGENS, IDADES E TEXTURA DE SOLOS.”

Você descobriu 5 novas espécies de aves recentemente.

Alonso – Esta é uma das provas da riqueza da Amazônia. Até agora só descobrimos uma fração da sua biodiversidade. Há especialistas que chegam a dizer que 50% dos animais e plantas do mundo estão na bacia amazônica. Perto de Iquitos, eu descobri e descrevi, já estão publicadas, cinco espécies de aves novas para a ciência. E há mais três que estamos trabalhando e que provavelmente são novas também. Fora isso, há uma outra dezena de espécies que nunca tinham sido registradas no Peru e que foram encontradas pela primeira vez nessa zona perto de Iquitos, na recém criada Reserva Nacional Ahoya Mishana. Essas aves, não todas, estão associadas aos bosques de areia branca, que no Peru são muito raros, representam menos de 0,01% da floresta amazônica peruana, mas no Brasil são mais abundantes. Principalmente entre a cabeceira do rio Negro e as Guianas. Até em Manaus tem.

E é tão rico em aves como aqui?

Alonso- Os bosques de areia branca tanto no Brasil quanto no Peru são relativamente pobres em espécies, não têm muita diversidade. Mas tem muitas espécies únicas, isso que garante a sua particularidade. O endemismo em Iquitos é maior porque há habitats de distintas origens, idades e textura de solos. A região, próxima aos Andes, é uma zona de confluência de habitats. Tem espécies andinas, tem relíquias de sedimentos de origem dos escudos da Guiana e muitas extensões de bosques amazônicos inundáveis. É fantástico que numa pequena área vivam comunidades diferentes porque cada uma está associada a um tipo de habitat muito particular. Por exemplo, existem cerca de 25 espécies de papagaios na área de Iquitos. Não sei ao certo, mas acredito que em Manaus não exista mais que 17.

Como você se envolveu com as aves?

Alonso – O homem nasce com sua vocação, pelo menos eu nasci. Desde muito pequeno, nas montanhas da Espanha, onde me criei, era aficionado por pássaros. Eu e meus amigos competíamos para ver quem encontrava mais ninhos. Não para roubá-los, mas para conhecê-los. A nossa maior diversão era ver quando chocavam e tal. Ainda jovem, cheguei a participar da Sociedade Espanhola de Ornitologia e continuei com essa paixão ao vim para a América, lugar onde mais desenvolvi essa minha vocação.

Como?

Alonso – Eu vim para a região de Loreto como missionário, mas me entusiasmei com a selva e comecei a querer aprender mais. Na Espanha, tinha estudado filosofia e teologia e quando cheguei aqui decidi estudar biologia. Depois fiz mestrado em manejo em vida silvestre nos Estados Unidos, porque o meu interesse em ornitologia está combinado com um interesse forte pela gente. Eu tento equilibrar o tema cientifico com o tema social, de desenvolvimento das sociedades. Isso sempre foi um a preocupação muito grande, manejo de recursos com as comunidades.

Você ajudou a criar duas reservas.

Alonso – Eu fiz as propostas. A Pucacuru fica na fronteira com o Equador e tem 600 mil hectares. Trata-se de um dos últimos resquícios da floresta tal qual ela era a 100, 200 anos. O rio Pucacuru tem a sorte de não ter nenhuma população humana. As cabeceiras estão no Equador e possui uma inacessibilidade por causa da abundância de mosquitos, ninguém consegue viver lá. Por isso, é uma mata praticamente intacta. Extraíram um pouco de madeira, de fauna silvestre, mas a cabeceira está muito bem conservada. Lá, existem espécies que já sumiram no resto da Amazônia. Como o macaco-aranha, a lontra gigante, a tartaruga-do-amazonas , mas sobretudo macacos grandes. Será uma reserva com áreas intangíveis e outras passíveis de aproveitamento dos recursos com plano de manejo. Estamos trabalhando nisso, é um processo.

“LÁ ESTÃO AS CINCO ESPÉCIES NOVAS QUE EU DESCREVI E OUTRAS 10 NOVAS PARA O PAÍS.”

E a outra Reserva?

Alonso – A outra é a Reserva Nacional Ahoya Mishana, com cerca de 60 mil hectares e a 22 km de Iquitos. Ela foi criada para proteger os bosques de areia branca, raros no Peru. Lá estão as cinco espécies novas que eu descrevi [uma delas é a perlita de Iquitos (polioptela clementsi), foto] e outras 10 novas para o país. Essa região está muito ameaçada porque Iquitos foi fundada exatamente ao lado desses bosques e foram destruídos milhares de hectares. Algumas espécies estão em risco de extinção.

Qual o enfoque do seu trabalho?

Alonso – Trabalho bastante com conservação. Estou convencido, como muitas outras pessoas, que somente a conservação com um enfoque produtivo – não conservar para não tocar, mas conservar para manejar – pode desenvolver as pessoas na Amazônia. Porque a maioria vive dos recursos naturais e silvestres renováveis que estão sendo explorados em excesso. Atualmente, há níveis de pobreza crescentes que são um gravíssimo problema futuro. Há uma desnutrição galopante. Nestas comunidades na beira do rio, mais de 60% das crianças sofrem de desnutrição crônica.

Como, se vivem na selva e sabem caçar e tudo mais?

Alonso – Por causa dessa exploração irracional, que começou há séculos, quase não existem mais animais e peixes. Algumas espécies, como as tartarugas gigantes, foram exterminadas há mais de 100 anos por causa do mercado selvagem de exportação de seus ovos e óleos para Brasil, Peru e Europa. Há muitas histórias sobre isso. Alfred Russel Wallace e Henry Bates descreveram a indústria de exploração de ovos da tartaruga-do-amazonas (Podocnemis expanda) em todo o Brasil para produção de manteiga. Em meados do século XIX, quando eles estiveram por aqui, as populações desta espécie já começavam a diminuir. Eles escrevem que as pessoas se queixavam disso. Hoje, existem apenas algumas populações em muitos poucos lugares.

E a exploração de madeira em Iquitos?

Alonso – Lamentavelmente é uma das principais economias da cidade, porque é uma economia efêmera, não sustentável. As espécies mais valiosas já estão esgotadas, como o cedro e o mogno. O efeito disso sobre a floresta não é tão grave quanto o desmatamento total, claro, mas é muito sério porque a exploração madeireira está unida À exploração da vida silvestre. E quando a exploração de madeira é mecanizada, com tratores, o impacto ecológico é terrível. Mais de 50% da cobertura vegetal é destruída. Às vezes retiram de 40 a 60 árvores por hectare. E junto com cada árvore, tombam várias outras que estavam conectadas a ela por trepadeiras, etc. Calcula-se que a retirada por trator de uma árvore implique na morte de outras mil, de todos os tamanhos.

“COSTUMO DIZER QUE A SELVA ESTÁ DOENTE: NÃO ESTÁ MORTA, MAS ESTÁ IMPACTADA.”

Como está a Amazônia peruana hoje?

Alonso – Cerca de 97 % da floresta peruana não estão destruídos, mas boa parte está impactada pela extração seletiva em diferentes graus. Costumo dizer que a selva está doente: não está morta, mas está impactada. Ao primeiro olhar, a floresta parece saudável, mas faltam muitas espécies importantes para o equilíbrio ecológico. Entre elas a própria tartaruga-do-amazonas, peixes-bois, macacos, aves e peixes grandes. Esses animais ou não existem mais ou sobrevivem em populações tão pequenas que já não têm nenhum tipo de função no ecossistema. Os frutos das árvores caem e apodrecem, porque dependem dos animais para dispersar as sementes. Há, portanto, um desequilíbrio. Estes ecossistemas tão produtivos antes, agora estão doentes, não conseguem alimentar as pessoas que vivem no rio Amazonas, uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo.

O que pode ser feito?

Alonso – Estamos trabalhando agora em um projeto ambicioso que esperamos que seja replicado em outras regiões. Queremos que 80% da floresta sejam manejados pelas próprias comunidades. A nossa experiência mostra que pode ser uma boa alternativa para a Amazônia. Com ajuda do Banco Mundial, implantamos manejo comunitário com populações do rio Nanay e hoje elas talvez tenham dez vezes mais peixes do que tinham há quatro anos. Estão felizes, viram que vale a pena conservar seus recursos e maneja-los. O ecossistema amazônico é frágil, exige um manejo muito extensivo e de baixa intensidade. Não suporta uma grande pressão de caça ou pesca.

Não existe o risco das comunidades venderem as terras ou explorá-las para terceiros?

Alonso – Pelas leis peruanas, elas não podem repassar os terrenos. E na nossa proposta exigimos a proibição da entrada de estrangeiros para fins comerciais. A população só deve extrair os recursos da floresta em pequenas quantidades, para sua subsistência. Não será permitida a extração florestal mecânica, com tratores, e certas atividades econômicas mais daninhas como caça comercial. É importante ressaltar que essas atividades serão realizadas em áreas que não são reservas, mas em terras do governo, que detém cerca de 60% do território de Loreto.

Explica a importância desta província.

Alonso – Loreto representa quase 40 % do território peruano e é a área de floresta amazônica do país. Suas matas estão bem preservadas, mas são mal manejadas. Por estarem próximas dos Andes, elas são muito mais ricas por área. Um hectare de floresta em Iquitos tem mais espécies que um hectare em Manaus. Para o tema da conservação é muito importante, ainda mais que estamos falando da cabeceira da bacia.Você não pode dizer eu a destruo e pouco me importa o resto do mundo. Afinal a Amazônia contém 1/5 da água doce do planeta. De água não contaminada talvez mais.

Mas já começaram a contaminar.

Alonso – Sim. E acredito que o Brasil é um dos países amazônicos mais prejudicados pelas atividades de mineração e de narcotráfico de Peru, Colômbia, Bolívia e Equador. Eles jogam no rio substâncias tóxicas que terminam nos estômagos dos moradores de Manaus e Belém. Os grandes bagres consumidos nesses centros urbanos têm mercúrio e cádmio provenientes do Peru. Esses peixes são filtros naturais e comem peixes que absorvem todos os metais pesados retidos nas vertentes andinas. Este é um tema que se tem que cuidar muito.

Por que os brasileiros devem se preocupar com o que acontece na Amazônia Peruana?

Alonso – O que se passa no baixo Amazonas, depende do que acontece na parte alta. Cerca de 50% da água do rio Amazonas são fornecidos pela floresta peruana. Se destruirmos nossas matas, só chegará ao Brasil metade da água. E ela estará muito contaminada e cheia de barro. Além disso, muitos peixes que hoje alimentam as pessoas na Amazônia brasileira possivelmente não conseguiriam reproduzir porque não haveria mais as inundações.

Já foi comprovado que quando uma bacia é desmatada, os peixes desaparecem. Eles dependem de fluxos e fenômenos muito delicados. Do ponto de vista climático, podem produzir enormes secas como a do ano passado, que foi fruto de um fenômeno meteorológico, mas agravada em boa medida pelo desmatamento realizado em toda bacia.

Quais são os problemas mais graves da Amazônia peruana?

Alonso – Há muitos, mas são localizados. Contaminação por atividades de companhias de petróleo e mineração é gravíssimo. A degradação do ecossistema em todas as partes também. O problema do desmatamento em si ocorre com mais intensidade no pé dos Andes, entre 800 e 3 mil metros de altitude, para onde várias pessoas migraram motivadas pelas plantações de café, cacau e coca. Já as petroleiras exploram a selva andina próxima à fronteira com o Equador.

O Peru conta com apoio de ONGs para proteger a Amazônia?

Alonso – O Greenpeace, por exemplo, não age no Peru, e não há ONGs tão militantes quantos eles porque todas dependem de financiamento de grandes companhias que têm interesse mesclados. Portanto, as ONGs não denunciam agressões ao meio ambiente, como o corte de mogno. Calcula-se que 95% do comércio desta madeira no Peru sejam ilegais. Isto é gravíssimo e o estado permite, ninguém fala nada. Eu denunciei (leia reportagem premiada) e fui ameaçado de morte. As pessoas do primeiro mundo deveriam saber que o mogno que compram é fruto de miséria e exploração ilegal, apesar das peças terem etiquetas garantindo que vieram de florestas manejadas. É uma farsa.

Para onde este mogno é vendido?

Alonso – Estados Unidos, Europa e Japão. São os que podem pagar por mesas de mogno. Eles também deveriam ser denunciados, porque são cúmplices desse crime que ocasiona verdadeiros genocídios. Os madeireiros invadem terras indígenas de tribos não contatadas e provocam graves conflitos. Às vezes acontece enfretamento com os próprios madeireiros, mas o mais comum são os índios fugirem do barulho das motosserras e invadirem território de outras populações indígenas, o que vira uma guerra.

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