A imagem abaixo captada, no dia 21 de agosto, pelo sensor Modis do satélite Terra, da Nasa, dá uma amostra do que ocorreu no sul do Pará no mês anterior, quando o estado liderou o aumento do desmatamento na Amazônia. Segundo anúncio feito nesta segunda (dia 29) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a taxa de devastação na floresta dobrou no mês de agosto em comparação com o mês anterior, atingindo 752 km2.
Na imagem acima, pode -se ver a concentração de queimadas (um dos indícios do avanço da devastação) na área de influência da BR 163, estrada que liga Cuiabá a Santarém e está sendo asfaltada pelo Governo Federal. Em seu entorno para conter a devastação foram criadas várias unidades de conservação, que como já mostrou o Monitor também estão em chamas. Aliás o exemplo da BR 163 como um indutor de desmatamento foi o que levou o Ministério do Meio Ambiente a cancelar o licenciamento de outra rodovia na Amazônia, a BR 319. Leia reportagem sobre o tema. Abaixo, também em uma imagem do Satélite Terra com arte d’OEco, pode-se enxergar o que foi que assustou o ministro Carlos Minc e o fez parar a licença para o asfaltamento. A foto foi tirada pelo sensor Modis no dia 30 de agosto. Os pontos vermelhos são as queimadas, que segundo informações recentes avançam cada vez mais de Rondônia para o sul do Amazonas (G. Faleiros)
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →




