Na pauta, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Porto graneleiro da Cargill, uma verdadeira exceção às regras de licenciamento ambiental, pois pela primeira vez no Brasil um estudo é realizado posteriormente à conclusão da obra.
A audiência permitirá a participação de instituições ambientalista, como o Greenpeace, o Ministério Público do Pará e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém, que por anos tem sido os mais aguerridos em apontar os danos de se ter um porto exportador de grãos em região de floresta amazônica. A chegada do terminal graneleiro ao Porto paraense sem base em um EIA só agravou a disputa econômica e o desmatamento na região.
Com a divulgação da possibilidade de expansão da capacidade do porto da Cargill, e com mais três lotes disponíveis para arrendamento, as entidades afirmam que a Amazônia sofrerá uma intensificação do desmatamento e um novo ciclo de expansão da soja.
O EIA é o relatório responsável por medir impactos ao meio ambiente por obras de grande escala. Serve de respaldo científico na elaboração de mitigação e resolução dos impactos.
Evento: Audiência Pública do EIA/Rima do Porto Graneleiro da Cargill
Quando: 14/07 – quarta-feira, às 9h
Onde: Iate Clube de Santarém – Rua 24 de outubro, 3718.
Leia também

Frear abate e consumo de tubarões é uma prioridade da pauta animal no Congresso
A agenda de entidades civis também pode impulsionar leis que endurecem as sanções contra a caça, o tráfico e os maus-tratos →

ONGs pedem que Lula defenda Marina Silva após ataques de ruralistas
Manifesto alerta que ofensiva contra a ministra do Meio Ambiente afeta compromissos ambientais do Brasil; Marina foi chamada de "câncer" por deputado do PP →

Governo Federal embarga 544 propriedades com ilícitos ambientais em Altamira
Proprietários de terra preparam reação. “Isso vai virar guerra civil”, diz morador local →