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As 10 florestas mais ameaçadas do mundo

A ONU deu início oficial ao Ano Internacional das Florestas. A Conservação Internacional listou os habitats que precisam ser protegidos.

Redação ((o))eco ·
4 de fevereiro de 2011 · 14 anos atrás

Esta semana, a ONU deu início oficial ao Ano Internacional das Florestas. A importância dos ecossistemas florestais, frisaram diversas autoridade reunidas em Nova York nesta semana para a 9a sessão do comitê de florestas, é inestimável para diversas espécies do planeta. Veja aqui mensagem do secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon.

No lançamento do Ano Internacional das Florestas, a  Conservação Internacional organizou um lista com as 10 regiões florestadas sob maior ameaça em todo mundo. A Mata Atlântica foi listada em 5o lugar. Veja abaixo as fotos e explicações para cada uma das regiões.

1 – Regiões da Indo-Birmânia (Ásia-Pacífico)

Os rios e pântanos desse hotspot são extremamente importantes para a conservação de aves, tartarugas e peixes de água doce, incluindo alguns dos maiores peixes de água doce do mundo. O Lago Tonle Sap e o Rio Mekong são hábitats para a lampreia gigante Mekong (Pangasianodon gigas) e a carpa dourada de Jullien (Probarbus jullieni). Seus ecossistemas aquáticos estão sob intensa pressão em diversas áreas, e muitas áreas alagáveis de suas planícies aluviais de água doce foram destruídas  pelo cultivo de arroz. Os rios foram represados para gerar eletricidade, resultando no alagamento de bancos de areia e outros hábitats que normalmente seriam expostos durante a estação seca, com impactos severos sobre ninhos de aves e espécies de tartarugas. A conversão de mangues em reservatórios de aquicultura de camarão, a pesca excessiva e o uso de técnicas de pesca destrutiva são também problemas graves para os ecossistemas costeiros e de água doce. Hoje subsistem apenas 5% do hábitat original. (foto: © Conservation International/ Sitha Som)
Os rios e pântanos desse hotspot são extremamente importantes para a conservação de aves, tartarugas e peixes de água doce, incluindo alguns dos maiores peixes de água doce do mundo. O Lago Tonle Sap e o Rio Mekong são hábitats para a lampreia gigante Mekong (Pangasianodon gigas) e a carpa dourada de Jullien (Probarbus jullieni). Seus ecossistemas aquáticos estão sob intensa pressão em diversas áreas, e muitas áreas alagáveis de suas planícies aluviais de água doce foram destruídas pelo cultivo de arroz. Os rios foram represados para gerar eletricidade, resultando no alagamento de bancos de areia e outros hábitats que normalmente seriam expostos durante a estação seca, com impactos severos sobre ninhos de aves e espécies de tartarugas. A conversão de mangues em reservatórios de aquicultura de camarão, a pesca excessiva e o uso de técnicas de pesca destrutiva são também problemas graves para os ecossistemas costeiros e de água doce. Hoje subsistem apenas 5% do hábitat original. (foto: © Conservation International/ Sitha Som)

2 – Nova Zelândia (Oceania)

Um arquipélago montanhoso uma vez dominado pelas florestas temperadas, a Nova Zelândia é uma terra de paisagens variadas e abriga extraordinários índices de espécies endêmicas, incluindo seu representante mais famoso, o kiwi. Nenhum de seus mamíferos, anfíbios ou répteis é encontrado em outro lugar do mundo. Curiosamente, as duas espécies registradas de mamíferos terrestres endêmicos são morcegos. Hoje, espécies invasoras representam uma séria ameaça à flora e à fauna das ilhas da Nova Zelândia. Com a chegada dos europeus no início do século 19, foram levadas ao arquipélago 34 espécies exóticas de mamíferos (incluindo gambás, coelhos, gatos, cabras e furões) e centenas de espécies de ervas daninhas invasoras. Somando-se o impacto da caça e da destruição de hábitats, os últimos duzentos anos testemunharam a extinção de inúmeras espécies de aves, invertebrados, plantas e de um morcego e um peixe endêmicos. Diversas outras espécies sobrevivem apenas em pequenas populações nas ilhas. A destruição de hábitats, de florestas e a drenagem de pântanos são também problemas-chave. Há apenas 5% de remanescentes do hábitat original do arquipélago. (foto: © Conservation International/  Bruce Beehler)
Um arquipélago montanhoso uma vez dominado pelas florestas temperadas, a Nova Zelândia é uma terra de paisagens variadas e abriga extraordinários índices de espécies endêmicas, incluindo seu representante mais famoso, o kiwi. Nenhum de seus mamíferos, anfíbios ou répteis é encontrado em outro lugar do mundo. Curiosamente, as duas espécies registradas de mamíferos terrestres endêmicos são morcegos. Hoje, espécies invasoras representam uma séria ameaça à flora e à fauna das ilhas da Nova Zelândia. Com a chegada dos europeus no início do século 19, foram levadas ao arquipélago 34 espécies exóticas de mamíferos (incluindo gambás, coelhos, gatos, cabras e furões) e centenas de espécies de ervas daninhas invasoras. Somando-se o impacto da caça e da destruição de hábitats, os últimos duzentos anos testemunharam a extinção de inúmeras espécies de aves, invertebrados, plantas e de um morcego e um peixe endêmicos. Diversas outras espécies sobrevivem apenas em pequenas populações nas ilhas. A destruição de hábitats, de florestas e a drenagem de pântanos são também problemas-chave. Há apenas 5% de remanescentes do hábitat original do arquipélago. (foto: © Conservation International/ Bruce Beehler)

3 – Sunda (Indonésia, Malásia e Brunei – Ásia-Pacífico)

O hotspot de Sunda cobre a metade ocidental do arquipélago Indo-Maláio, um arco de cerca de 17 mil ilhas equatoriais, dominado pelas duas maiores ilhas do mundo: Boréo e Sumatra. Suas espetaculares flora e fauna estão sucumbindo devido ao crescimento explosivo da indústria florestal e do comércio internacional de animais que consome tigres, macacos e espécies de tartarugas para alimentos e remédios em outros países. Populações de orangotangos, encontradas apenas nessas florestas, estão em dramático declínio. Alguns dos maiores refúgios de espécies de rinocerontes do sudeste asiático são também encontrados nas ilhas de Java e Sumatra. Assim como ocorre na maioria das áreas tropicais, suas florestas estão sendo dizimadas para usos comerciais. A produção de borracha, óleo de dendê e celulose são os três principais fatores que levam à degradação e destruição da biodiversidade de Sunda. Em Sumatra, o corte e extração insustentável e ilegal de madeira e outros produtos florestais são generalizados para abastecer a alta demanda da China, América do Norte, Europa e Japão. Hoje, apenas cerca de 7% da extensão original da floresta permanecem mais ou menos intactos.(© Conservation International/Haroldo Castro)
O hotspot de Sunda cobre a metade ocidental do arquipélago Indo-Maláio, um arco de cerca de 17 mil ilhas equatoriais, dominado pelas duas maiores ilhas do mundo: Boréo e Sumatra. Suas espetaculares flora e fauna estão sucumbindo devido ao crescimento explosivo da indústria florestal e do comércio internacional de animais que consome tigres, macacos e espécies de tartarugas para alimentos e remédios em outros países. Populações de orangotangos, encontradas apenas nessas florestas, estão em dramático declínio. Alguns dos maiores refúgios de espécies de rinocerontes do sudeste asiático são também encontrados nas ilhas de Java e Sumatra. Assim como ocorre na maioria das áreas tropicais, suas florestas estão sendo dizimadas para usos comerciais. A produção de borracha, óleo de dendê e celulose são os três principais fatores que levam à degradação e destruição da biodiversidade de Sunda. Em Sumatra, o corte e extração insustentável e ilegal de madeira e outros produtos florestais são generalizados para abastecer a alta demanda da China, América do Norte, Europa e Japão. Hoje, apenas cerca de 7% da extensão original da floresta permanecem mais ou menos intactos.(© Conservation International/Haroldo Castro)

4 – Filipinas (Ásia-Pacífico)

Mais de 7.100 ilhas estão dentro das fronteiras do hotspot das Filipinas, identificado como um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo. Diversas espécies endêmicas estão confinadas a fragmentos de florestas que cobrem apenas 7% da extensão original do hotspot. Isso inclui cerca de 6 mil espécies de plantas e diversas espécies de aves tais como a águia das Filipinas (Pithecophaga jefferyi), a segunda maior águia do mundo. Anfíbios endêmicos são também extraordinariamente grandes e ostentam espécies únicas tais como o sapo voador pantera (Rhacophorus pardalis), que passou por diversas adaptações para planar, incluindo abas extras na pele e membranas entre os dedos para gerar elevação ao planar. As florestas filipinas são também uma das áreas em maior perigo de destruição. Historicamente devastadas pela atividade madeireira, os hoje poucos remanescentes estão sendo dizimados pela agricultura e para acomodar as necessidades da alta taxa de crescimento populacional e severa pobreza rural do país. O sustento de cerca de 80 milhões de pessoas depende principalmente de recursos naturais provenientes das florestas.  (foto: © Olivier Langrand)
Mais de 7.100 ilhas estão dentro das fronteiras do hotspot das Filipinas, identificado como um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo. Diversas espécies endêmicas estão confinadas a fragmentos de florestas que cobrem apenas 7% da extensão original do hotspot. Isso inclui cerca de 6 mil espécies de plantas e diversas espécies de aves tais como a águia das Filipinas (Pithecophaga jefferyi), a segunda maior águia do mundo. Anfíbios endêmicos são também extraordinariamente grandes e ostentam espécies únicas tais como o sapo voador pantera (Rhacophorus pardalis), que passou por diversas adaptações para planar, incluindo abas extras na pele e membranas entre os dedos para gerar elevação ao planar. As florestas filipinas são também uma das áreas em maior perigo de destruição. Historicamente devastadas pela atividade madeireira, os hoje poucos remanescentes estão sendo dizimados pela agricultura e para acomodar as necessidades da alta taxa de crescimento populacional e severa pobreza rural do país. O sustento de cerca de 80 milhões de pessoas depende principalmente de recursos naturais provenientes das florestas. (foto: © Olivier Langrand)

5 – Mata Atlântica (América do Sul)

A Mata Atlântica se estende por toda a costa atlântica brasileira, alongando-se para partes do Paraguai, Argentina e Uruguai, incluindo também ilhas oceânicas e o arquipélago de Fernando de Noronha. A Mata Atlântica abriga 20 mil espécies de plantas, sendo 40% delas endêmicas. Ainda assim, menos de 10% da floresta permanece de pé. Mais de duas dúzias de espécies de vertebrados ameaçadas de extinção – listadas na categoria “Criticamente em Perigo” - estão lutando para sobreviver na região, incluindo leões-marinhos e seis espécies de aves que habitam uma pequena faixa da floresta no Nordeste. Começando com o ciclo da cana-de-açúcar, seguido das plantações de café, a região vem sendo desmatada há centenas de anos. Agora, a Mata Atlântica está enfrentando pressão por conta da crescente urbanização e industrialização do Rio de Janeiro e São Paulo. Mais de 100 milhões de pessoas, além da indústria têxtil, agricultura, fazendas de gado e atividade madeireira da região dependem do suprimento de água doce desse remanescente florestal. (© Conservation International/photo by John Martin)
A Mata Atlântica se estende por toda a costa atlântica brasileira, alongando-se para partes do Paraguai, Argentina e Uruguai, incluindo também ilhas oceânicas e o arquipélago de Fernando de Noronha. A Mata Atlântica abriga 20 mil espécies de plantas, sendo 40% delas endêmicas. Ainda assim, menos de 10% da floresta permanece de pé. Mais de duas dúzias de espécies de vertebrados ameaçadas de extinção – listadas na categoria “Criticamente em Perigo” – estão lutando para sobreviver na região, incluindo leões-marinhos e seis espécies de aves que habitam uma pequena faixa da floresta no Nordeste. Começando com o ciclo da cana-de-açúcar, seguido das plantações de café, a região vem sendo desmatada há centenas de anos. Agora, a Mata Atlântica está enfrentando pressão por conta da crescente urbanização e industrialização do Rio de Janeiro e São Paulo. Mais de 100 milhões de pessoas, além da indústria têxtil, agricultura, fazendas de gado e atividade madeireira da região dependem do suprimento de água doce desse remanescente florestal. (© Conservation International/photo by John Martin)

Mais fotos – A serenidade da Mata Atlântica, por Marcos Sá Corrêa

6 – Montanhas do Centro-Sul da China (Ásia)

As Montanhas do Centro-Sul da China apresentam uma ampla gama de hábitats incluindo a flora temperada com a maior taxa de endemismo no mundo. O ameaçado panda gigante (Ailuropoda melanoleuca), que é quase totalmente restrito a essas pequenas florestas, é a bandeira da conservação da região. Essas montanhas também alimentam a maioria dos sistemas hídricos da Ásia, incluindo diversas ramificações do rio Yangtze. O Rio Mekong corta a província de Yunnan e o Laos, o Camboja e o Vietnã em seu curso até o mar do sul da China. O Nujiang atinge o Oceano Índico pela província de Yunnan e Burma. As atividades ilegais de caça, coleta de lenha e pastagem são algumas das principais ameaças à biodiversidade da região. A construção da maior barragem do mundo, a de Três Gargantas, no rio Yangtze, já ameaçou e continua ameaçando fortemente a biodiversidade da área. A construção de barragens está sendo planejada em todos os rios principais da floresta, o que deve afetar os ecossistemas e a subsistência de milhões de pessoas. Ao todo, apenas cerca de 8% da extensão original do hotspot permanecem em condições inalteradas. (© Conservation International / photo by Piotr Naskrecki)
As Montanhas do Centro-Sul da China apresentam uma ampla gama de hábitats incluindo a flora temperada com a maior taxa de endemismo no mundo. O ameaçado panda gigante (Ailuropoda melanoleuca), que é quase totalmente restrito a essas pequenas florestas, é a bandeira da conservação da região. Essas montanhas também alimentam a maioria dos sistemas hídricos da Ásia, incluindo diversas ramificações do rio Yangtze. O Rio Mekong corta a província de Yunnan e o Laos, o Camboja e o Vietnã em seu curso até o mar do sul da China. O Nujiang atinge o Oceano Índico pela província de Yunnan e Burma. As atividades ilegais de caça, coleta de lenha e pastagem são algumas das principais ameaças à biodiversidade da região. A construção da maior barragem do mundo, a de Três Gargantas, no rio Yangtze, já ameaçou e continua ameaçando fortemente a biodiversidade da área. A construção de barragens está sendo planejada em todos os rios principais da floresta, o que deve afetar os ecossistemas e a subsistência de milhões de pessoas. Ao todo, apenas cerca de 8% da extensão original do hotspot permanecem em condições inalteradas. (© Conservation International / photo by Piotr Naskrecki)

7 – Província Florística da Califórnia (América do Norte)

A Província Florística da Califórnia é uma zona de clima do tipo mediterrâneo, que possui altos índices de plantas endêmicas. É o lar da sequoia gigante, o maior organismo vivo do planeta, e alguns dos últimos condores da Califórnia, a maior ave da América do Norte. É o local de maior reprodução de aves dos Estados Unidos. Diversas espécies de grandes mamíferos antes encontrados nesse local estão extintas, incluindo o urso cinzento (Ursus arctos), que aparece na bandeira da Califórnia e tem sido símbolo do estado há mais de 150 anos. A vasta destruição causada pela agricultura comercial é uma grande ameaça para a região, que gera metade de todos os produtos agrícolas utilizados pelos consumidores dos EUA. O hotspot é também fortemente ameaçado pela expansão de áreas urbanas, poluição e construção de estradas, o que tornou a Califórnia um dos quatro estados mais ambientalmente degradados do país. Hoje, apenas cerca de 10% da vegetação original permanecem mais ou menos intactos. (foto: © William Crosse)
A Província Florística da Califórnia é uma zona de clima do tipo mediterrâneo, que possui altos índices de plantas endêmicas. É o lar da sequoia gigante, o maior organismo vivo do planeta, e alguns dos últimos condores da Califórnia, a maior ave da América do Norte. É o local de maior reprodução de aves dos Estados Unidos. Diversas espécies de grandes mamíferos antes encontrados nesse local estão extintas, incluindo o urso cinzento (Ursus arctos), que aparece na bandeira da Califórnia e tem sido símbolo do estado há mais de 150 anos. A vasta destruição causada pela agricultura comercial é uma grande ameaça para a região, que gera metade de todos os produtos agrícolas utilizados pelos consumidores dos EUA. O hotspot é também fortemente ameaçado pela expansão de áreas urbanas, poluição e construção de estradas, o que tornou a Califórnia um dos quatro estados mais ambientalmente degradados do país. Hoje, apenas cerca de 10% da vegetação original permanecem mais ou menos intactos. (foto: © William Crosse)

Mais sobre as florestas da Califórnia – Leia “Para sempre Redwood”, por Karina Miotto

8 – Florestas Costeiras da África Oriental (África)

Apesar de pequenos e fragmentados, os remanescentes que formam as Florestas Costeiras da África Oriental contêm níveis extraordinários de biodiversidade. As 40 mil variedades cultivadas da violeta africana, que forma a base de um comércio global de folhagens que movimenta US$100 milhões anualmente, são todas derivadas de um punhado de espécies encontradas nas florestas costeiras da Tanzânia e do Quênia. Cerca de 200 mamíferos são encontrados no hotspot, sendo 11 endêmicos, incluindo o musaranho-elefante (Rhynchocyon chrysopygus). Os primatas são espécies-símbolo para esse hotspot, incluindo três espécies de macacos endêmicos, duas das quais podem ser encontradas ao longo do rio Tana, que corta o Quênia Central. A expansão agrícola continua sendo a maior ameaça para as Florestas Costeiras da África Oriental. Devido à pobre qualidade do solo e a uma tendência de crescimento populacional, a agricultura de subsistência, assim como as fazendas comerciais, continua a consumir mais e mais dos recursos naturais da região, com apenas 10% restante das florestas originais.(© Robin Moore/iLCP)
Apesar de pequenos e fragmentados, os remanescentes que formam as Florestas Costeiras da África Oriental contêm níveis extraordinários de biodiversidade. As 40 mil variedades cultivadas da violeta africana, que forma a base de um comércio global de folhagens que movimenta US$100 milhões anualmente, são todas derivadas de um punhado de espécies encontradas nas florestas costeiras da Tanzânia e do Quênia. Cerca de 200 mamíferos são encontrados no hotspot, sendo 11 endêmicos, incluindo o musaranho-elefante (Rhynchocyon chrysopygus). Os primatas são espécies-símbolo para esse hotspot, incluindo três espécies de macacos endêmicos, duas das quais podem ser encontradas ao longo do rio Tana, que corta o Quênia Central. A expansão agrícola continua sendo a maior ameaça para as Florestas Costeiras da África Oriental. Devido à pobre qualidade do solo e a uma tendência de crescimento populacional, a agricultura de subsistência, assim como as fazendas comerciais, continua a consumir mais e mais dos recursos naturais da região, com apenas 10% restante das florestas originais.(© Robin Moore/iLCP)

Mais fotos – veja “Adeus Colobo-Vermelho”, por Aditya Swami

9 – Madagascar e ilhas do Oceano Índico (África)

Este hotspot é um exemplo vivo da evolução de espécies em isolamento. Apesar da proximidade com a África, as ilhas não compartilham quaisquer dos grupos típicos de animais do continente vizinho. Ao invés disso, elas contêm uma exuberante coleção única de espécies, com altos níveis de endemismo. Madagascar e o grupo de ilhas vizinhas possuem um total impressionante de oito famílias de plantas, quatro famílias de aves e cinco famílias de primatas que não existem em nenhum outro lugar da Terra. As mais de 50 espécies de lêmures de Madagascar são os carismáticos embaixadores para a conservação da ilha, embora diversas espécies já tenham entrado em extinção. Em uma área que é das mais prejudicadas economicamente no mundo, a alta taxa de crescimento populacional está colocando uma enorme pressão sobre o ambiente natural. A agricultura, a caça e a extração não sustentável de madeira, além da mineração em grande e pequena escalas, são ameaças crescentes. Estima-se que restam apenas 10% do hábitat original. A proteção desses remanescentes é de suma importância já que metade da população não tem acesso adequado à água doce. (foto: © Cristina Mittermeier/ iLCP)
Este hotspot é um exemplo vivo da evolução de espécies em isolamento. Apesar da proximidade com a África, as ilhas não compartilham quaisquer dos grupos típicos de animais do continente vizinho. Ao invés disso, elas contêm uma exuberante coleção única de espécies, com altos níveis de endemismo. Madagascar e o grupo de ilhas vizinhas possuem um total impressionante de oito famílias de plantas, quatro famílias de aves e cinco famílias de primatas que não existem em nenhum outro lugar da Terra. As mais de 50 espécies de lêmures de Madagascar são os carismáticos embaixadores para a conservação da ilha, embora diversas espécies já tenham entrado em extinção. Em uma área que é das mais prejudicadas economicamente no mundo, a alta taxa de crescimento populacional está colocando uma enorme pressão sobre o ambiente natural. A agricultura, a caça e a extração não sustentável de madeira, além da mineração em grande e pequena escalas, são ameaças crescentes. Estima-se que restam apenas 10% do hábitat original. A proteção desses remanescentes é de suma importância já que metade da população não tem acesso adequado à água doce. (foto: © Cristina Mittermeier/ iLCP)

Mais fotos – veja “A biodiversidade de Madagascar”, por Cristana Mittermeir

10 – Florestas de Afromontane (África Oriental)

As montanhas do hotspot de Afromontane Oriental são dispersas ao longo da extremidade oriental da África, desde a Arábia Saudita ao norte até o Zimbábue ao sul. Embora geograficamente dispersas, as montanhas que compreendem esse hotspot possuem flora extraordinariamente similar. O gênero de árvore mais frequente é o Podocarpus, embora o Juniperus seja encontrado em florestas mais secas da África nordeste e oriental. Uma zona de bambu é normalmente encontrada entre as altitudes de 2 e 3 mil metros, acima da qual existe uma zona de floresta Hagenia, até uma altitude de 3.600 metros. O Vale do Rift abriga mais mamíferos, aves e anfíbios endêmicos do que qualquer outra região da África. O evento geográfico que criou as montanhas desse hotspot também gerou alguns dos mais extraordinários lagos do mundo. Devido aos grandes lagos, um grande montante de diversidade de peixes de água doce pode ser encontrado na região, que é o hábitat de 617 espécies endêmicas. Assim como na maioria das áreas tropicais, a principal ameaça a essas florestas é a expansão da agricultura, especialmente com grandes plantações de banana, feijão e chá. Outra ameaça relativamente nova, que coincide com o aumento da população, é o crescente mercado de carne. Hoje, apenas 11% de seu hábitat original permanecem intactos. (foto: © Robin Moore/iLCP)
As montanhas do hotspot de Afromontane Oriental são dispersas ao longo da extremidade oriental da África, desde a Arábia Saudita ao norte até o Zimbábue ao sul. Embora geograficamente dispersas, as montanhas que compreendem esse hotspot possuem flora extraordinariamente similar. O gênero de árvore mais frequente é o Podocarpus, embora o Juniperus seja encontrado em florestas mais secas da África nordeste e oriental. Uma zona de bambu é normalmente encontrada entre as altitudes de 2 e 3 mil metros, acima da qual existe uma zona de floresta Hagenia, até uma altitude de 3.600 metros. O Vale do Rift abriga mais mamíferos, aves e anfíbios endêmicos do que qualquer outra região da África. O evento geográfico que criou as montanhas desse hotspot também gerou alguns dos mais extraordinários lagos do mundo. Devido aos grandes lagos, um grande montante de diversidade de peixes de água doce pode ser encontrado na região, que é o hábitat de 617 espécies endêmicas. Assim como na maioria das áreas tropicais, a principal ameaça a essas florestas é a expansão da agricultura, especialmente com grandes plantações de banana, feijão e chá. Outra ameaça relativamente nova, que coincide com o aumento da população, é o crescente mercado de carne. Hoje, apenas 11% de seu hábitat original permanecem intactos. (foto: © Robin Moore/iLCP)

 

Todas as legendas das fotos foram cedidas pela Conservação Internacional 

 

Para saber mais sobre florestas, veja nossa cobertura completa

 

 

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