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A ideia da geoengenharia é neutralizar o aquecimento global através de mecanismos artificiais de controle da incidência de radiação solar sobre a superfície terrestre e de sequestro do CO2 atmosférico, retido por plantas, terrestres e aquáticas, e em formações geológicas profundas. Porém cada um dos mecanismos possui pontos fracos bastante relevantes: bloquear a luz solar seria eficiente para resfriar o planeta, mas não resolveria os problemas colaterais da alta concentração de gases estufa na atmosfera, como a acidificação dos oceanos. Já a retenção do carbono esbarra na inviabilidade econômica, no caso dos reservatórios geológicos, e no atentado à biodiversidade provocado por algumas das técnicas propostas, como a fertilização dos oceanos.
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Vários estudos estão sendo desenvolvidos no intuito de esclarecer as consequências de uma mudança climática artificial de âmbito global. Entretanto, os especialistas concordam em afirmar que ainda é muito cedo para assegurar a eficácia dos métodos de geoengenharia e garantir que seus efeitos sejam controlados e não provoquem desastres ambientais. “Por enquanto, nós não temos outra alternativa senão reduzir fortemente as emissões de gases estufa”, conclui Paulo Artaxo.
*Mateus Marcel Netzel é estudante de jornalismo e participa do projeto Repórter do Futuro, do Instituto Oboré.
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