O estudo foi realizado com dois usuários diários da bicicleta como meio de transporte entre casa-trabalho-casa, um residente no Rio de Janeiro e o outro de Porto Alegre. O valor médio do custo, por quilômetro, no deslocamento diário de bicicleta foi estimado em R$0,121/km, enquanto um automóvel movido a gasolina gasta R$0,763/km, o deslocamento de ônibus custa R$0,324/km e de moto fica em R$0,481/km.
Vantagens que vão além da agilidade são destacadas pelo pesquisador: a bike não contribui para a poluição atmosférica e agravamento do efeito estufa, tem uma estrutura física de pequena envergadura, que consome pouco material e espaço, podendo ser considerada o veículo mais acessível para a população de baixa renda. O custo de aquisição de uma bicileta de uso urbano, aro 26 (marcas Caloi, Ox Bike ou Sundown Sun) e dos acessórios obrigatórios que devem ser utilizados no deslocamento, chegou a valores que não ultrapassam os 650 reais.
Outros custos estimados pelo engenheiro foram a depreciação do veículo, mostrando que após quatro anos de uso a bicileta desvaloriza apenas cerca de 200 reais para a revenda; o consumo, resultado negativo já que a magrela não exige qualquer tipo de combustível, bem como os custos sociais e de impostos, também negativos pelo fato de não haver cobranças oficiais e de não haver emissão de poluentes ou qualquer tipo de impacto para a sociedade com esse meio de transporte.
A esperança do pesquisador é que o seu estudo possa contribuir para que outros centros urbanos realizem o mesmo levantamento e possam estimar os custos e vantagens do uso da magrela como meio de transporte. Talvez, assim, os administradores públicos percebam a importância de investir na estrutura urbana para estimular e possibilitar o uso da bicicleta.
A realidade de um apaixonado por bicicletas
|
Leia também
Um marco no jornalismo ambiental brasileiro
Dar voz a bichos e plantas, através daqueles que se interessam em protegê-los, é um dos valores éticos do site O Eco, criado por Marcos Sá Corrêa em parceria com Kiko Brito e Sérgio Abranches →
Para engrossar as penas por danos climáticos do desmatamento ilegal
Informações científicas reunidas por Abrampa e Ipam reforçam formas de garantir atuação jurídica mais efetiva para o crime, em todos os biomas →
Por que Brasília queima todos os anos?
Temos uma significativa quantidade de áreas florestadas no Distrito Federal e, junto a isso, um dos climas mais secos do continente →
todos deveriam adotar o uso da bicicleta ! muito bom e faz bem a saúde