A pressão da siderurgia sobre o Pantanal sul-matogrossense parecem não ter fim. Durante fiscalizações do Ibama no Estado para identificação da origem do carvão vegetal usado nos fornos do Complexo Siderúrgico do MS, o órgão identificou que grandes empresas estão se beneficiando até do trabalho de assentamentos instalados na borda do Pantanal. Segundo técnicos do Ibama em Campo Grande, o desmatamento nestas áreas ocorre de duas formas: por meio do aluguel do lote para instalação de carvoarias ou com o corte feito pelos próprios carvoeiros. O aluguel mensal do lote é de cerca de 500 reais. O metro cúbico de carvão na região não sai por menos de 100 reais. Valores tentadores para uma população instalada em área sem vocação agrícola.
Leia também
Candidatos nas campeãs de desmatamento na Amazônia acumulam irregularidades ambientais
Levantamento exclusivo mostra que 63 candidatos-fazendeiros têm problemas em suas propriedades. Em São Félix do Xingu (PA), prefeito condenado por mentir para atrapalhar desintrusão de terra indígena tenta se reeleger →
Amazônia branca: sem proteger a Antártida, adeus clima
Itamaraty precisa fortalecer o papel do Brasil na proteção da Antártida e mandar delegação qualificada para a reunião da Convenção para os Recursos Vivos Marinhos Antárticos →
Extrema direita pode levar a Amazônia ao ponto de não retorno, dizem pesquisadores
Artigo assinado por 14 pesquisadores de diferentes instituições alerta para perigo da eleição de políticos de extrema direita em municípios com grande desmatamento →