Salada Verde
Mudam peças, segue programa
Há poucos dias, a ong maranhense Amavida - Associação Maranhense para a Conservação da Natureza enviou ofício (veja aqui) ao ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) pedindo a criação de uma Secretaria Nacional de Prevenção e Combate à Desertificação, solicitando mais recursos para combater o problema no Nordeste e Sudeste e, ainda, a permanência e ampliação da equipe que trata do tema dentro do Ministério do Meio Ambiente. Dos nove servidores do time, apenas três são efetivos. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável Egon Krakhecke, por meio da assessoria de imprensa da pasta, informou desconhecer a manifestação não-governamental e que o trabalho do ministério envolvendo desertificação não está ameaçado. Pode ocorrer, no máximo, substituições na equipe. Procurada por O Eco, a ASA - Articulação do Semi-Árido disse desconhecer tal ameaça ao andamento dos trabalhos a partir do ministério. A entidade agrupa mais de 700 igrejas católicas e evangélicas, ongs de desenvolvimento e ambientalistas, associações de trabalhadores rurais e urbanos, sindicatos e federações de trabalhadores rurais. As ações ambientais do programa brasileiro de combate à desertificação têm verba de R$ 4.961.884,00. Desse total, cerca de R$ 3,5 milhões vieram de emendas parlamentares. Desmantelar um programa como esse não seria de bom tom para um governo liderado por um retirante nordestino.