Historicamente desinteressado em fazer cumprir a legislação, o governo vai lançar um pacote ao gosto do setor ruralista para manter agricultura consolidada em encostas, morros e várzes, principalmente em estados do Sul e Sudeste. Para isso será preciso alterar o Código Florestal, que deixará de ver esses locais como de preservação permanente. Aí mora o perigo. Além de dar nova sinalização de que descumprir a lei sempre terá recompensa no futuro, a mudança ignora a importância ambiental desses locais para a manutenção de recursos hídricos, contenção de deslizamentos e enchentes e formação de corredores para biodiversidade. Se foram erroneamente ocupados no passado, o governo agora consolida o desvio. Além disso, pequenas e médias propriedades poderão usar áreas de preservação permanente para compor reservas legais. É o aval oficial para a redução das parcelas de vegetação nas propriedades rurais.
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/06/26924250-high.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Queimadas explodem em cinco dos seis biomas brasileiros
Número de focos registrados em grande parte do Brasil nos primeiros meses de 2024 está acima da média para o período. Pantanal segue em situação emergencial →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/06/26516717-high.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Como um dos últimos redutos da onça-pintada no sul do Brasil deu forma a um romance
Parque do Turvo influenciou a escritora Morgana Kretzmann, que narra o cotidiano de uma guarda-florestal contra caçadores e poderosos →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/06/Grande-Reserva_Gabriel-Marchi.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Pesquisa sobre turismo de natureza está aberta para respostas até 25 de junho
Viajantes de todo o Brasil são convidados a participar da pesquisa sobre turismo na Grande Reserva da Mata Atlântica. Participantes poderão concorrer a prêmios ao final da resposta →