O norte-americano Charles Alexander Munn foi denunciado esta semana pelo Ministério Público Estadual (MPE) em Mato Grosso por destruir ou danificar florestas de preservação permanente e pode ser enquadrado na Lei de Crimes Ambientais. As irregularidades alegadas pelo órgão ocorreram no Parque Estadual Encontro das Águas, entre os municípios de Barão de Melgaço e Poconé, onde montou base sem alvará para “exploração turística” da região.
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente identificou, a pedido do MPE, o uso de ceva para atrair onças na região, a fim de realizar a chamada “focagem de animais”. Conforme a reportagem, o responsável pelo acampamento Miguel dos Santos Oliveira contou que a atividade começou a ser montada entre março e maio de 2008.
O Eco vinha denunciando as atividades de Munn desde outubro do ano passado. À época, o norte-americano contestou as acusações, agora corroboradas pelo Ministério Público Estadual e órgãos ambientais de Mato Grosso. Confira as reportagens abaixo.
A promotoria também pediu que seja levantada a ficha criminal do acusado, bens que estejam em seu nome, além da apreensão das estruturas que montou na área protegida para fixação de barracas, chalana e embarcações menores usadas na “focagem de onças”.
Se as denúncias forem acatadas, deve ser instaurado um processo judicial. O visto de Munn para o Brasil vence em 2012.
Saiba mais:
Alimentando as feras no Pantanal
Uma nova entrevista com Charles Munn
Leia também

Trump 2.0 – Mais uma semana de ataques ao clima e meio ambiente dos EUA
Cortes adicionais na NOAA, demissões na NASA, incluindo cientista do IPCC, e desregulamentações ambientais marcaram semana →

A Nau dos Insensatos
A ilegalidade já está na raiz do governo, no generalizado conflito de interesses entre setores públicos e econômicos e na absoluta falta de empatia do mandatário com a própria população →

Brasil lança Metas Nacionais de Biodiversidade, mas não sabe qual o custo de implantá-las
Em 20 de fevereiro, o governo lançou as Metas Nacionais de Biodiversidade, que planejam deter a extinção de espécies, estimular a restauração florestal e reduzir o desmatamento até 2030 →