Cinco BILHÕES de sacolas plásticas. Este é o número aproximado dos famosos ‘saquinhos’ que, segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, deixaram de ser consumidos, graças a iniciativa “Saco é um Saco”, promovida pelo própria governo. O percentual de redução atingido (33%) foi bem maior que a expectativa inicial, que era de 10% do total de sacolas plásticas usadas por grandes supermercados.
As maiores redes de supermercado do pais (Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour), que fizeram o levantamento do consumo, desenvolveram iniciativas para a substituição das sacolas para o transporte de mercadorias, como venda de ecobags, caixas de papelão e pontos em cartão de fidelidade para quem não utiliza o material plástico (que pode levar mais de 100 anos para a sua degradação no meio ambiente).
No Rio de Janeiro, a lei 5.502, de 15 de julho de 2009, dispõe sobre a substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais localizados no Estado do Rio de Janeiro como forma de colocá-las à disposição do ciclo de reciclagem e proteção do meio ambiente fluminense. Microempresas tem 3 anos para substituir completamente o uso de sacolas plásticas, enquanto empresas de pequeno porte e demais entidades societárias possuem 2 anos e 1 ano, respectivamente, para a ação.
Interessante que, segundo o artigo 7º da mesma lei, “O Poder Executivo incentivará a Petrobrás e outras indústrias instaladas ou que vierem a se instalar, nos pólos de Gás Químico, em Duque de Caxias e no Complexo Petroquímico de Itaboraí – COMPERJ, ou em qualquer município do Estado, a buscar novas resinas derivadas da produção de petróleo ou composições químicas que levem a produção de novas sacolas não-poluentes (biodegradáveis).”, uma iniciativa ímpar do Estado do Rio de Janeiro no que dispõe a legislação ambiental em comparação a outros estados e até mesmo a União.
Em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab vetou, em 22/01/2010, o Projeto de Lei nº 577/07 (de autoria dos vereadores Claudinho de Souza e Gilson Barreto, do PSDB), que tornaria obrigatório a substituição das sacolas plásticas por materiais de fontes renováveis e ou recicláveis. Um novo projeto de lei (528/2009), do vereador Carlos Alberto Bezerra (PSDB) seria votado no dia 10/11/2010, mas a votação foi adiada. (Daniele Souza)
Leia também
A ingênua lei contra as sacolas plásticas
Leia também

Marketing não é capaz de reviver espécies extintas
A empresa que anunciou o “renascimento” do extinto lobo-terrível criou, no máximo, um híbrido. E embora a notícia seja impressionante, há questões éticas, ecológicas e sociais em aberto →

Conservar para lucrar: o capitalismo na pauta ambiental
Debate em podcast aborda formas obtidas por grandes empresas, governos e atores corporativos para continuar lucrando sob a lógica da conservação do meio ambiente →

MMA lança curso gratuito de capacitação para a COP 30
Voltada para diversos públicos da sociedade civil, formação é online e assíncrona e oferece certificado. Saiba como se inscrever →