Salada Verde

Os corais mais ameaçados do planeta

Espécies ainda pouco conhecidas estão sumindo. Pesquisadores se reúnem em Londres e lançam iniciativa de conservação.

Redação ((o))eco ·
17 de janeiro de 2011 · 14 anos atrás
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Ecossistemas essenciais para a alimentação e reprodução de diversas espécies marinhas, os recifes de coral estão em apuros. Isso foi o que comprovaram os maiores especialistas sobre corais reunidos na Sociedade Zoológica de Londres no dia 11 de janeiro. As previsões mais pessimistas dão conta de que diversas espécies de corais estarão extintas em 30 ou 50 anos. Isso certamente levaria não apenas ao desaparecimento de outras espécies, como poderia levar ao colapso de economias baseadas na pesca.

A situação parece estar se agravando com variações climáticas extremas que alteram a temperatura dos oceanos. O ano que passou, reporta a SZL registrou um morte sem precedentes de recifes de coral. O fenômeno que é conhecido como branqueamento e é causado pelo aquecimento das águas marinhas. Entre maio e outubro 2010, pesquisas feitas na Indonésia, país que detém parte da Grande Barreira dos Corais chegaram a evidenciar a branqueamento de 80% de algumas espécies. A quantidade é tão alta quanto as registradas 1997 e1998 quando 16% dos recifes de coral do planeta morreram devido o aquecimento dos oceanos causado pelo El Niño. 

Como estratégia de conservação, os pesquisadores fizeram uma relação das 10 espécies mais ameaçadas. (Texto Gustavo Faleiros)

Abaixo fotos e informações

 Physogyra lichtensteini

Conhecido como coral pérola é uma espécie que forma grande colônia e tem este aspecto de bolha. Durante o dia a superfície de toda a colônia é coberta por pequenas vesículas em formas de bolhas protuberantes. Elas se retraem quando sofrem distúrbios. Durante a noite, a colônia assume uma cor cinza opaca. Foto: David Obura

 
Horastrea indica
 
O coral horastrea coral forma colônias hemisféricas e possuem um cor marrom-pálida preenchidos com discos cinza-azuis. Em função de sua raridade, pouco se sabe sobre esta espécie. Foto: David Obura
 
Ctenella chagius




 
Em formato de cérebro (segunda foto), o coral Ctenella chagius é endêmico do Arquipélago Chargos, no Oceano Índico, e ficou
conhecido por seu sistema de digestão que permite a ele estender-se e absorver outros corais. Foto no topo. Fotos: Alasdair Harris
 
Catalaphyllia jardinei


Conhecido como o coral elegante, esta espécie possuí pólipos com tentáculos tubulares que são verdes com pontas lilases e ainda com listras brancas em seu disco oral. Ela mantém um relação simbiótica com a alga da família zooxanthellae,que vive em seu tecido e  fornece energia ao coral Eles também se alimenta pegando pequenas presas com seus tentáculos. Foto: Tim Wijgerde
 
Acropora palmata


Conhecidos como chifres de alce, este corais  tem um cor amarelada e com pontas brancas nos galhos. Ele forma colônias extensas com cerca de 4 metros de comprimento e dois metros de altura . As bases tem 40 cm de grossura. São espécies de crescimento rápido, com colônias capazes de crescer 4 a 11 cm por ano. Antigamente dominavam os recifes de coral do Caribe, mas uma redução de 95% da população foi registrada nas últimas três décadas. Foto: Erik Brun
Dichocoenia stokesii



Uma espécies do Caribe, ela possui um formato esférico. Um estudo feito na Flórida demonstra queda 75% na população desde 1995. Ela é particularmente vulnerável a uma praga conhecida como doença branca. A espécies se reproduz lançando esperma e óvulos na água. O método geralmente ocorre de forma massiva com toda a colônia lançando os óvulos e esperma na água ao mesmo tempo para facilitar as chances de reprodução. O tempo desta fertilização geralmente coincide com a lua cheia. Foto: Charles Sheppard
Anomastraea irregularis


A espécie, que é conhecida pelo nome de travesseiro espinhudo, tem uma coloração cinza-escuro ou creme. Os pólipos individuais são pequenos, numeros e possuem coloração marrom. Eles possuem ainda tentáculos que geralmente se estendem durante o dia coletando comida ao redor. Foto
 
 

  Heliofungia actiniformis


Essa espécie vive solitária como um grande pólipo, diferentemente de outras espécies que formam grandes colônias. Tem um formato achatado, com a boca localizada no centro e pode ter até 3cm de abertura. Os tentáculos são estendidos durante o dia e a noite e são das cores, verde, marrom, cince ou azul esverdeado com pontas brancas ou rosa. Esta é uma espécie que sustenta muitas outras, como uma conhecida como camarão pipoca Periclimenes kororensis (foto acima) e outras espécies de peixes que vivem nos tentáculos(foto abaixo). Foto: Wolfgang Krutz.
Parasimplastrea sheppardi
 
Uma espécie pequena de coral, que é bastante colorida e vive encrustada. Muito pouco se sabe sobre esta espécie; Foto: David Obura
 
Dendrogyra cylindrus


Colônias desta espécies crescem em formato cilíndrico e podem alcançar 2 metros de altura. Devido ao seu aspecto, é também conhecida como coral pilar. O aspecto cabeludo da espécie se deve ao tentáculos que geralmente são estendidos durante o dia. As colônias tem coloração marrom acinzentado ou verde oliva. Também possui relação simbiótica com com a alga chamada zooxanthellae, que vive dentro dos pólipos como fonte de energia.

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Comentários 2

  1. Joana Scapini diz:

    Tristeza em se defrontar com tais dados, obrigada pelas informaçoes!


  2. A salvação dos recifes de corais terá que ser feita mediante ações locais, já que o acordo de Paris ainda caminha a passos lentos, mas as ações para a eliminação de stressores locais tais como poluições, sedimentações, pesca predatória e outros podem ser feitas pelas autoridades locais em conjunto com os habitantes, quanto aos efeitos do Aquecimento Global estamos a disposição para neutralizá-los e permitir assim que os corais se fortaleçam e criem resistência e resiliência frente as mudanças que virão. Ricardo – http://www.sobrevivenciadoscorais.com.br