De 2020 a julho deste ano, os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no país receberam quase 330 mil animais de diferentes origens. Do total, 43% lá chegaram graças a apreensões, feitas sobretudo pelas Polícias Militares Ambientais.
Os demais casos se dividiram entre resgates (38%), entregas voluntárias (13%) e outras formas de destinação (6%), mostram os dados enviados pela Assessoria de Imprensa do Ibama, a pedido de ((o))eco.
As aves dominaram os registros, somando 72% do total, enquanto répteis e mamíferos responderam por 15% e 12%, respectivamente. O número reforça a pressão sofrida pela avifauna, principal alvo do tráfico de animais silvestres no país.
No perfil das entidades responsáveis pelas entregas, os órgãos estaduais lideraram com 51% das ocorrências, seguidos por instituições federais, cidadãos, administrações municipais e distrital.

Quanto ao destino, 75% dos animais foram reintroduzidos em ambientes naturais de cada espécie. Para o Ibama, essa taxa demonstra a eficiência do processo de recuperação. Os demais foram encaminhados a criadouros autorizados, devolvidos por decisão judicial, permaneceram em reabilitação ou não resistiram e morreram.
O Brasil tem 25 centros de triagem, distribuídos nos estados e no Distrito Federal. Essas unidades identificam, tratam, reabilitam e definem o destino da fauna recebida, priorizando devolver o máximo de animais à vida livre.
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