Além de dezenas de vidas, o rompimento da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho, MG, causou a destruição de 125 hectares de florestas. É como se 125 campos de futebol tivessem sido cobertos pela lama. A análise foi feita pelo WWF-Brasil, que usou imagens de satélite da ruptura e mapas anteriores à tragédia para estimar o impacto sobre a cobertura florestal.
A área onde ocorreu o rompimento é de formação florestal de Mata Atlântica em transição para Cerrado, que começa a poucos quilômetros rio abaixo. Considerando a área de lama registrada no dia 27, a perda de habitat afetou, inclusive, blocos de florestas, fragmentando-os e dificultando a conectividade dessas áreas.
A ONG cruzou dados do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo do Brasil (MapBiomas) de 2017 e imagens de satélite divulgadas no domingo (27) pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, Defesa Civil Nacional e International Charter Space & Major Disasters.
“O setor de mineração precisa pesquisar e investir em processos de menor impacto e risco, como nos processos secos, que não envolvem barragens de rejeitos e promovem uma mudança em todo o sistema de produção. Essas mudanças urgentes devem ser impulsionadas por fortes regulamentações ambientais “, afirma Mauricio Voivodic, Diretor Executivo do WWF-Brasil.
Veja os mapas:
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Ainda bem que somente"parece", sra. Michelle.
Com certeza a preocupação é por tudo e todos.
Os ambientalistas parece que estão mais preocupados com a mata e o boi atolado do que com o povo que morreu.