![Parque Estadual Serra Ricardo Franco. Foto: Laerte Marques.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/05/PE-Serra-Ricardo-Franco-3.jpg?resize=640%2C427)
Fazendeiros continuam destruindo o Parque Estadual da Serra de Ricardo Franco, no Mato Grosso. Na última sexta-feira (07), a pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, a Polícia Civil do município de Vila Bela da Santíssima Trindade cumpriu mandado de busca e apreensão na fazenda Paredão II, localizada dentro dos limites da área protegida. A propriedade está no nome de Marcos Antônio Tozzatti, sócio do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
A equipe da Polícia Civil apreendeu dois caminhões carregados de lascas de madeira. Segundo o Ministério Público, as lascas foram extraídas ilegalmente da área do Parque.
A busca e apreensão aconteceu após o delegado de polícia, Clayton Queiroz de Moura, filmar a área desmatada utilizando um drone no último dia 23 de junho. As imagens subsidiaram o pedido que a promotoria interpôs na Justiça. O delegado Moura foi transferido da Comarca de Vila Bela da Santíssima Trindade no início da semana passada e quem respondeu pelo cumprimento do mandado de busca e apreensão que apreendeu os caminhões foi Rafael Mendes Scatolon, delegado Regional.
![Drone filma toras em fazenda de sócio de Padilha. Foto: Divulgação.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/07/DesmatamentoPadinha.jpg?resize=400%2C278)
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e seus sócios possuem quatro fazendas dentro da Unidade de Conservação. A Paredão 2, de propriedade de Marcos Antônio Tozzati, não possui sede própria e utiliza a estrutura da fazenda vizinha, que pertence ao ministro.
Entenda o caso
Em dezembro de 2016, foi aberto um inquérito policial para apurar crimes ambientais dentro do parque. A investigação examinou 51 propriedades localizadas dentro da área protegida.
Sete meses após a primeira diligência, a prática de crimes ambientais no interior do Parque Serra Ricardo Franco continua.
Em abril. num movimento que foi visto como resposta contra a atuação dos órgãos ambientais e da promotoria no local, a Assembleia Legislativa do Mato Grosso aprovou, em primeiro turno, a extinção do parque, o que legalizaria as atividades das fazendas localizadas ali dentro. Após protestos, o projeto de decreto legislativo foi suspenso e a segunda votação (a definitiva) não aconteceu.
*Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Estado de Mato Grosso.
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Padilhão, coroné sô.
O Delegado foi transferido depois de dar o flagra com o drone… Porque não me surpreendo? O coitado deve estar sofrendo altas represálias agora. Merecia uma matéria para acompanhar o que acontece com pessoas idôneas nesse país!
Criminoso, então bandido, pois continua cometendo os crimes.