Rodrigo Agostinho, ex-coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, assumirá o comando do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A informação foi confirmada por ((o))eco na noite desta sexta-feira (13), após a indicação ter sido vazada pela imprensa.
“Era pra ser uma nota da ministra, mas acabou vazando. Sim, é verdade. Já estou ajudando voluntariamente e logo assumo definitivo”, confirmou Agostinho para a nossa reportagem.
Formado em direito e em ciências ambientais, Agostinho começou a vida pública no interior de São Paulo, quando foi eleito o vereador mais jovem de Bauru, município onde foi prefeito por duas vezes e secretário municipal de Meio Ambiente. Foi gerente-executivo do Instituto Arapyaú (2016-2018), atuando na área de direito, com ênfase em direito público, administrativo e ambiental. É mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental com ênfase em Ecologia da Conservação.
Durante sua atuação política, foi membro titular do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) por mais de 10 anos e é integrante da Comissão Mundial de Direito Ambiental da IUCN (União Internacional de Conservação da Natureza). Na Câmara, foi coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista entre 2020 e 2022, e presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS), entre 2019 e 2021.
Herança
Agostinho substituirá o advogado e procurador da AGU Eduardo Fortunato Bim, que foi presidente do Ibama nos últimos quatro anos. Sob seu comando, o Ibama manteve alta rotatividade de cargos nas coordenações responsáveis pela fiscalização ambiental, mudou os processos de cobrança de multas e o órgão passou a atuar menos, principalmente na Amazônia.
O parlamentar deverá assumir o posto no fim do seu mandato como deputado federal por São Paulo, que termina no dia 31 de janeiro. Por enquanto, como já adiantado por ((o))eco, o Ibama está sob comando interino do analista ambiental Jair Schmitt, servidor de carreira do órgão.
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Parabéns Agostinho. Força e coragem nesta árdua missão de ajudar a trazer o Brasil para o rumo da conservação ambiental. Por favor, não se esqueça do Oceano e dos problemas dos Povos do Mar.
Não conhece a máquina Ou seja, vai fazer discursos, dar entrevista…mas quem vai tocar o barco mesmo vai ser seu substituto, da cada, que vai servir de “muleta”