O desmatamento de florestas vai provocar um aquecimento da temperatura global muito mais intenso do que é esperado. É o que conclui o estudo Impact on short-lived climate forcers increases projected warming due to deforestation publicado na revista Nature Communications, no dia 11 de Janeiro.
Segundo a pesquisa, a temperatura vai subir mais do que o previsto. Isso porque os chamados compostos voláteis biogênicos (BVOCs), que são as emissões de florestas que resfriam o clima, ficarão menores e, com o desmatamento, haverá aumento de temperatura. Sendo assim, haverá alterações nas emissões de compostos orgânicos voláteis e às coemissões de dióxido de carbono com gases reativos e gases de efeito estufa de meia-vida curta, como o ozônio e o metano (CH4), cujos tempos de permanência na atmosfera são de dias a anos, e não de séculos a milênios, como o CO2. Esses gases de efeito estufa de meia-vida curta são emitidos conjuntamente com o CO2 no processo de desmatamento e queimadas, e o efeito no clima é severo, pois são mais potentes que o CO2.
Embasar o estudo nos gases de efeito estufa de meia-vida curta foi o diferencial nesse estudo. O levantamento calculou a força radiativa do desmatamento, levando em conta não somente o CO2 emitido, mas também o metano, o black carbon (carbono na forma de material particulado), a alteração no albedo (a fração da radiação refletida de volta ao espaço) de superfície, que é quando se derruba uma floresta e ela é trocada por pastagens ou plantações.
A pesquisa foi desenvolvida por um grupo internacional de estudiosos, com a participação de cientistas do Instituto de Física (IF) da USP e da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), campus Diadema.
*Com Informações do Jornal da USP.
**Editado às 12h30, do dia: 02/02/2018.
**Editado às 14h45, do dia 02/02/2018.
Saiba Mais
Leia Também
Noruega dá bronca em Brasil sobre floresta, às vésperas de visita de Temer
Leia também
Noruega dá bronca em Brasil sobre floresta, às vésperas de visita de Temer
Ministro do Meio Ambiente norueguês manda carta a Sarney dizendo que “futuro da parceria” com Brasil dependerá da reversão da alta do desmatamento na Amazônia →
Poluentes de vida curta aumentam nível do mar
Impacto causado por gases como o metano e HFCs pode durar 800 anos, mesmo que esses poluentes permaneçam por poucas décadas na atmosfera, dizem cientistas norte-americanos →
Fundo do clima dará US$ 500 mi para combater desmatamento
Decisão foi tomada pelo Fundo Verde do Clima; Brasil está de olho em R$ 150 milhões por ações passadas de controle da devastação na Amazônia e no cerrado →
É um dos males da mídia digital…publica-se coisas sem passar por um Editor.
Pois é: o clima aumenta e os aquecimentistas não desistem… HAJA!!!
O estudo é muito interessante. Mas a manchete e o primeiro parágrafo são mal formulados. O clima aumenta e coisas deste tipo são expressões que nada contribuem para uma melhor compreensão de pessoas leigas.
"Desmatamento aumentará ainda mais o clima do planeta…" Quer dizer então que vai ser um CLIMÃO?
É isso: vai rolar um climão!